Se esta é a sua primeira vez neste blog leia na coluna da direita as instruções!

3 de fev. de 2013

Convite

Convido você a conhecer uma nova casa onde meu pensamento e alma encontram refúgio:


A sua presença é importante para mim!

Beijos de luz,

Aline***

29 de jun. de 2012

Esquecimento

É preciso esquecer para a mente ficar livre
Para enxergar o novo.

É preciso esquecer de si
Para lembrar-se de si.

28 de jun. de 2012

Dor

Sofro de uma insegurança desmedida,
Complexo, medo... De ser menor do que sonho,
Do meu texto ser medonho,
Ou sem sentimento.

Fico pensando que não escrevo pra dentro,
Que penso demais no olhar de fora
E que quem olha demais para fora jamais se conhece ou se engrandece.

Fico pequena e só.
Do meu fracasso sinto dó e quase nenhuma vontade de mudar...

Vou tentar transformar a dó de mim em dor, e depois em fim,
Para poder recomeçar.

Acho que na dor encontrarei força.

Pequena

Na palavra "menino" eu me apequeno, mas na palavra "menininho" eu me apequeno mais ainda.

Na pequenice da "criancitude" da vida sou pequena,
Mas quando sou pequena, por ser-me inteira, sou maior.

Meditação

Eu tinha um órgão por dentro que parou de funcionar.

Eu fiz mexer tanta coisa pra não reparar.

Nada me fez sair do lugar.

Eu parei, como quem respira, de olhos fechados, o ar.

Então, em silêncio, parada, o órgão voltou a funcionar.

Aí eu saí do lugar.

Época

Existe uma época do mundo e da vida, um tempo de ser feliz.
Só que parece que nunca chega.
Talvez já tenha chegado, talvez já tenha passado, talvez esteja por vir.

Primeiro livro

Escrevi um livro, mas de que me serve?
São palavras que ninguém quer ler.
Por isso ele me serve.
Ele serve a mim, cabe a mim, escrito por mim.

Escrevi essa história com dedos,
Expus meus dias, nus, em pelo...
Pelos pelos saíram de mim todas as palavras.
Exceto as que ficaram grudadas em mim,
Todas as outras grudaram no papel,
Ali ficarão sem vida, embora contem a minha.


26 de jun. de 2012

Sem nome

Eu pretendia continuar contando sobre Paris.
Acabou não acontecendo.
Acho que o que escrevi já foi o bastante para expressar meu deslumbramento.

Desde que parei de escrever aqui eu me transformei em uma outra pessoa.

Quem quiser conhecer o que eu era, ou o que me tornei, há de ler minhas palavras para saber.

O que sou e sinto não tem nome.

Mesmo assim chamam-me Aline.

19 de mai. de 2012

Paris

Eu tinha parado de escrever aqui. Não, não estou necessariamente voltando. Apenas fazendo uma breve visita. Nunca se sabe se as visitas são longas, ou curtas, depende de quanto gostamos dela. Então essa brevidade a que me refiro pode alongar-se ou diminuir-se...

Abri a exceção porque estou impactada. Estou em pleno momento de deslumbramento diante de um fato novo, embora simples e corriqueiro para muita gente, que surgiu em minha vida: uma viagem a Paris.

Esta é minha primeira vez na Europa, às vezes me pergunto se todo o continente é belo e intenso desse jeito ou se é só esta cidade que está se manifestando assim sobre mim. Pergunto-me também por que não estive aqui antes, que circunstâncias da vida não me trouxeram para cá? Mas cá estou agora. Cabe dizer que Paris nunca foi a cidade dos meus sonhos, não criei com ela laços afetivos desde antes, não fiz planos de conhecê-la durante a vida. Tenho, sim, uma outra cidade européia para a qual minha alma, pés, corpo e coração sempre desejaram ir. Continuo desejando-a: Veneza... Entretanto Paris, não. Esta visita só aconteceu primeiro por conta de uma oportunidade que surgiu e agora que estou aqui Paris está perfurando meu coração, rasgando minhas veias de amor, de tanto amor que jorram de meu poros o sangue que quer tingir seus edíficios e adormecer escoado no rio Sena. Assim seria minha conjunção carnal com a cidade. Sofro do desejo de misturar-me aos seus becos, às suas riquezas, às suas belezas, aos seus museus e jardins. À sua língua, ao seu sotaque, a velhice de suas praças, ruas e prédios e à meninice de seu ar e de suas flores. Quero ainda preencher os vazios de sua torre de ferro e alcançar sua maior altura. Anseio enlaçar-me aos traços de suas esculturas como um líquido que assume a forma daquilo que molha...

Cheguei em Paris em um segunda-feira de maio(14), noite fria de primavera. No aeroporto fomos recebidas (eu e minha irmã) por um africano que nos abordou sugerindo um valor inferior ao de um taxi para o traslado ao hotel. Só depois de aceitar é que entendi que ele não era um taxista oficial e senti um calafrio de ter feito uma escolha duvidosa. Mas a viagem correu bem, conversamos pelo caminho, ele muito sorridente e simpático, porém mesmo de GPS errou o caminho do hotel por poucas quadras, demos uma pequena volta em alguns quarteirões e quase senti dó por ele estar gastando mais gasolina, já que tinha fechado um valor. Fomos recebidas por um recepcionista que falava português. Começamos bem! (continua)

23 de nov. de 2011

Frases

Para escrever eu me baseio só no que sinto, para viver ainda não consigo.

O amor guardado é um presente que não nos pertence.

O anonimato é a melhor forma de ser si mesmo.

21 de nov. de 2011

Quando estou aqui

Eu só sei viver onde o amor acontece,
Onde o dia anoitece em noites claras de luar
Eu só sei dizer pensamentos despertos
De significados diversos porque minh'alma aqui está.

5 de nov. de 2011

Amo você

Amo você como uma criança que brinca com uma folha seca que acabou de cair da árvore.

Amo você como as folhas das árvores amam a luz do sol que lhes dá a vida.

Amo você como a luz do sol ama a lua que a recebe.

Amo você como a lua ama as estrelas que lhes fazem companhia.

Amo você como as estrelas amam os viajantes que as admiram.

Amo você como os viajantes amam o mundo que os acolhe.

Amo você como o mundo ama os seres humanos que nele vivem.

Amo você como os humanos amam as crianças que deles nascem.

Só que de um jeito ainda maior.

(Aline Ahmad)

23 de out. de 2011

Antes

Ele estava deitado com os olhos atentos no livro. Horas depois estaríamos casados e talvez devêssemos nos preservar, cada um em seu recinto, para mantermos a surpresa. Mas estávamos apaixonados e com saudade, mesmo próximos. É verdade que `as vezes a paixão se alimenta da distância. No nosso caso ela se alimentava de uma saudade presente até mesmo quando estávamos juntos.

Ele me viu, e de seus olhos faíscavam sonhos. Seu sorriso rompia o silêncio e o medo de que algo não desse certo. Não a nossa vida que, mesmo pequena ainda, já brilhava tanto e iluminava o futuro, mas o nosso casamento. Era a primeira vez que nos casávamos - e se tudo der certo, que seja a última - estávamos tensos com todas as pessoas que iriam chegar, com os preparativos, com a festa, e em meio aos pensamentos que aterrissavam a cada instante houve um momento para o nosso olhar. Um olhar que magnetizou nossos corpos. Eu me deitei ao lado dele e perguntei de que tratava o livro. Então conversamos como se o tempo não existisse. Conversamos como fazemos muitas vezes, de forma simples e espontânea e eu me dei conta de que passaria a vida toda ouvindo-o falar, sorrir ou silenciar. Talvez este seja o momento do meu casamento em que estive mais inteira.

6 de mai. de 2011

Flor

Poesia é olhar uma flor e encontrar naquela mistura de cor um motivo
pra rir ou pra chorar.

5 de mai. de 2011

Poeira Ambulante



Talvez eu fosse só uma poeira ambulante,
Um pedaço de céu,
Um cenário de um vôo rasante,
Mas desde que me descobriste
Nada mais em mim ficou triste.
...Desde que me descobriste
Sou mais que uma poeira ambulante.
Agora posso voar
E dar meus próprios voos rasantes,
Para mais perto de ti...

4 de mai. de 2011

Vou te contar uma coisa

Vou te contar uma coisa
Não é segredo
É um recado sincero
A respeito do seu medo
É algo que me disseram
Também a respeito do amor.
O medo é a ausência do amor,
Só sobrevive onde o amor está morrendo.
Quem ama não teme o sereno,
Para o amor o medo não existe.

Verdade

Como é bom viver de verdade
Viver da realidade
Como de fato sou.

Como é bom não esconder os defeitos,
Não ser largo, nem estreito,
Somente ser o que se é.

Sem esperas, sem mesuras,
Sem maldade, sem frescuras,
De peito aberto, cara lavada,
Confiando apenas que a pessoa amada
Ainda me amará amanhã.

Minha história

Não vou fingir que tenho outra história para contar.
Só tenho a minha própria.
A minha história que me fere com dedos, que escorrega pelos poros,
Que machuca e faz chorar.
A minha história de muitos risos, de muito pranto, de muito encanto e de tanto sonhar.
Não tenho outra, só a minha mesmo.
Essa para quem olho no espelho,
E que me olha de volta.
Essa que me persegue,
Que se infiltra nos meus dias mesmo sem ser chamada.
Na minha história só tenho horas em que persigo ser amada.
Nas outras horas durmo.
E em minha história outro autor não há,
Só minha alma mesmo.

Partículas de Estrelas

Sim, disseram que as estrelas são amigas que povoam nossos corpos,
porque das mesmas partículas somos feitos.

Sim, disseram que elas caem do céu,
cruzam a noite deixando rastro.

O mistério acerca das estrelas está no olhar,
naquilo que vemos diante delas:
Por mais longe que estejam elas brilham!

Deve ser por estas partículas de estrelas que algumas pessoas, mesmo distantes, continuem brilhando para nós...

3 de mai. de 2011

O que me ilumina

Cansei dos jogos sujos, das poesias sem rimas, sem sentimento...
Cansei da rapidez dos cumprimentos, da fluidez dos amores...
Cansei das flores sem cores, dos finais sem dores,
Das luzes sem cintilar...
Cansei de andar, andar sem saber um lugar.

Sou poetisa que escreve sem roteiro.
Faço meu caminho ao caminhar.
E embora tenha me cansado tanto,
Ainda hoje continuo andando.

O que me ilumina é uma vontade, um sonho.
E o que te proponho: é ao meu lado caminhar.

Aline Ahmad

A cor do dia

Acorda o dia,
A cor do dia,
Que cor o dia tem?
Acorda você também?
A corda que puxa, que levanta, que desperta.

Meu despertador me acorda.
Me desperta a dor.
Enquanto eu dormia, ela - a dor - também adormecia.
Mas se o despertador desperta a minha dor,
Vira tudo melancolia.

Quando adormecia, a dor me cia,
(A dor me fazia companhia)
Quando acordava,
A cor me dava o dia.
Que cor o dia tem?

27 de abr. de 2011

Algumas palavras enchem meu coração...

Eis que recebo um comentário na minha postagem sobre o livro:

Laudicea Ferreira disse...
Com certeza Aline terá muito sucesso, já sou sua fã a tempos e senti muito sua falta de suas palavras, nesse tempo que passou... mas espero que continue postando, pois como já disse tenho seu blog como de cabeceira... O tempo que passou sem escrever...lia os antigos e cada vez que os lia, tinham novas impressões e olhares...quando a leitura é boa o melhor e sempre repetir...e repetir... é assim que eu faço! Boa sorte e sucesso! ks Lau


Nada poderia me deixar mais feliz. Muito obrigada Laudicea, por dar sentido e razão a cada letra que escolho enquanto escrevo.

Beijos de luz a você e a todos que me acompanham!

24 de abr. de 2011

A vida é um eterno colorir

A gente escolhe a cada dia os tons que queremos colorir cada momento.
Há os coloridos de alegria, as cores vibrantes que levam ao riso. Há
os sombreados...
A disposição humana tem uma caixa de lápis coloridos. Com que cor
você colore a sua vida?

21 de abr. de 2011

Tristeza

São tristes as mazelas da vida, das quais não sabemos origem ou
resultado. É triste um terremoto, mães chorando a perda dos filhos, o
suicidio...

Mas também é triste quando ele não liga, mesmo quando não se sabe
nem o nome, nem o telefone, porque ele (ou ela) surgiu e sumiu. É
triste quando a verdade se apresenta tão diferente dos ideais de amor.

A tristeza não tem medida. Grande, intensa, suave ou profunda... Pode
ser motivada pelos acontecimentos de fora, pode ser motivada pelos
acontecimentos de dentro.

Pode vir sem motivos também.

Enviado de meu iPhone

18 de abr. de 2011

Livro

Houve um tempo em que eu recebia 10 vezes mais visitas neste blog.

Se bem que um blog que não é atualizado é o mesmo que sair para
jantar sozinho, ou visitar uma parede. Entendo.

Neste período de silêncio o que mais quero e penso e na publicação
do meu romance.

Agora mesmo estou escolhendo diagramador para imprimir e enviar a
editoras. Qualquer dia desses meu coração vai se encher de alegria,
quando souber que você entrou numa livraria e logo adiante na
prateleira encontrou um livro meu. E comprará, se acaso queira, e, se
gostar, serei feliz a vida inteira.

Enviado de meu iPhone

13 de abr. de 2011

10 de abr. de 2011

Vou reunir em um poema

Vou reunir em um poema
todas as belas coisas do mundo.

Unirei sorvete e flor,
papel e lagrima,
sonho e lua,
estrela e amor.

Cantarei em versos
nuvem, musica, beleza e vida
Brisa, silencio, encontro e despedida.

Vou misturar no poema
velhice, criança, planeta

brisa,
céu azul, lábios, luneta...

Pode ser que ninguém leia ou veja.
Ainda assim será um poema!

14 de mar. de 2011

Diário de dor

Ter um diário é não ter preocupações, dores ou raiva, é ter só verdades para contar.
De dores transmutadas sutilmente surgem felicidades.
De desafetos surgem, tímidos, sorrisos abertos.
De tristezas, lágrimas.
O choro é uma dor que sai do corpo pelo olhar.

10 de mar. de 2011

Aos que passam por aqui.

Acabei de responder alguns comentários na própria janela de comentários, Analice, Marry, Webert e Eduardo. Obrigada por passarem por aqui!

Beijos de luz,

Aline***

Captura

Escrever deve ser uma necessidade. Escrever deve ser um grito.
Um grito necessário que perfura o silêncio deve ser escrito.
Escrevo com destreza e rapidez para que as palavras da minha alma não sejam sugadas pelo cuidado ou pela razão. Meu dedo as captura antes que fujam.
Só assim sei ser eu mesma.

9 de fev. de 2011

Textura

Depois de muito silêncio minha voz toma forma novamente.
Terminei o trabalho mais especial que realizei até hoje. Meu primeiro livro, um romance. Sinto orgulho deste trabalho, não importa se será lido, se será aceito. O simples fato de estar completo me completa.
Em anos de vida que dediquei às palavras escritas é a primeira vez que elas se encerraram desta forma. Em que pude dizer "Está pronto!"
Finalmente meu livro está pronto. Pelo menos a parte que me cabe. Ele ainda precisa ser revisado, corrigido, editado, diagramado, lançado... Mas é a primeira vez que minha parte está feita. Embora ainda me caiba correr atrás de muita coisa para que possa segurá-lo em minha mão, aquecê-lo em meus dedos, ouvir o som das páginas, sentir a textura e espessura do papel...

Agradeço aos comentários de Renan Baliero, Nilson Barcelli e Analice.
Jr., não sei exatamente quem você é, mas me parece que nos conhecemos, não? Estou em dúvida porque tenho alguns amigos com esse nome.

Não sei que novos ventos me impulsionarão a estar aqui. Quem está comigo? Deixe um comentário!

Beijos de luz,

Aline***

24 de set. de 2010

Continuem comigo!

O blog é uma rede de amizades queridas. Algumas não conheço pessoalmente, outras conheço muito bem mas o contato físico é distante. Por tanta ternura que recebo preciso dar satisfações sobre minha ausência. Preciso não porque me exijam, mas porque me faz bem manter-me ligada aos laços que leem o que escrevo. Não deixei de escrever. Tenho escrito bastante, na verdade, só que me tenho me dedicado a um projeto único que em alguns meses, espero, poderei explicar melhor. Nesse meio tempo sempre que puder atualizarei aqui. Quando não puder continuarei recebendo os comentários e respondendo assim que possível.

Agradeço muito pela companhia e no que depender de mim esta é apenas uma pequena pausa. Em breve pretendo voltar com atualizações diárias. Continuem comigo!

Beijos de luz,

Aline**

19 de ago. de 2010

Memórias especiais

Algumas coisas são especiais e merecem ficar registradas.
Ontem, meu advogado, Moacir Mesquita almoçou em minha casa. Ele, que é conhecido por muitos como louco e excêntrico, é na verdade uma pessoa muita culta, reflexiva e sensível, admirador da arte e do ser humano. Como me disse ontem:

"O ser humano é o maior espetáculo da vida".

Muitas vezes quando converso com ele sinto vontade de gravar o que ele diz, ou ao menos anotar, para eternizar as palavras.

Depois do almoço segui para reuniões e para resolver outros problemas, quando fui interrompida por um aluno do colégio onde trabalho que queria fazer uma breve entrevista comigo para um trabalho escolar. Primeiramente fiquei preocupada com o tempo que isto poderia me tomar, mas não quis decepcionar o adolescente, cujo rosto não tinha visto ainda, quando liberei para que entrasse na minha sala. Carlos está cursando o sétimo ano, tem o rosto alegre, adornado por duas covinhas, uma de cada lado da face, e que sorriem com ele quando ele sorri. Só de vê-lo já me despertou uma coisa boa e uma vontade de abraçá-lo de tão adorável. Ele pediu a um amigo que filmasse a "entrevista" com o celular para que pudesse redigir depois, poupando meu tempo. Fez umas cinco perguntas e me agradeceu por atendê-lo. Eu quis ter uma idéia de como tinha ficado o vídeo e pedi que me enviasse por e-mail. Ele sorriu e me falou:

- Sabe por que eu gosto de você?

Quase não me contive ao ouví-lo fazendo a pergunta e fui me enchendo de alegria conforme ele continuou me contando.

- Lembro-me de você desde que estava no primeiro ano e sempre visitava a minha sala ensinando frases em inglês e contando histórias.

Puxei na memória e me lembrei que naquela época tinha mesmo o costume de visitar as salas de aula das crianças aproveitando para ensinar alguma coisa nos instantes em que interrompia a aula. Nem podia imaginar que para ele estes momentos tinham ficado ainda mais marcados que para mim. Ele ainda completou:

- É por isso que gosto de você!

Fiquei feliz demais por tê-lo atendido e quando me despedi pensei: "Preciso voltar a visitar as salas mais frequentemente, para ter alegrias como esta"...

5 de ago. de 2010

O circo da felicidade

Para completar o texto que acabei de escrever sobre felicidade, e que está logo abaixo, quero acrescentar algo que ouvi uma vez em uma palestra do Contardo Calligaris. Não me lembro extamente se era um paciente dele ou se alguém que ele conhecia, mas era uma pessoa que tomava remédio contra depressão e que, um dia, por deicsão própria quis viver a vida da forma que a vida fosse. Até porque não é só a felicidade que faz parte da vida. A vida é tão rica e nos cabe vive-la toda. Existe uma idealização da felicidade, que além de ser quase inalcançável na sua forma plena, pode não ser racionalmente indesejável. A felicidade plena pode ser chata.

Em um momento em que a mídia e a sociedade valorizam a felicidade, ser infeliz parece ser o mesmo que não pertencer a um grupo. À infelicidade se reserva, socialmente, a mazela da solidão. Até porque hoje em dia ninguém quer ser companhia de gente infeliz. Por isso as amizades acabam sendo superficiais, relacionamentos de mentira. É preciso ser simpático, agradável e não ter sentimentos para ter amigos.

Neste cenário terrível, a internet, tão vista como o paraíso das inverdades, é o paraíso das transparências, onde mais do que ocultar desadequações físicas, as pessoas podem desabafar o que anda tão reprimido, aquilo que realmente são.

4 de ago. de 2010

Felicidade

Felicidade não parece ser o bem mais disponível do mundo. Às vezes parece muito difícil ser feliz. Não há um caminho certo, uma rota, ou uma receita. E, por um lado, que bom que não há. Talvez seja o segredo, ou o mistério, que faz a felicidade ser mais almejada.

É estranho que poucas pessoas tem a sensação de que a felicidade depende muito mais de escolhas pessoais e de uma atitude em relação ao mundo, sendo, portanto, uma ação, e não uma reação. Para muita gente que conheço a felicidade é uma consequência de acontecimentos mundanos alheios à vontade humana.

Mesmo aceitando racionalmente a idéia de que a felicidade está dentro e não fora continua sendo complicado transformar isso que se sabe em um hábito natural. A verdade é que ninguém pode ser feliz se não se dispuser a isso, e que muita gente que deposita a felicidade fora de si, em um bem material, por exemplo, ou em um desejo, algo como "se eu conseguir tal coisa ou tal pessoa eu vou ser feliz" acaba encontrando a mesma situação de sempre. No máximo pode ter uma alegria momentânea. Porque por mais que o mundo mude, se a gente continua igual é como se não tivesse mudado nada.
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