Sou transparente, como uma água cristalina e pura que vem entre as pedras, de um rio do alto de uma montanha. É para o alto que também espero voltar um dia.
Não sei fazer mistério. Não sei iludir, esconder, jogar. Em relacionamentos isso pode ser um caso sério.
Já digo logo, já falo logo, já sinto, me expresso, sou assim. Não guardo coisa boa só pra mim. Todo sorriso que eu puder motivar sai de mim.
Quando era adolescente meu pai me contava histórias sobre algumas namoradas que teve, sobre as mulheres que achava charmosas. Ele me ensinava que os homens eram loucos por mulheres misteriosas. E desde aquele tempo eu já percebia que não era enigmática. "A paixão acontece pela idealização" diz Francisco Daudt da Veiga, psicanalista, em uma matéria que li no jornal de ontem. "Como idealizar quem se mostra tão transparente?", questiona ele. E eu também me questiono.
As pessoas podem até me idealizar, mas isso dura só o tempo de me conhecerem. Pouco tempo.
A não ser que paire algum mistério, algum enigma secreto, sobre alguém que se diz tão transparente em um mundo tão duvidoso.
Um comentário:
Aline, obrigada pela visita ao meu blog...precisamos nos unir!
Quanto ao seu post, foi como se estivesse lendo o meu perfil, engraçado, digo sempre que sou um livro aberto, translúcida...busco sempre a verdade e quero ser sempre verdadeira e honesta comigo e com o mundo...não é fácil, amiga, afinal grande parte da humanidade joga de acordo com o jogo...é uma pena!
Aprecio muito os seus posts.
Boa sorte!
Helena Rezende
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