Preciso me redimir por ser humana. Preciso me redimir por errar, por ser pequena, por ser errante, por ser ignorante, até... Preciso me redimir por me faltar civilidade, porque faço parte de um mundo, de uma sociedade cuja qual redimir-se também serve.
Um crime aconteceu. E como ficar calada? Como ser equilibrada se Isabela morreu? Como ser sensata se os olhos dela brilhavam poucos dias antes de agora? Se os meus pés já pisaram no mesmo supermercado pelo qual ela passou horas antes de morrer?
Crime? Acidente? Tragédia?
Outra tragédia
Guilherme Fiúza é jornalista e escritor. Recentemente um de seus livros se tornou o filme brasileiro de maior sucesso neste ano: "Meu nome não é Johnny". Guilherme também foi pai de Pedro. Uma criança que caiu do oitavo andar. Neste depoimento ele fala brilhantemente sobre o julgamento precipitado. Sobre a irresponsabilidade da mídia, da imprensa, da opinião pública, esta última que, nas palavras dele, é "covarde porque não tem rosto".
Se de um lado temos a atitude sensata, quase incompreensível de tão admirável, de Ana Carolina de Oliveira, a mãe de Isabela. De outro temos pessoas invadindo a privacidade dela. Parece que os paparazzi essa semana não estão mais seguindo Adriane Galisteu ou Fábio Assunção. Ana Carolina virou celebridade na velocidade de uma tragédia, de uma perda irrecuperável... Outros assuntos vão surgir. Assim como semanas antes só se falava na meninda torturada, ou na brasileira envolvida no que aconteceu com ex-governador de Nova York. Os assuntos mudam. As tragédias dilaceram vidas. A opinião pública é cruel e sem memória. Adentra a vida das pessoas da mesma forma que foge delas porque outro assunto mais recente surgiu.
É por isso que não me é reservado o direito da revolta. Pouco sei quem a merece. Quem sou eu para julgar as informações desconexas e irresponsáveis da imprensa? Uma tragédia não é um espetáculo! Posso ver pessoas comemorando os altos índices no ibope... Triste! Deprimente!
Ouçam as palavras de Guilherme Fiúza, muito mais pertinentes que as minhas. O depoimento dele é obrigatório: http://www.bandnewsfm.com.br/conteudo.asp?ID=78136
*link do blog da Rosana Hermann
Um crime aconteceu. E como ficar calada? Como ser equilibrada se Isabela morreu? Como ser sensata se os olhos dela brilhavam poucos dias antes de agora? Se os meus pés já pisaram no mesmo supermercado pelo qual ela passou horas antes de morrer?
Crime? Acidente? Tragédia?
Outra tragédia
Guilherme Fiúza é jornalista e escritor. Recentemente um de seus livros se tornou o filme brasileiro de maior sucesso neste ano: "Meu nome não é Johnny". Guilherme também foi pai de Pedro. Uma criança que caiu do oitavo andar. Neste depoimento ele fala brilhantemente sobre o julgamento precipitado. Sobre a irresponsabilidade da mídia, da imprensa, da opinião pública, esta última que, nas palavras dele, é "covarde porque não tem rosto".
Se de um lado temos a atitude sensata, quase incompreensível de tão admirável, de Ana Carolina de Oliveira, a mãe de Isabela. De outro temos pessoas invadindo a privacidade dela. Parece que os paparazzi essa semana não estão mais seguindo Adriane Galisteu ou Fábio Assunção. Ana Carolina virou celebridade na velocidade de uma tragédia, de uma perda irrecuperável... Outros assuntos vão surgir. Assim como semanas antes só se falava na meninda torturada, ou na brasileira envolvida no que aconteceu com ex-governador de Nova York. Os assuntos mudam. As tragédias dilaceram vidas. A opinião pública é cruel e sem memória. Adentra a vida das pessoas da mesma forma que foge delas porque outro assunto mais recente surgiu.
É por isso que não me é reservado o direito da revolta. Pouco sei quem a merece. Quem sou eu para julgar as informações desconexas e irresponsáveis da imprensa? Uma tragédia não é um espetáculo! Posso ver pessoas comemorando os altos índices no ibope... Triste! Deprimente!
Ouçam as palavras de Guilherme Fiúza, muito mais pertinentes que as minhas. O depoimento dele é obrigatório: http://www.bandnewsfm.com.br/conteudo.asp?ID=78136
*link do blog da Rosana Hermann
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