Sempre foi assim. Quando começo a ler algo em mim diz mais do que a leitura em si, é a escrita que me provoca “interminantemente”*. Algumas vezes me diz palavras que desconheço. Em outras me diz dizeres que esqueço, mas quase nunca não diz nada. Não é mais possível ler sem expressar as palavras sufocadas que de mim emergem e suplicam por viver. Viver é dize-las, viver é eterniza-las no papel. Por isso as escrevo. Para que possam respirar.
*interminantemente: aquilo que não termina e que tem grande intensidade (palavra que inventei)
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