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23 de jan. de 2010

Naquela manhã que eu não poderia descrever 2

(Continuação)
Tratava-se da rotina de uma pessoa prestes a reiniciar sessões de quimioterapia.
Meu pai, paciente de câncer, há 14 anos vivia como uma pessoa saudável. Uma cirurgia para retirada do baço e algumas sessões de quimioterapia faziam parte do passado. Ele se considerava curado até que um inchaço no pescoço e uma outra cirurgia feitas as pressas apontaram para o diagnóstico de um linfoma. A doença estava de volta, 14 anos depois da primeira incidência. O médico do meu pais pediu um exame e indicou o lugar que ele considerava mais confiável. Não ficava perto. Marcamos um horário mas o médico pediu para adiantarmos um dia. Desmarcamos. Remarcamos para um dia antes.

Naquela manhã que eu não poderia descrever, na sala de espera com meu pai...
(continua)

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