Desde que meu pai faleceu tive que assumir responsabilidades que antes não me preocupavam.
Isso foi como uma chuva de problemas que tento resolver com passinhos de formiga, porque vejo muito ao fundo o fim, e mesmo me movendo é como se continuasse distante.
Eu sempre gostei demais de grandes idéias. E hoje em uma reunião conversávamos sobre livros e me contaram uma história sobre observar a vida e descobrir oportunidades. Meu pensamento encontra mais afeto na poesia que no mundo dos negócios, mesmo assim as boas idéias, também nos negócios, soam aos meus olhos e ouvidos como rimas raras.
Jamais imaginei que alguém poderia fazer dinheiro com lixo, pois foi isso que aconteceu com o desiner de embalagens e artista Justin Gignac.
Ele vende por 50 dólares esses cubos de acrílico com lixo de Nova York dentro. Cada cubo é único, numerado e com conteúdo que não se repete. A idéia me pareceu tão fantástica e genial que fiquei com vontade de ter um... Seria para me lembrar que as oportunidades estão no mundo disponíveis e prontas, como peixes - para repetir uma analogia de David Lynch, autor do livro que estou lendo - para serem pescadas.
David Lynch, o cineasta e entusiasta de meditação transcedental, também diz que as idéias são como peixes. Nas águas rasas só se pesca os peixes pequenos. Se quisermos os peixes grandes teremos que buscá-los em águas mais profundas.
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