Eu não tenho muito a dizer, a não ser que os dias continuam passando, os ponteiros giram no relógio e cada instante é um tempo que se perde, ou se ganha. Depende do que se faz com ele.
Eu escrevo mesmo sem ter o que dizer. Eu não me envergonho de ser quem sou. Deixo as palavras se formarem sem pensar. Não há problema se vão ler e não gostar.
O que eu não gosto é não escrever nada, não gosto quando me calo, porque o silêncio poucos podem ler.
Escrevo porque no meu imaginário crio leitores para minhas palavras. Eles moram em lugares distantes e precisam delas nem que seja só para passar os olhos. Às vezes, em devaneios, penso que posso mudar alguma coisa na vida deles. E que a mudança pode ser para melhor. Encantador pensar que alguém pode sorrir ou ficar mais feliz por passear o olhar em uma frase minha.
É muito sedutora a idéia de que algo do que escrevo pode ser especial para alguém que nem conheço. Mágico!
Às vezes recebo provas. Recados, comentários, e-mails. Existem mesmo essas pessoas. Eu não as vejo, pouco sei sobre elas mas as sinto.
Existe mesmo quem lê, se comove e até reflita quando passa a vista sobre o que penso.
Quem sabe à noite eu viaje por mundos que desconheço para roubar o que mora nessas pessoas. Apenas escrevo o que vive dentro delas, pode estar aí o segredo da identificação que criamos...
Um comentário:
"Encantador pensar que alguém pode sorrir ou ficar mais feliz por passear o olhar em uma frase minha."
essa frase ficou ótima.
gostei!
um beijo
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