E nos palácios e fortes onde debruças seu olhar
Não é o meu que encontras
E nas superfícies antigas que percorrem seus passos
Não são os meus que o acompanham
Sobre ladrilhos e pedras,
Sob o céu da Índia que jamais me acolheu
Somente tu estas...
São teus ollhos, e pés, que caminham avulsos
No continente que a geografia não me permite estar agora.
É para lá que vou quando meus olhos cessam nas noites escuras
Vou ao teu encontro, amor, sem ter o endereço ou parada
E no devaneio do meu sentimento
Percorro desertos e paisagens a tua procura
Ando por margens de rios poluídos e vilas coloridas
A escutar sussurros, cantatas, de outros que se amam
E no amor que ouço encontro forças para buscar-te além do meu corpo
Por isso em minha viagem levo somente a alma
(Para encontrar a tua)
E, em nosso encontro, sei, reencontrar-me-ei
Como antes era, como amanhã será,
Como foi, como é.
O nosso amor fazendo-me renascer
Fazendo-te meu homem, e de mim: tua mulher!
Serei pouco mais que uma faísca viajante
Uma estrela bailarina solta no Universo,
E neste instante
Somente onde estiveres, brilharei.
Procure-me nas noites longas
E eu, amor, te reconhecerei,
Quando duas amêndoas esverdeadas mirarem o céu estrelado
E nos lábios houver um sorriso mais encantador que Jaipur
Saberei ter te encontrado.
Um comentário:
Lindo poema amor.
Saudade de abracar a minha poetisa por horas a fio...
Te amo.
Paulo
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