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17 de out. de 2009

Enquanto ele não vem...

Ele teria que sorrir baixinho
Chegar de mansinho
Sem que pudesse perceber

Teria luz no olhar,
Silêncio ao falar
Voz ao calar
E o que eu não podia ver...

Algo mágico escondido,
Um mistério velado.

Algo como um livro não lido
Ou um sonho inacabado.

Tocaria minha mão
Onde o tempo pára e permanece
De seu sentimento, uma canção
De seu amor, o que me aquece.

Guardado tudo que dissesse,
Como se gravado estivesse
Cada palavra, cada vírgula.

Desde o céu em que amanhece
Até a última estrela que anoitece
Seria sua.

Sem deixar que soubesse,
Que minh’ alma já era nua
Diante da presença que entorpece.

Meu dizer sem querer tocar você,
Tocou meu próprio coração
Seu dizer sem querer tocar o meu
Não lhe tocou então.

Doeu por dentro da minha tristeza
A sua recusa ao que nem havia pedido
Mas nela também mora a beleza
Grávida do mundo, e do que estivera escondido...

Será você, seremos nós? Quem habita meu ninho?
Ainda espero que chegue de mansinho... (8/06/2004)

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