Ela devia ter a minha idade. O que por muito tempo achei que fosse muito. Hoje, aos 30, penso que outra pessoa com 30 anos é apenas uma igual... De pele morena com algumas sardas no rosto ela pediu a minha atenção enquanto eu olhava roupas em uma dessas grandes magazines de shopping. Logo percebi que era um desses pedidos de ajuda que nunca podemos identificar a autenticidade. Ainda assim eu respeito as pessoas e reluto ao impulso de me virar, de ignorar, ou recusar um contato que causa um incomodo previsível.
Olhei-a nos olhos, com todo a consideração que pude e ouvi cada palavra. Disse que o filho estava internado em um hospital e precisava com urgência de fraldas para a criança. Ela não queria o dinheiro, queria um pacote de fraldas, pedia que eu a acompanhasse e acrescentou que ela já tinha dez reais, me daria o dinheiro para que eu só pagasse a diferença. A história tinha um lado muito sincero, o do apelo pelo pacote de fraldas ao invés do dinheiro que sucintaria uma dúvida sobre seu destino. Só que havia algumas coisas que não encaixavam. O que ela estava fazendo ali no shopping se o filho estava no hospital? As fraldas seriam usadas no hospital? Por que estava pedindo em uma loja que ficava tão distante da farmácia (exatamente do outro lado do shopping)? Era muito mais cômodo dar o dinheiro que atravessar o shopping a acompanhando. Estava tudo surreal. O que aquela mulher estava fazendo ali naquela loja tão longe da farmácia e, sobretudo, do hospital onde o filho "estaria" internado? Continuei fitanco-a nos olhos enquanto falei:
- Desculpe, não posso ajudar mas seria mais fácil você conseguir algo pedindo para pessoas que estiverem passando próximo a farmácia, aqui está muito longe.
Ela ficou sem graça, rodou alguns segundos pela loja e saiu.
Recusar ajuda me deixou triste, me deixou mal... Infelizmente não confiei nessa mulher, não tinha como ajuda-la...
Se esta é a sua primeira vez neste blog leia na coluna da direita as instruções!
28 de fev. de 2009
26 de fev. de 2009
Desafios do "eu"
Fui para Ubatuba neste carnaval.
Tive que me deparar novamente com o desafio do surf, com a descoberta e redefinições das minhas limitações...
Desde o começo, no ano passado, o surf tem me colocado de cara com algumas de minhas fraquezas, com a capacidade de lidar com minhas frustações...
A minha referência, o meu registro emocional, é o choro. Desistir parace ser o caminho mais fácil, mais conhecido. Só que eu não me identifico mais com ele. Por muito tempo achei que ser "infantil" era belo. Eu me admirava sendo assim, e atribuia a característica a minha própria essência. Hoje eu me admiro enquanto busco ser fruto de uma evolução, de não acomodar-me, de não me entregar.
Quero ter os olhos erguidos e límpidos diante das dificuldades, quero ter a coragem hasteada como uma bandeira, quero ter um horizonte claro a percorrer ainda que por trechos a escuridão repouse sobre mim... Quero ter a paciência e a garra, a ternura e a força. Certa de que tudo que tiver não sou eu, são apenas acessórios, apenas ferramentas para forjar o destino que pretendo alcançar, tampouco o destino sou eu. Talvez no final possa me virar para enxergar o caminho, pode ser que o caminho seja eu...
Tive que me deparar novamente com o desafio do surf, com a descoberta e redefinições das minhas limitações...
Desde o começo, no ano passado, o surf tem me colocado de cara com algumas de minhas fraquezas, com a capacidade de lidar com minhas frustações...
A minha referência, o meu registro emocional, é o choro. Desistir parace ser o caminho mais fácil, mais conhecido. Só que eu não me identifico mais com ele. Por muito tempo achei que ser "infantil" era belo. Eu me admirava sendo assim, e atribuia a característica a minha própria essência. Hoje eu me admiro enquanto busco ser fruto de uma evolução, de não acomodar-me, de não me entregar.
Quero ter os olhos erguidos e límpidos diante das dificuldades, quero ter a coragem hasteada como uma bandeira, quero ter um horizonte claro a percorrer ainda que por trechos a escuridão repouse sobre mim... Quero ter a paciência e a garra, a ternura e a força. Certa de que tudo que tiver não sou eu, são apenas acessórios, apenas ferramentas para forjar o destino que pretendo alcançar, tampouco o destino sou eu. Talvez no final possa me virar para enxergar o caminho, pode ser que o caminho seja eu...
Citação de Pedro Bial - 24/01/2009
Para não perder o costume a citação de Pedro Bial esta semana foi de Churchill:
"Em tempos de guerra, a verdade é tão preciosa que sempre deve ser acompanhada por uma escolta de mentiras." (Winston Churchill)
Por ser uma tradução eu prefiro a palavra "protegida" no lugar de "acompanhada" porque combina mais com o sentido da frase. Não sei quais foram as palavras exatas usadas por Bial no programa.
"Em tempos de guerra, a verdade é tão preciosa que sempre deve estar protegida por uma escolta de mentiras"
"Em tempos de guerra, a verdade é tão preciosa que sempre deve ser acompanhada por uma escolta de mentiras." (Winston Churchill)
Por ser uma tradução eu prefiro a palavra "protegida" no lugar de "acompanhada" porque combina mais com o sentido da frase. Não sei quais foram as palavras exatas usadas por Bial no programa.
"Em tempos de guerra, a verdade é tão preciosa que sempre deve estar protegida por uma escolta de mentiras"
20 de fev. de 2009
Viagem
Viajo.
Para outro lugar.
Viajo e parte de mim sei que vai ficar.
Viajo, levo as palavras
Mas sem voz para falar.
O silêncio aqui
É pela viagem.
Se não estiverem aqui
É porque estão comigo
Em outro lugar.
___________________________________
Assim que voltar da viagem volto a escrever...
Para outro lugar.
Viajo e parte de mim sei que vai ficar.
Viajo, levo as palavras
Mas sem voz para falar.
O silêncio aqui
É pela viagem.
Se não estiverem aqui
É porque estão comigo
Em outro lugar.
___________________________________
Assim que voltar da viagem volto a escrever...
Mulher com Classe
A matéria em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, escrita para a Revista Com Classe, está logo aqui, em primeira mão:
Ser mulher com classe não é terminar o dia sem molhar a escova progressiva ou a camisa de suor. Ser mulher com classe é superar obstáculos profissionais e segurar as lágrimas quando as dificuldades apertam. Ser mulher com classe é sentir e racionalizar as decisões, é pensar com o coração e agir com o instinto, é trabalhar muito e não deixar que os filhos sintam falta de afeto, é deixar de comprar algo para si para oferecer mais para a família. Ser mulher com classe é desafiar o tempo e as 24 horas do dia com tantas atividades e responsabilidades. Ser mulher com classe é saber ser feminina e delicada até mesmo dando ordens. Ser mulher com classe é fugir da auto-piedade e orgulhar-se muito de ser mulher.
Escolhemos quatro histórias de vida de mulheres com muita classe que podem inspirar você.
Mulher aos 20
Quando nasceu foi desenganada pelos médicos. Talvez não chegasse a viver. Se vivesse não andaria. Ler e escrever seriam tarefas impossíveis.
A sentença abriu uma imensa fenda no coração dos pais. Na época dois jovens sofrendo com a possibilidade de perder a única filha mulher. Mas Valéria ainda surpreenderia o casal com sua alegria de viver e a sensibilidade além da conta. Ela não tinha nada a menos que as outras crianças, apenas um cromossomo a mais e, por isso, o que a medicina chama de “Síndrome de Down”.
Cada passo de Valéria foi sonhado muitas vezes antes de acontecer. Sim, a menina aprendeu a andar superando as previsões mais otimistas. A mãe não desistiu de ensinar-lhe a ler e criou o próprio método. Colava a letra “A” no armário, “C” na cadeira e “M” na mesa. Transformou a casa em um alfabeto. Os desafios de Valéria que começaram no primeiro dia de vida chegaram ao primeiro dia de aula. Ela freqüentou a escola, enfrentou os amigos, o preconceito, porque ser diferente não é fácil.
Hoje Valéria tem 29 anos, namora Sérgio, trabalha como orientadora disciplinar no Colégio Progresso Centro, freqüenta aulas de canto, de dança e de computação. É um exemplo de sensibilidade que ensina a “vida” em cada contato. Ensina, muito mais que aprende, embora tenha aprendido com alguma dificuldade a andar, ler e escrever. Hoje são seus “alunos” que tem dificuldade em “aprender” aquilo em que ela é perita: amar.
Dizem que as pessoas amam o poder, porém os portadores da síndrome de down tem o poder de amar.
Mulher aos 30
A infância foi humilde, ajudava a atender os clientes do bar de propriedade de sua mãe. A adolescência foi rebelde. Somente depois de se formar em Direito quando já trabalhava em um conceituado escritório de advocacia da cidade que Renata da Rocha percebeu que aquilo não era para ela. Pensava na justiça injusta cuja qual estava exposta na profissão. Abandonou o emprego. Para continuar trabalhando resolveu se aventurar lecionando em uma escola. Estar ali em contato com a educação fez com que reencontrasse o prazer pela ciência que escolhera. O Direito passava a lhe apresentar novos matizes, novas possibilidades, novos sonhos. Escolheu o mestrado em Filosofia do Direito. Desenvolveu uma dissertação polêmica sobre as pesquisas com células tronco. O tema não só a fez tirar dez com louvor na defesa como se tornou um livro que faz parte da bibliografia básica do mestrado do Mackenzie e chegou a ser citado no voto de um dos ministros do supremo tribunal federal.
Aos 35 anos, Renata ainda tem muito a alcançar. Faz doutorado, pertence aos mais seletos grupos de pesquisa em filosofia do direito, ministra palestras por todo o Brasil, participou de outras obras jurídicas, entretanto seu maior prazer continua sendo subir em um tablado diante de um grupo de pessoas para lhes ensinar o que ela sempre sonhou: um pouco de ética, moral e justiça.
Mulher aos 40
Alzira poderia ser confundida com uma menininha. Pequena e delicada parece uma adolescente se vista pelas costas com os cabelos longos de fios dourados. Os olhos azuis são os mesmos que educaram crianças durante mais de 20 anos e guardam uma fragilidade que não se percebe se a virmos coordenando uma equipe de professores, atendendo pais ou abraçando um aluno.
Os anos de sala de aula lhe deram a experiência necessária para assumir a coordenação de uma escola desafio que enfrentou com mais alegria que medo. Foi inevitável. Remeteu-se ao início de tudo, a recém-formada que trabalhava para pagar o estudo... Agora enfrentando também a dificuldade de criar a filha sozinha, sustentar a casa e ainda arrumar algum tempo para cuidar de si.
Embora os olhos azuis ocultem a delicadeza, que os fazem lacrimejar muitas vezes por diferentes motivos, eles tem mostrado cada dia mais a força e a coragem que Alzira lapidou involuntariamente simplesmente por não desistir.
Mulher aos 50
Élide era só uma adolescente de 14 anos quando começou a fazer sucesso na escola decifrando o passado, presente e futuro dos colegas e dos professores. O que era uma brincadeira para a menina foi se tornando coisa séria. Os conselhos realmente eram pertinentes e se confirmavam. Assim que os pais evangélicos descobriram a proibiram de continuar fazendo aquelas “premonições”. Esta sensibilidade ficou adormecida e latente em seu âmago.
Aos 18 anos, já casada, escolheu a psicologia porque supôs que era a profissão adequada para quem sentia tanto prazer em ouvir as histórias dos outros e ajudar. Já na faculdade seu talento foi logo percebido pelos professores, simultaneamente fazia cursos e em pouco tempo começou a atender pacientes. Nesta época sua vida pessoal passava por um turbilhão de problemas. Aos 30 anos ela já estava separada e com dois filhos pequenos para criar. Enfrentou tudo com a garra e sabedoria que estava acostumada a ensinar aos pacientes.
Hoje, com os filhos criados, encaminhados, Elide se orgulha de ser para eles uma referência e um exemplo. Continua com o mesmo sorriso e olhar contagiantes que atraíam as atenções para o que ela dizia desde a adolescência, através de sua sensibilidade aflorada sobre o ser humano. Faz isso profissionalmente há mais de 25 anos e muitas vidas agradecem por serem iluminadas em seu consultório.
Ser mulher com classe não é terminar o dia sem molhar a escova progressiva ou a camisa de suor. Ser mulher com classe é superar obstáculos profissionais e segurar as lágrimas quando as dificuldades apertam. Ser mulher com classe é sentir e racionalizar as decisões, é pensar com o coração e agir com o instinto, é trabalhar muito e não deixar que os filhos sintam falta de afeto, é deixar de comprar algo para si para oferecer mais para a família. Ser mulher com classe é desafiar o tempo e as 24 horas do dia com tantas atividades e responsabilidades. Ser mulher com classe é saber ser feminina e delicada até mesmo dando ordens. Ser mulher com classe é fugir da auto-piedade e orgulhar-se muito de ser mulher.
Escolhemos quatro histórias de vida de mulheres com muita classe que podem inspirar você.
Mulher aos 20
Quando nasceu foi desenganada pelos médicos. Talvez não chegasse a viver. Se vivesse não andaria. Ler e escrever seriam tarefas impossíveis.
A sentença abriu uma imensa fenda no coração dos pais. Na época dois jovens sofrendo com a possibilidade de perder a única filha mulher. Mas Valéria ainda surpreenderia o casal com sua alegria de viver e a sensibilidade além da conta. Ela não tinha nada a menos que as outras crianças, apenas um cromossomo a mais e, por isso, o que a medicina chama de “Síndrome de Down”.
Cada passo de Valéria foi sonhado muitas vezes antes de acontecer. Sim, a menina aprendeu a andar superando as previsões mais otimistas. A mãe não desistiu de ensinar-lhe a ler e criou o próprio método. Colava a letra “A” no armário, “C” na cadeira e “M” na mesa. Transformou a casa em um alfabeto. Os desafios de Valéria que começaram no primeiro dia de vida chegaram ao primeiro dia de aula. Ela freqüentou a escola, enfrentou os amigos, o preconceito, porque ser diferente não é fácil.
Hoje Valéria tem 29 anos, namora Sérgio, trabalha como orientadora disciplinar no Colégio Progresso Centro, freqüenta aulas de canto, de dança e de computação. É um exemplo de sensibilidade que ensina a “vida” em cada contato. Ensina, muito mais que aprende, embora tenha aprendido com alguma dificuldade a andar, ler e escrever. Hoje são seus “alunos” que tem dificuldade em “aprender” aquilo em que ela é perita: amar.
Dizem que as pessoas amam o poder, porém os portadores da síndrome de down tem o poder de amar.
Mulher aos 30
A infância foi humilde, ajudava a atender os clientes do bar de propriedade de sua mãe. A adolescência foi rebelde. Somente depois de se formar em Direito quando já trabalhava em um conceituado escritório de advocacia da cidade que Renata da Rocha percebeu que aquilo não era para ela. Pensava na justiça injusta cuja qual estava exposta na profissão. Abandonou o emprego. Para continuar trabalhando resolveu se aventurar lecionando em uma escola. Estar ali em contato com a educação fez com que reencontrasse o prazer pela ciência que escolhera. O Direito passava a lhe apresentar novos matizes, novas possibilidades, novos sonhos. Escolheu o mestrado em Filosofia do Direito. Desenvolveu uma dissertação polêmica sobre as pesquisas com células tronco. O tema não só a fez tirar dez com louvor na defesa como se tornou um livro que faz parte da bibliografia básica do mestrado do Mackenzie e chegou a ser citado no voto de um dos ministros do supremo tribunal federal.
Aos 35 anos, Renata ainda tem muito a alcançar. Faz doutorado, pertence aos mais seletos grupos de pesquisa em filosofia do direito, ministra palestras por todo o Brasil, participou de outras obras jurídicas, entretanto seu maior prazer continua sendo subir em um tablado diante de um grupo de pessoas para lhes ensinar o que ela sempre sonhou: um pouco de ética, moral e justiça.
Mulher aos 40
Alzira poderia ser confundida com uma menininha. Pequena e delicada parece uma adolescente se vista pelas costas com os cabelos longos de fios dourados. Os olhos azuis são os mesmos que educaram crianças durante mais de 20 anos e guardam uma fragilidade que não se percebe se a virmos coordenando uma equipe de professores, atendendo pais ou abraçando um aluno.
Os anos de sala de aula lhe deram a experiência necessária para assumir a coordenação de uma escola desafio que enfrentou com mais alegria que medo. Foi inevitável. Remeteu-se ao início de tudo, a recém-formada que trabalhava para pagar o estudo... Agora enfrentando também a dificuldade de criar a filha sozinha, sustentar a casa e ainda arrumar algum tempo para cuidar de si.
Embora os olhos azuis ocultem a delicadeza, que os fazem lacrimejar muitas vezes por diferentes motivos, eles tem mostrado cada dia mais a força e a coragem que Alzira lapidou involuntariamente simplesmente por não desistir.
Mulher aos 50
Élide era só uma adolescente de 14 anos quando começou a fazer sucesso na escola decifrando o passado, presente e futuro dos colegas e dos professores. O que era uma brincadeira para a menina foi se tornando coisa séria. Os conselhos realmente eram pertinentes e se confirmavam. Assim que os pais evangélicos descobriram a proibiram de continuar fazendo aquelas “premonições”. Esta sensibilidade ficou adormecida e latente em seu âmago.
Aos 18 anos, já casada, escolheu a psicologia porque supôs que era a profissão adequada para quem sentia tanto prazer em ouvir as histórias dos outros e ajudar. Já na faculdade seu talento foi logo percebido pelos professores, simultaneamente fazia cursos e em pouco tempo começou a atender pacientes. Nesta época sua vida pessoal passava por um turbilhão de problemas. Aos 30 anos ela já estava separada e com dois filhos pequenos para criar. Enfrentou tudo com a garra e sabedoria que estava acostumada a ensinar aos pacientes.
Hoje, com os filhos criados, encaminhados, Elide se orgulha de ser para eles uma referência e um exemplo. Continua com o mesmo sorriso e olhar contagiantes que atraíam as atenções para o que ela dizia desde a adolescência, através de sua sensibilidade aflorada sobre o ser humano. Faz isso profissionalmente há mais de 25 anos e muitas vidas agradecem por serem iluminadas em seu consultório.
19 de fev. de 2009
Rapidez
Tenho uma matéria para finalizar ainda hoje. Que vida doida!!!
Quero agradecer demais as felicitações do meu aniversário.
Beijos de luz,
Aline***
Quero agradecer demais as felicitações do meu aniversário.
Beijos de luz,
Aline***
17 de fev. de 2009
16 de fev. de 2009
Momento Único
E quando o dia clareia um novo Sol,
Quando estrelas ainda brilham sob nuvens enrubescidas,
Meu olhar passeia procurando o vento e a música.
Neste instante o horizonte anuncia uma promessa única
E se repete...
Como se cada novo dia trouxesse a sua melodia encantada
Para ouvir com os olhos cerrados
E com o toque da ponta dos dedos.
Embora nem todas as vezes seja possível ao tempo
A permissão de notar com a porta aberta dos sentidos
O que os olhos mais anseiam enxergar
O que o olfato mais deseja respirar
O que a pele mais pretende sentir
O que o paladar mais busca degustar
O que os ouvidos mais esperam escutar...
É como se esperassem a vida toda
Aquele instante tão único que sempre chega.
Repetidas vezes chega
(Apesar de nem sempre ser notado...)
Aline Ahmad***
Quando estrelas ainda brilham sob nuvens enrubescidas,
Meu olhar passeia procurando o vento e a música.
Neste instante o horizonte anuncia uma promessa única
E se repete...
Como se cada novo dia trouxesse a sua melodia encantada
Para ouvir com os olhos cerrados
E com o toque da ponta dos dedos.
Embora nem todas as vezes seja possível ao tempo
A permissão de notar com a porta aberta dos sentidos
O que os olhos mais anseiam enxergar
O que o olfato mais deseja respirar
O que a pele mais pretende sentir
O que o paladar mais busca degustar
O que os ouvidos mais esperam escutar...
É como se esperassem a vida toda
Aquele instante tão único que sempre chega.
Repetidas vezes chega
(Apesar de nem sempre ser notado...)
Aline Ahmad***
14 de fev. de 2009
Valentine´s Day - Discurso de Casamento
Hoje é o Valentine's Day, o Dia dos Namorados... Embora no Brasil seja só em junho é sempre motivo de se inspirar e comemorar.
Abaixo um lindo discurso de casamento, pena que não tenho a tradução e apesar de entender não saberia traduzir aqui à altura:
Abaixo um lindo discurso de casamento, pena que não tenho a tradução e apesar de entender não saberia traduzir aqui à altura:
Palavras de Compreensão
Vou reproduzir um recado que deixei em uma comunidade do orkut, cuja qual havia uma discussão em que as ofensas começaram a aparecer. Como é uma comunidade que participo achei por bem escrever e agora quero compartilhar as palavras aqui no blog:
PARA TODAS COM O MEU AFETO
Meninas, adoro a comunidade e para mim todas aqui são doces e meigas. Aliás penso que são assim para todas... É que toda comunicação já é difícil por natureza. Nem sempre o que a gente quer dizer é o que a gente diz, e não se trata nem do que a gente diz, mas do que o outro entende daquilo que a gente disse. Essa compreensão é muito pessoal e pelo fato das pessoas estarem distantes, não se conhecerem, os sentidos vão mudando ainda mais. Cada palavra, cada frase, atinge conotações inesperadas na comunicação escrita.
Eu, por exemplo, enquanto escrevo este texto posso ser interpretada de forma diferente, aliás vou ser, por cada pessoa que ler. Isto significa que uma mesma carta de amor pode ser uma carta de ódio, depende de quem a lê, e das referências e parâmetros que usará para julgar.
Acredito de coração que todas que escreveram neste tópico em um primeiro momento não tinham o intuito de ofender. Mas a tal da "comunicação" foi lá e remexeu no sentido das palavras. O que não era pessoal foi se tornando cada vez mais pessoal...
Sabe, como seres humanos, todas nós falhamos, não somos perfeitas. Acho que até hoje não passei um único dia da vida sem q magoasse, ainda que suavemente, uma pessoa que amo. Quanto maior o contato mais suscetíveis estamos... Errar não está sob o nosso controle, é algo que nos foge e simplesmente acontece. Aí está a graça da nossa humanidade: a capacidade de reconhecer no outro esta semelhança.
Espero meninas que tenhamos sempre a humildade de reconhecer que sempre podemos melhorar, inclusive a nossa comunicação, porque se o outro não nos entende ele nos dá a chance de buscarmos a mudança também em nós. Espero que tenhamos sempre a calma e a razão de pensar uma vez mais quando a emoção nos toma, de nos distanciarmos do problema e tentarmos olhar de fora para decidir melhor. E por último, meninas, espero que tenhamos sempre a sensibilidade de compreender o outro no mundo em que ele vive, no contexto que ele vivencia e respeitar nele as diferenças.
Espero ser compreendida...
Aline Ahmad***
PARA TODAS COM O MEU AFETO
Meninas, adoro a comunidade e para mim todas aqui são doces e meigas. Aliás penso que são assim para todas... É que toda comunicação já é difícil por natureza. Nem sempre o que a gente quer dizer é o que a gente diz, e não se trata nem do que a gente diz, mas do que o outro entende daquilo que a gente disse. Essa compreensão é muito pessoal e pelo fato das pessoas estarem distantes, não se conhecerem, os sentidos vão mudando ainda mais. Cada palavra, cada frase, atinge conotações inesperadas na comunicação escrita.
Eu, por exemplo, enquanto escrevo este texto posso ser interpretada de forma diferente, aliás vou ser, por cada pessoa que ler. Isto significa que uma mesma carta de amor pode ser uma carta de ódio, depende de quem a lê, e das referências e parâmetros que usará para julgar.
Acredito de coração que todas que escreveram neste tópico em um primeiro momento não tinham o intuito de ofender. Mas a tal da "comunicação" foi lá e remexeu no sentido das palavras. O que não era pessoal foi se tornando cada vez mais pessoal...
Sabe, como seres humanos, todas nós falhamos, não somos perfeitas. Acho que até hoje não passei um único dia da vida sem q magoasse, ainda que suavemente, uma pessoa que amo. Quanto maior o contato mais suscetíveis estamos... Errar não está sob o nosso controle, é algo que nos foge e simplesmente acontece. Aí está a graça da nossa humanidade: a capacidade de reconhecer no outro esta semelhança.
Espero meninas que tenhamos sempre a humildade de reconhecer que sempre podemos melhorar, inclusive a nossa comunicação, porque se o outro não nos entende ele nos dá a chance de buscarmos a mudança também em nós. Espero que tenhamos sempre a calma e a razão de pensar uma vez mais quando a emoção nos toma, de nos distanciarmos do problema e tentarmos olhar de fora para decidir melhor. E por último, meninas, espero que tenhamos sempre a sensibilidade de compreender o outro no mundo em que ele vive, no contexto que ele vivencia e respeitar nele as diferenças.
Espero ser compreendida...
Aline Ahmad***
13 de fev. de 2009
Satisfações de ausência
Recebi dois elogios ao blog via scrap pelo orkut.
Em seguida menos tempo para escrever porque meu pai estava internado.
Está tudo bem, então assim que der atualizo de verdade.
Beijos de luz,
Aline***
Em seguida menos tempo para escrever porque meu pai estava internado.
Está tudo bem, então assim que der atualizo de verdade.
Beijos de luz,
Aline***
10 de fev. de 2009
Citação de Pedro Bial
Hoje a citação de Bial foi do filósofo austríaco Wittgenstein :
"Nada é tão difícil quanto não enganar a si próprio"
"Nada é tão difícil quanto não enganar a si próprio"
9 de fev. de 2009
Suzana Vieira
Fonte da imagem
No final do dia acabei assistindo alguns programas de TV.
A entrevista da Suzana Vieira no Faustão foi incrível.
(Vou dar uma breve explicação para quem mora fora do país e acompanha este blog)
Suzana é uma atriz brasileira consagrada, uma estrela da maior emissora do país. Apesar dos 66 anos de idade ela é admirada pelo público também por sua beleza. Aliás como ela mesma diria: "Mulher acima dos 50 não pode ser bonita? Tem que ser feia?"
Ela viveu um grande drama pessoal ao casar-se com uma homem bem mais novo que meses depois foi detido em um motel com uma prostituta. Suzana perdoou. Meses depois outro escândalo na mídia. Dessa vez uma amante jovem e bonita conta sobre o caso com o marido da atriz famosa. Eles se separam e pouco tempo após o ex-marido aparece morto por overdose de drogas.
Durante todo o período deste casamento Suzana enfrentou fartas críticas da mídia, até mesmo quando se tornou vítima de traição. Ontem, ao vivo e em rede nacional ela atestou que não foi a responsável pela tragédia, ao contráro foi a vítima. Que a escolha de casar-se com um homem mais jovem não justificava o pesadelo que viveu, ao contrário, ela provou ter o direito de ser feliz seguindo seus desejos, para os quais não há tempo ou idade. Foi ovacionada pelo público inclusive quando disse:
"Enfrento a vida de biquini! Não vou me esconder em um maiô horrendo porque os maiôs inteiriços são horrendos e meu corpo não é horrendo!"
Aplausos para Suzana! Uma inspiração para enfrentar a vida e a idade com dignidade.
Churras
No domingo teve churrasco em casa. Uma prática recente em minha família, algo que agrega amigos e agrada as pessoas. Foi muito bom passar a tarde desse jeito.
Élide, Toninho, Marcelo, Ágata... Rimos bastante!
O Du se saiu muito bem como churrasqueiro.
Élide, Toninho, Marcelo, Ágata... Rimos bastante!
O Du se saiu muito bem como churrasqueiro.
8 de fev. de 2009
Resumo preliminar do final de semana
Neste final de semana encontrei amigos queridos, aproveitei o sol, a família, a piscina... Graças a Deus!
No sábado foi a festinha de aniversário da Marina. Ela completou 1 ano! Filha de Gustavo(Gugas) e Fernanda, um casal que ganhei de presente do Du. Amo os dois, aliás os três, não dá para esquecer da aniversariante.
Depois corremos (eu e o Du) para chegarmos retardatários no casamento do Fernando Ferrenha, um amigo antigo que conheci na adolescência, época de colégio. Estava tudo muito especial, poucas pessoas, uma vista linda de São Paulo e outros amigos antigos. Saudades de tudo que passei com aquelas pessoas. Foi uma época que voou. Os momentos foram tão escassos e ao mesmo tempo tão importantes para mim. Acho que foi a primeira vez que me senti parte de uma turma. E olha que isso aconteceu bem tarde...
No sábado foi a festinha de aniversário da Marina. Ela completou 1 ano! Filha de Gustavo(Gugas) e Fernanda, um casal que ganhei de presente do Du. Amo os dois, aliás os três, não dá para esquecer da aniversariante.
Depois corremos (eu e o Du) para chegarmos retardatários no casamento do Fernando Ferrenha, um amigo antigo que conheci na adolescência, época de colégio. Estava tudo muito especial, poucas pessoas, uma vista linda de São Paulo e outros amigos antigos. Saudades de tudo que passei com aquelas pessoas. Foi uma época que voou. Os momentos foram tão escassos e ao mesmo tempo tão importantes para mim. Acho que foi a primeira vez que me senti parte de uma turma. E olha que isso aconteceu bem tarde...
7 de fev. de 2009
6 de fev. de 2009
José Pacheco - Palestra
Sou fã do José Pacheco. Acredito em tudo que ele diz. Compartilhamos uma paixão... O Vídeo é um compilado de trechos de uma palstra dele.
Para saber mais sobre ele clique aqui.
5 de fev. de 2009
Sorriso raro
Esta semana me aconteceu algo peculiar, curioso...
Um senhor de roupa simples, com o rosto abatido pelo tempo e olhos claros me parou na calçada. Quase pensei que ele iria me pedir esmola, como a abordagem estava sendo educada, quase carinhosa, por algum motivo eu olhei em seus olhos e ele sorriu. Percebi que lhe faltavam alguns dentes. Ele foi falando um pouco tímido e constrangido como se estivesse invadindo meu espaço:
"Desculpe tomar seu tempo, é que precisava te dar parabéns pelo seu sorriso. Hoje em dia é difícil ver um sorriso como o seu. Trabalhei no metrô e as pessoas entravam lá de manhã todas sérias, de cara fechada, raramente via um sorriso, então quando vi o seu... Tinha que te dar parabéns pelo seu sorriso."
Claro que ele me fez sorrir mais ainda. Quanta doçura!
E pensar que quase me recusei a ouvir o que ele me diria...
Foi um elogio de um desconhecido que fez bem a minha alma.
Um senhor de roupa simples, com o rosto abatido pelo tempo e olhos claros me parou na calçada. Quase pensei que ele iria me pedir esmola, como a abordagem estava sendo educada, quase carinhosa, por algum motivo eu olhei em seus olhos e ele sorriu. Percebi que lhe faltavam alguns dentes. Ele foi falando um pouco tímido e constrangido como se estivesse invadindo meu espaço:
"Desculpe tomar seu tempo, é que precisava te dar parabéns pelo seu sorriso. Hoje em dia é difícil ver um sorriso como o seu. Trabalhei no metrô e as pessoas entravam lá de manhã todas sérias, de cara fechada, raramente via um sorriso, então quando vi o seu... Tinha que te dar parabéns pelo seu sorriso."
Claro que ele me fez sorrir mais ainda. Quanta doçura!
E pensar que quase me recusei a ouvir o que ele me diria...
Foi um elogio de um desconhecido que fez bem a minha alma.
Dia que se inicia
Bom dia a esse dia que começa e se inicia!
Já que está novo em folha, vamos fazer com ele o melhor possível! Combinado?
Beijos de luz,
Aline***
Já que está novo em folha, vamos fazer com ele o melhor possível! Combinado?
Beijos de luz,
Aline***
4 de fev. de 2009
Trabalhando bastante
Puxa, muito trabalho...
Trabalho é bem-vindo! É sinal de sucesso, reconhecimento. Não posso reclamar.
Beijos de luz,
Aline***
Trabalho é bem-vindo! É sinal de sucesso, reconhecimento. Não posso reclamar.
Beijos de luz,
Aline***
3 de fev. de 2009
Pedro Bial entre máscara, casca e crisálida.
Os textos de Pedro Bial não chegam a ser uma pérola da literatura brasileira mas dignificam o Big Brother às terças-feiras.
Hoje ele falou sobre as máscaras, entretanto prefere a palavra "casca" e ainda mais a palavra "crisálida", pois é a superfície que protege a lagarta, onde está oculta a borboleta.
Assim, penso eu, acontece com todas as pessoas. Sempre há a crisálida aquecendo asas que se preparam para voar. Pena que há lagartas que nunca se libertam das crisálidas. São borboletas do futuro que ficam presas no passado...
Aline Ahmad***
Hoje ele falou sobre as máscaras, entretanto prefere a palavra "casca" e ainda mais a palavra "crisálida", pois é a superfície que protege a lagarta, onde está oculta a borboleta.
Assim, penso eu, acontece com todas as pessoas. Sempre há a crisálida aquecendo asas que se preparam para voar. Pena que há lagartas que nunca se libertam das crisálidas. São borboletas do futuro que ficam presas no passado...
Aline Ahmad***
Sonhos frágeis
Adorei esses versos do irlandes William Butler Yeats:
Se eu tivesse tecidos como os do céu
Enfeitados com o ouro e a prata
Da luz do Sol e da Lua,
Eu espalharia esses tecidos aos seus pés.
Mas eu, pobre que sou, tenho apenas meus sonhos.
Eu espalhei meus sonhos aos seus pés.
Quando pisar, pise com cuidado,
Pois você pisa nos meus sonhos.
Copiei do blog Diários de um Don Juan
Se eu tivesse tecidos como os do céu
Enfeitados com o ouro e a prata
Da luz do Sol e da Lua,
Eu espalharia esses tecidos aos seus pés.
Mas eu, pobre que sou, tenho apenas meus sonhos.
Eu espalhei meus sonhos aos seus pés.
Quando pisar, pise com cuidado,
Pois você pisa nos meus sonhos.
Copiei do blog Diários de um Don Juan
2 de fev. de 2009
De repente 30
Muitas coisas tem acontecido para mim... Muito trabalho!
Adoro trabalho, adoro responsabilidades, por mais cansativo que seja, até psicologicamente. Na verdade gosto do que vem depois, da sensação de ser útil.
Esse é o meu lado terra, pés no chão, realidade. O meu lado ar tem me feito flutuar. Repleta de novos pensamentos, novas reflexões, descobertas. Mudanças estão por vir. Dia 18 completo 30 anos de vida.
Adoro trabalho, adoro responsabilidades, por mais cansativo que seja, até psicologicamente. Na verdade gosto do que vem depois, da sensação de ser útil.
Esse é o meu lado terra, pés no chão, realidade. O meu lado ar tem me feito flutuar. Repleta de novos pensamentos, novas reflexões, descobertas. Mudanças estão por vir. Dia 18 completo 30 anos de vida.
1 de fev. de 2009
Dica de blog
Um blog novo de uma alma antiga em um corpo jovem: Eduardo Vela.
(Sou quase protagonista do que ele escreve... risos)
(Sou quase protagonista do que ele escreve... risos)
Ouvir dizer
Minha menina de insconstâncias, cujo o olhar é mais do que meu peito suporta.
Às vezes meus beijos estremecidos te tocam no desejo de que meus lábios te digam:
Poemas, receitas, roteiros, imagens... Mas silencio.
Porque na paisagem insólita da sua inconstância me vejo, perdido.
A buscar teus beijos, e neles você!
Aline Ahmad***
Às vezes as palavras são o que queria dizer, outrora o que queria ouvir... E por premeditar palavras que ainda não existem é que elas passam a existir.
Às vezes meus beijos estremecidos te tocam no desejo de que meus lábios te digam:
Poemas, receitas, roteiros, imagens... Mas silencio.
Porque na paisagem insólita da sua inconstância me vejo, perdido.
A buscar teus beijos, e neles você!
Aline Ahmad***
Às vezes as palavras são o que queria dizer, outrora o que queria ouvir... E por premeditar palavras que ainda não existem é que elas passam a existir.
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