Se esta é a sua primeira vez neste blog leia na coluna da direita as instruções!

31 de mai. de 2009

Pincel Musical

Quando criatividade e sensibilidade se unem a serviço da arte eu silencio para que reverbere a minha voz interior. Tive lindas sensações usando um pincel eletrônico ouvindo uma música através deste site.

Trata-se de uma promoção de lançamento (fantástica!) da cantora espanhola Virginia Mateos em que cada pessoa pode fazer o seu próprio clip interativo da música enquanto movimenta o mouse. Além disso, há os efeitos que se modificam conforme a letra da música. No final é possível rever o video, fazer um novo ou enviar a um amigo.

30 de mai. de 2009

Massagem

Saí o dia todo, cheguei agora. Estou beeem cansada... Preciso de uma massagem! Alguém se habilita? (risos)

29 de mai. de 2009

O Amor - por André Comte-Sponville

Andre Comte-Sponville foi o responsável por uma das melhores palestras que já assisti. Comentei suavemente sobre o assunto aqui.

Ele esmiuçou o amor o definindo através de 3 aspectos representados pelas palavras gregas:

- Eros

- Philia

- Agape


Eros
Vamos começar por Eros, um dos aspectos do amor.
A palavra Eros é conhecida por suas derivações: erotismo, erótico... entretanto não está somente ligada a sexualidade. Eros é o Deus do amor. Traduzindo do grego seria a paixão amorosa.

[Neste momento André fez um comentário que causou risos na platéia. Eros seria o amor que o marido sente pela esposa antes que eles se casem. E vice-versa]

O assunto foi tratado por Platão em seu texto "O Banquete". Trata-se dos dialogos ocorridos durante um jantar em que amigos se reuniram para falar sobre o assunto mais belo: o amor! Obviamente, por serem homens, não estavam ali para fazerem confissões, trocarem confidências, como fariam mulheres. Concentraram-se na idéia do amor. De todos que se pronunciaram as falas mais marcantes foram a de Sócrates e Aristófanes. Dos dois o discurso mais citado até hoje é o de Aristófanes. Contudo não é o que Platão mais gostava. Platão colocou na boca de Aristófanes as palavras cuja as quais ele discordava, até mesmo porque para ele Aristófanes teria cometido um pecado capital ao tecer em sua peça "As Nuvens" severas críticas a Sócrates. Por outro lado, na boca de Sócrates Platão colocou justamente o pensamento em que acreditava só que por ser menos poético, mais pessimista, foi a fala que ficou menos conhecida, uma fala que se aproxima do real, enquanto que a de Aristófanes seria o amor em um contexto ideal. Sócrates falava, da verdade do amor, das desilusões amorosas. Aristófanes era um poeta, descreve um amor ilusório. Contou uma história em que cada homem e mulher eram duplos no início dos tempos. Com quatro braços ao invés de dois, com quatro pernas, dois rostos (um na frente e outro atrás), dois sexos de homem ou dois sexos de mulher. Sendo que havia também os andróginos com dois sexos, um de homem e outro de mulher. Uma vez homens e mulheres decidiram escalar o céu para questionar os deuses. Claramente eles não gostaram disso e foram contar a Zeus, todo-poderoso, que também ficou furioso. Só que Zeus não podia acabar com os humanos, porque ele gostava dos templos dedicados a ele, gostava da adoração que os humanos manifestavam pelos deuses... Então teve a idéia de cortá-los ao meio, assim ficariam mais fracos, jamais conseguiriam escalar o céu novamente, ao mesmo tempo seriam em maior quantidade e provavelmente existiriam mais templos e mais adoração. Primeiro mistério resolvido: não temos quatro braços [risos].

Nesta história está incutida a idéia de "metade". Cada um é metade e tem apenas uma metade perfeita para completar-se. Seria o fim da solidão encontrar-se com a outra metade e ambos serem felizes para sempre. Neste caso os andróginos, com um sexo feminino e outro masculino, teriam se tornado os heterossexuais e os homens e mulheres que repetiam o mesmo sexo seriam os homossexuais.

Nesta história há também a explicação para o desejo de fundir-se, de reunir-se com o objeto amado.
(Continuo em breve)

Amor de correio

Que história mais fantástica que minha colega-meiga-blogueira-menina-Marina escreveu!!

A Liberdade do Amor - (ou) O Amor que Liberta

Em maio e junho de 2004 eu estava apaixonada, como estive diversas vezes em minha vida. Só que naquela ocasião foram meses em que escrevi muito. Tenho tudo guardado. Alguns textos já publiquei aqui. Um inédito é este, de 5 de junho daquele ano:

Ah... Como queria ser só sua menina, sua princesa linda e preciosa. Ah... Passaria os dedos pelos meus cabelos, me olharia nos olhos, brilhando, sorrindo, e já seria sua. E se pudéssemos ficar o tempo do infinito nos olhando e nos dizendo em silêncio o motivo do nosso brilho no olhar... E você no meu colo e meus beijos leves em sua face, seu encantamento no ar. Minha voz no seu ouvido sussurrando promessas, sentimentos, amores...
Seu sorriso não deixa seus lábios, mora ali e eu o beijo. Beijo seu sorriso, beijo a morada dele: seus lábios, e somos um. Trocamos de alma. Quando volto a mim sou outra. Sou você? Não. O seu amor me deixa exatamente como sou. O seu amor me conhece e ama como sou. Amaria como fosse, porque é amor, não só gostar. Mas como sou lhe basta para me amar. Não peço nada além do que sente. Deixo que fique até com seu coração. E me sinto plena, completa, desde que sei que é livre e que me escolhe a cada dia. Meu amor lhe dá asas, liberta-o e sei que voltará sempre, com um cantar ainda mais belo e histórias que gosto de ouvir quando me conta em silêncio.

Gente "ânimada"

Não sou muito de desgostar das pessoas. A maior parte delas me agrada. Entretanto algumas são especiais. Ultrapassam o gostar, chegam a me despertar admiração.
Segundo o Dicionário admiração é:
1. Sentimento agradável que se apodera do ânimo ao ver coisa extraordinária, bela ou inesperada.

Se o sentimento "se apodera do ânimo" é porque se apodera da alma. É a alma que torna os seres "animados", ou seja, repletos de alma. Há mesmo algo de especial nessas pessoas que se apoderam de nossa alma e ainda nos deixam mais "animados" que antes com um simples contato.

Esta contida na "admiração" a vontade de ser o outro. São olhos que se encantam e que desejam espelhar-se naquela imagem.

28 de mai. de 2009

Diário de Trabalho

Hoje atendi uma mãe no colégio que me deixou comovida. É sempre assim, eu não posso ouvir história triste. A criança é uma menina ruiva de olhos claros (eu nunca sei se olhos claros são verdes ou azuis) e sorriso encantador. Enquanto conversava com a mãe ela saiu sozinha para conhecer a escola. Minutos depois tinham oito crianças em volta dela. Que coisa! Ela tem algo de diferente. Eu a vi a primeira vez assistindo a uma peça de teatro no sábado. Peguei até o celular da mãe com medo de que não as visse mais. Convidei-as para conhecer o colégio e as duas apareceram hoje. A mãe se emocionou dizendo que pergunta a Deus porque ele enviou esse anjo justo na casa dela, é muita responsabilidade e ela teme não fazer por merecer.

Trabalho com crianças o dia todo e todas que aparecem eu amo, mas algumas, eu sei reconhecer, tem uma atmosfera diferente. Como se tivessem acabado de chegar de um outro planeta, causam estranheza, expiram carisma, eu estava diante de um exemplar desta espécie. Alguém especialmente especial. Ainda não sei o que os pais vão decidir, dentro das possibilidade deles, torço para vê-la sempre com aqueles olhos brilhantes e o sorriso constante diante de mim!

27 de mai. de 2009

Hoje

Não gosto de passar um único dia sem escrever no blog.
Hoje foi um dia que começou com chuva, que inclusive caiu sobre minha cabeça, na tentativa de fazer uma caminhada. Tive que dar meia-volta depois de ter andado uns 200 metros.

Depois do trabalho fui cortar o cabelo e encontrei a Camila, uma moça que pouco conheço mas que admiro. Temos identificação instantânea. Sempre que nos vemos ficamos conversando, uma fala mais que a outra. Ela trabalha com moda, é personal stylist, consultora, produtora de moda e estilista. Deve ter uns 25 anos e já tem duas lojas, uma delas fica lá mesmo, dentro do salão.

Meu cabeleireiro, Rui, insistiu para tirarmos três dedos do comprimento. Aceitei. eu confio bastante nele, normalmente o deixo até mais livre para decidir. Dessa vez eu não queria mudar tanto, queria só acertar as pontas.

De lá depois de um breve telefonema de 40 minutos fui com minhas irmãs visitar meu pai (e minha mãe) no hospital. Ele está ótimo, alegre e corado. Amanhã eles voltam para casa. A animação começa hoje! Lá aconteceu um imprevisto raro, discuti com minha irmã, a Andreza, logo eu que a amo tanto. Discussões geram agressões verbais, fiquei magoada, acho que ela ficou também. Sei que tudo vai ficar bem log, sempre fica, nós somos grudadas. Mas na hora do fervor da emoção sinto tanta raiva que me dá vontade de tomar medidas mais drásticas, de mudar o previsto por causa da discussão, de planejar algo para que ela sinta como me senti... Tudo que mais desejo é vê-la feliz, eu seria capaz de renunciar minha própria felicidade pela dela de tão intensa que é a nossa relação. Fico triste quando, às vezes, parece que ela não me ama na mesma proporção, aliás, na mesma nem quero. Ficaria satisfeita com o suficiente para me sentir querida... Normalmente eu desabafo com ela, dessa vaz não ia dar. O "papel" aceita tudo, é ótimo desabafar por aqui!

Meu sangue é quente, eu não desisto da discussão eu quero entender, eu quero explicar, eu quero falar, eu quero ouvir. Como com ela não tem jeito, ela simplesmente para tenho que me segurar demais para não ficar falando sozinha, ou desrespeitando o silêncio dela. Para mim o silêncio diante de uma pergunta é quase um desrespeito... Sei que a convivência é mesmo um aprendizado contínuo, nós(eu e ela) nos damos muito bem, entretanto umas duas vezes ao ano rola uma discussão como a de hoje. Talvez chegue a 4 no ano. Acho que não passa disso.

Sorte que minha irmã a Delita estava ouvindo e vendo tudo. Foi difícil esperar chegar até em casa para ouvir a opinião dela, eu a conheço, ela não falaria diante das duas. Perguntei a Adelita onde errei, tenho humildade suficiente para reconehcer e tentar melhorar, isso não me falta. Ela ponderou tudo, apontou meus exageros, minha agressividade. foi muito bom ouvi-la.

Meu dia ainda nem terminou, mesmo assim meus olhos fecham... De sono!

26 de mai. de 2009

Sozinha é melhor

Para que eu faça alguma coisa sozinha é preciso uma vontade extra.

Na família somos em 3 irmãs. Nasci primeiro, 3 anos e alguns meses depois nasceu a terceira filha dos meus pais. Pela pouca diferença de idade e pela educação que tivemos sempre fomos muito grudadas. Fizemos de tudo juntas, de natação ao curso de inglês, passando pelas aulas de canto ou curso de manequim e modelo. Nunca gostei de fazer nada sozinha, embora curta a sensação de liberdade que isso me traz. De qualquer forma é sempre mais motivador ter uma companhia para sair, para viajar, para malhar, ou seja para fazer qualquer coisa que não é assim tão usual.

Hoje, por exemplo, eu queria ir para academia, ou correr, andar, trotar no bosque. Queria ir contra a maré de sedentarismo que estava se instalando em meu corpo desde o final da semana passada. Meu corpo pedia por movimento. É comum que eu vá para academia com minha irmã, ao bosque com uma amiga, mas hoje tinha que ser só. Nenhuma delas estava disponível. Eu poderia ter desistido, como às vezes acontece. Mas houve aquela vontade extra que me fez romper a estagnação. Fui sozinha e lá, por 40 minutos, pude conversar comigo mesma. Nada de muito sério ou profundo, apenas observações sobre o que eu enxergava:

1)"O parque é para todos, o futebol no parque é para muitos".

Nem todos jogam futebol, mas o parque aceita a entrada de todos.

2)"Em tempos de desigualdade social olhar nos olhos pode ser uma ofensa".

Não é para todo mundo que eu podia olhar, alguns me davam medo.

3)"Homens adoram "secar" as mulheres que eles julgam ser bonitas."

É um fato, constrangedor por sinal. E olha que eu nem estava nua...

4)"Nada mais desestimulante que ser ultrapassada por uma mulher mais velha que eu".

"É gostoso fazer um esforço extra, nem que seja para ultrapassar uma única pessoa, a que está bem na frente".

No final liberação de endorfina e satisfação garantida.

Teoria do Risco - John Adams da Universidade de Londres

Neste domingo, 24 de maio de 2009, o jornal "O Estado de S. Paulo" publicou uma entrevista com o geógrafo inglês John Adams (professor emérito de geografia da Universidade de Londres). Adams é estudioso do "risco" e de seu papel em uma sociedade em que as pessoas não estão mais preocupadas em conseguir o melhor, mas apenas em não serem surpreendidas pelo pior. Diante de tantas mazelas, a indústria do medo continua produzindo o pavor ao noticiar sem prudência terrorismo, guerras, violência, epidemias, etc. Tudo isso reflete na forma de viver em sociedade. Achei genial a pesquisa dele: " O Homo Prudens, que tudo controla, não vai dominar o Homo Aleatorius, que tudo arrisca. Você terá de conviver com esses dois tipos dentro de você. Tente relaxar."

Recomendo muito a entrevista na íntegra.

25 de mai. de 2009

Diário

Há muitos anos meu pai foi acometido pelo câncer, em 1990, quando fez uma cirurgia de retirada do baço seguida de quimioterapia. Ele nunca mais foi ao médico, não fez os recomendáveis exames constantes e confiou que estava curado. De certa forma esteve, por 14 anos. Até que em 2004 foi diagnosticado um linfoma. A mesma doença da ministra Dilma Roussef. De lá para cá, ou seja, há 5 anos meu pai tem se submetido a tratamentos quase que constantes. O acompanhamento médico se tornou uma rotina. Hoje ele foi internado para se submeter a sessões de quimioterapia. Por recomendação médica ele tem que receber a medicação de forma ininterrupta, por isso a internação se fez necessária. Meu pai já tem 73 anos e mesmo assim mantem o sorriso no rosto, e uma luz dentro dele. Para mim ele é uma lição de vida tão mágica que me faz acreditar que sou especial por ter nascido dele.

Escrava da Palavra

Adoro quando o blog assume forma de diário e tenho a oportunidade de ser quase "íntima" de quem lê. Mesmo assim tenho escrito muito pouco sobre minha vida, sobre o que acontece. Eu reluto em compartilhar experiências que expõem a minha vida. Costumo escrever em códigos. Os poemas estão repletos de simbologia. Só é preciso um olhar mais apurado e outro bocado de imaginação para compreender onde quero chegar com cada palavra estampada em minha escrita.

Nem sempre a escrita me serve, na maior parte das vezes sou eu quem a sirvo. Como servidora respeito a velocidade em que as palavras me chegam e a falta de sentido que por ora me fazem. A inspiração vem, normalmente estimulada por um fato real. Só que depois ela se torna origem de outra inspiração que leva a outro fim. Essa cadeia de inspirações se engancham uma a outra. São links, sinapses do pensamento, nem sempre o produto corresponde ao que se esperava no início... Até porque não sou servidora de minhas metas ou mensagens, sou servidora da palavra. Por ela renuncio meu significado, sou escrava, obedeço o que ela quer, para onde ela vai e para onde ela me leva.

24 de mai. de 2009

Sem

Tenho mil histórias para contar
Ou o silêncio de uma palavra muda...

Tenho a calidez de um olhar
Que na hora triste se desnuda

Tenho uma música para cantar
A melodia é outra e sempre muda

Mas aqui estou e você não...
De que adianta contar, olhar, cantar,
Sem ter seus dedos entrelaçados a minha mão?

"O Casamento do Meu Melhor Amigo" (minha cena preferida)

Adoro uma cena do filme "O Casamento do Meu Melhor Amigo". Para mim esta cena foi feita com tanta delicadeza e sensibilidade que uniu o texto certo com a imagem certa. A idéia de que o momento simplesmente passa, enquanto se vê um barco passando exemplifica o que o cinema representa para mim: uma poesia em imagens.

Gosto da mensagem desta cena. De que quando amamos alguém nós devemos falar, em alto e bom som, porque se não dissermos o momento simplesmente passa...



Gosto também da música "The way you look tonight". Aqui o final da cena legendado. Adoro o trecho "a cada palavra a sua ternura aumenta, acabando com meus medos".

Aqui a primeira versão da música no cinema e aqui a interpretação de Michael Bublé

23 de mai. de 2009

Carlos Drummond de Andrade - Memória

Carlos Drummond de Andrade escreveu os versos do Poema "Memória" e os finalizou com os meus preferidos "As coisas findas/ muito mais que lindas,/ essas ficarão":

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.


Adoro este site em que é possível ouvir na voz do próprio Drummond algumas interpretações de suas palavras. Recomendo "Consolo na Praia", é só entrar no site e clicar no link "Alguma Poesia"no menu à esquerda.

22 de mai. de 2009

Palavras do Prof. Randy Paunch diante do diagnóstico terminal

Copiei di blog Cacarinas:

“Tenho consciência de que Chloe não se lembrará de mim. Ainda é pequena demais (a filha de Randy tem agora 1 ano e meio). Porém quero que ela cresça sabendo que fui o primeiro homem a se apaixonar por ela.”

“Meus sonhos para meus filhos são muito precisos: quero que cada qual encontre seu caminho para a realização. E, como não estarei aqui, quero deixar bem claro: crianças, não tentem imaginar o que eu gostaria que vocês se tornassem. Quero que se tornem aquilo que quiserem se tornar.”

“Um dos melhores conselhos que já ouvimos a respeito de como lidar com um doente partiu de comissários de bordo: ‘Coloque primeiro sua máscara de oxigênio antes de auxiliar os outros’.”

“São interessantes os segredos que a gente decide revelar no fim da vida. Eu deveria ter contado essa história (de que fui recusado na primeira vez que tentei trabalhar na Universidade Carnegie Mellon) há muitos anos porque a moral é a seguinte: se você quer muito uma coisa, jamais desista (e aceite um empurrão, se lhe oferecerem). As muralhas existem por algum motivo. E uma vez que você as galgou – mesmo com a ajuda de alguém –, é útil contar aos outros como conseguiu.“

“Durante vários dias, me preocupei achando que seria incapaz de concluir minha palestra sem perder a fala. Portanto, adotei um plano de contingência. (...) Primeiro listei meus sonhos de infância, de quando tinha 8 anos. Agora, passados 38 anos, essa mesma lista me ajudou a dizer o que eu precisava dizer e ir até o fim.”

“O que eu quero que escrevam na lápide do meu túmulo: R. P. viveu 30 anos depois de receber o diagnóstico de uma doença terminal.”

Bom dia!

Eu podia te contar uma história
Para começar teu dia com minha palavra
Podia te fazer carinho
Para te dar energia
E repousar minha mão no teu olhar
Para protege-lo do Sol.

Podia...
Ao invés disso te digo apenas
Bom dia!

E tudo ao redor se refaz
Para que eu possa imaginar
Que sinto a tua companhia

Aline Ahmad***

21 de mai. de 2009

Frase do Dia

"Há pessoas que transformam o Sol numa simples mancha amarela, mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio Sol". (Picasso)

Andre Comte-Sponville

Sábado passado assisti a uma palestra do filósofo francês André Comte-Sponville. Fabuloso!

Fui sem esperar nada, com minha irmã Adelita, que é leitora assídua. Fiquei encantada! André falou diretamente da França por vídeo-conferência com tradução simultânea. Por quase duas horas eu o ouvi sem me sentir cansada. O tema caloroso ajudou bastante: o amor.

Hoje recebi da Adelita, minha doçura, um link ótimo com comentários sobre um outro tema desenvolvido por André no livro "A felicidade desesperadamente".

Compartilho com você aqui as palavras de Amael Oliveira sobre Sponville.

Homem pelado no Leblon - Rio de Janeiro



As pessoas são vastas. Se você não esperava um post com este título, neste blog, esta primeira frase justifica o ocorrido. E porque as pessoas são vastas, complexas, é que se torna natural ser surpreendido.

Tem coisas extremamente surreais.

Em julho de 2005 tirei essa foto no Rio de Janeiro, ao lado da minha irmã Andreza e da minha amiga fofa, Ana Paula. Estávamos bem em frente a pizzaria Guanabara, point da madrugada no Leblon. Na calçada oposta fica a Diagonal, também pizzaria, que aparece na foto. Os cariocas frequentam em peso essas esquinas que ficam no maior agito em qualquer horário. É comum encontrar atores globais saboreando pedaços de pizza ou esperando nas calçadas.

Eis que supostamente neste final de semana neste mesmo local movimentado um homem pelado passa correndo e gritando diante de todos. A cena surreal foi parar no youtube. E como eu adoro quando momentos incríveis como este acontecem, nem que sejam só para quebrar a rotina e nos lembrarem que a diversidade, a criatividade e a falta de noção existem. E que se causam riso, fazem pensar, mesmo sem levar a uma conclusão de peso, já fazem muito.



Descrição do vídeo no youtube:

Típica domingueira carioca...
10hs da noite... eu filmando o melhor point do RJ...
Cenário de novelas globais....
Guanabara cheia...como de costume...
Famílias degustando konis e yogis de sobre-mesa...
Diagonal com seus assíduos clientes...
Jobi servindo um chopp após o outro...
BB fomentando a larica de uns...
Tudo muito normal se não fosse a repentina aparição do CORREDOR NÚ, berrando com sua voz estridente, arrancando aplausos dos machos e suspiros do mulheril presente...

Amy Winehouse ficaria com inveja...

20 de mai. de 2009

Grito

E as pessoas que falam sozinhas?
O que dizem a si mesmas?
O que dizem ao mundo?

Falo das que gritam, das que não tem o que perder, a quem respeitar.
Que andam pelas ruas aos berros como se fossem ouvidas.
Não é bebida, embriaguez, é vida que não se mantem por dentro delas e é preciso exarcebar, sair de si...

Não se trata de algo eventual, de conversar baixo sozinho, dentro do carro.
A mulher que vi ontem - e como ela outras pessoas já vi, outras vezes - parecia estar bêbada, mas ao mesmo tempo acho que não estava. A sua fala era carregada de expressões no rosto como se sentisse mais que os outros.

Agressividade, descompreensão, indiferença, não se sabe o que ela inspirava nas pessoas. O fato é que conversar sozinho por mais libertador que seja é triste também.
Faz falta não ter ninguém que ouça.

Eu adoro conversar sozinha, embora não tenha a coragem de gritar e me expor. Gosto de conversar sozinha porque é como escrever. Nem sempre tem gente disposta a ler.

Passagem das Horas

Maria Bethânia recita lindamente no início desta música um trecho do poema do heterônimo Álvaro de Campos (de Fernando Pessoa), "Passagem das Horas":



Aqui a íntegra.

19 de mai. de 2009

Palavras de amizade

Hoje bem cedo visitei o blog do meu amigo Jone. Encontrei lá um lindo post sobre amar. Tema que quero abordar ainda mais sempre. Jamais se esgota.

Ele ainda me deixou esse comentário tão especial que reproduzo aqui um trecho:

Não deixe o arrependimento incomodar essa virtude, que bem conheço em você. O que o outro faz com isso não diz respeito a você. Além disso, ainda que a água pura e límpida da fonte não seja assimilada pelo organismo e apenas usada para lavar as mãos sujas e ser lançada fora, ainda assim algo de bom ela faz, levando um pouco das impurezas para longe. Nem todos os corações estão aptos a aproveitar os benefícios da sinceridade.

A água pura deve sempre fluir! Não com o desejo de ser assimilada ou reconhecida, pois o desejo e a expectativa é que trazem o sofrimento. Fluir, apenas! Pois na longa estrada da vida almas sedentas estarão a lhe visitar, necessitadas dessa água pura que só você pode oferecer.


O Jone tem alma de poeta!

18 de mai. de 2009

Sinceridade?

Sabe qual é a maior bobagem da vida?
É ser sincero demais. Eu caio nessa direto.
Quando vejo já estou contando quem eu sou, como sou e o que penso.
Abro na página das minhas inseguranças e defeitos e leio até a última linha.
Depois me arrependo.
O que a outra pessoa pode fazer com tanta informação valiosa?
A gente nunca sabe e de não saber sofre.

Quando eu tinha 3 anos de idade, eu me lembro, as crianças não eram respeitadas. Achava que se eu fosse mais velha já não seria mais criança, logo as pessoas me tratariam melhor. Como eu só sabia contar até cinco, quando me perguntavam a idade eu respondia "cinco". Até que funcionava bem, se meus pais não estivessem por perto para desmentir. O interessante é que na minha infância eu costumava mentir para esconder as minha fraquezas. Será um sinal de "maturidade" precoce?

Ao contrário do que acontece com a maioria das pessoas, acho que fui crescendo e me desarmando...

A "pseudo-sinceridade" que hoje visto é apenas uma fantasia. Você pode acreditar ou não nela, contanto qu eacredite em mim.

Ser sincero é desarmar-se, mas também é estar "armado" de nobres armas cujo fogo não queima e balas não atingem.

Eu tampouco sei quem sou, mas às vezes me pego com essa mania de tentar explicar o "inexplicável", como seu eu soubesse de tudo que passa aqui dentro. Eu apenas sinto... E olhe lá.

Talvez eu devesse voltar a mentir a idade.

Respostas

Às vezes é como se o mundo silenciasse algumas respostas e há respostas que realmente não estão disponíveis. Por mais inteligentes e oportunas que sejam as perguntas.

Descoberta

Você me olha de longe, sem que eu saiba
Você me persegue, sem que eu sinta
E quando descubro ainda pouco sei,
Apenas passo a sentir um pouco mais...

O Amor

E logo eu, com todo meu amor, lapidado com tempo e sentimento, sou ainda uma aprendiz...
Nada sei, apenas sinto.
Nada sou, apenas sinto.

17 de mai. de 2009

Divagações sobre o mesmo tema

O mais bonito do que eu escrevo não é o que eu escrevo, é o que eu sinto.
A beleza mora no sentimento e aflora também nele para só depois viver na palavra.
Há palavras que não fazem jus ao que representam.
A maior parte não faz.
O sentimento é sempre mais bonito.

14 de mai. de 2009

Sal Gastronomia no Twitter

Até meu restaurante preferido, o Sal Gastronomia, do Henrique Fogaça, tem Twitter


Deborah Colker

Sempre acompanhei o trabalho desta coreógrafa brasileita de longe, pelos jornais, pela TV. Ainda não vi nada ao vivo, mas sei que a sua competência, disciplina e criatividade são as responsáveis por esta conquista

Fiquei orgulhosa! É maravilhoso imaginar o mundo vendo este talento brasileiro, ouvindo a nossa música e aplaudindo.

Será que a sorte virá num realejo?

"Os opostos se distraem, os dispostos se atraem"

O teatro mágico - Realejo

Sobre a eternidade da mulher

Tenho escrito em todas as edições de uma revista. Para mim é sempre difícil finalizar o texto, olhar para ele e pensar "está pronto!". É como se sempre merecesse retoque, mudança, cortes. Na próxima edição sairá um texto meu especial para o Dia das Mães. Quero compartilhar aqui em primeira mão, como sempre tenho feito.

Sobre a eternidade da mulher
Quando acordou percebeu algo diferente. Não era como acordar desde sempre. Havia uma dor e uma felicidade completas, uma de mãos dadas a outra. E porque medo e alegria se misturavam dentro de si pode ser que aquela vida, uma outra vida, fosse lhe trazer mesmo sentimentos nunca antes sentidos. É o que todos dizem.

Um coração pulsava dentro dela, e não era o seu próprio. Ela era um corpo com outro corpo dentro. Uma pele abrigando outro corpo, dois corações. A natureza já tinha repetido esse fenômeno milhões e milhões de vezes, entretanto era novo para ela. Até porque as repetições não importam quando cada renovação é única, cada ser é uno.
A maternidade foi adquirindo um novo sentido. Não era mais um pensamento ou uma vontade. Era a espera da luz. Quando a luz chegasse ela não a daria ao filho. Daria o filho à luz. Aquele dentro dela não era ela, não era dela, era da luz, e doía um pouco pensar que ele pertenceria a alguém fora dela até mesmo antes de pertencer a si mesmo. Os filhos são da vida. Não vieram da vida, vieram das mães, mas é para a vida que irão. Pelo menos assim deveria ser, para o bem dele.

Semanas e semanas passaram. Cada uma contada. E os anseios aumentavam. Contrações, choro, dor. Era o momento da vida. Era o momento da luz. E então aconteceu. Ele veio à luz. Ela o deu à luz. E pode abraçá-lo por fora. Pode tocá-lo com a superfície de sua pele, sentir a pele dele com a ponta dos dedos, com o afago de seu corpo.
Depois o leite.

Depois o choro. E choro, choro, choro... Tantas lágrimas de significado oculto. O desespero de não saber interpretá-las. Às vezes chegava a derramar também as suas.

Depois a linguagem. O choro de fome era diferente do choro de sono. O choro de dor era diferente do choro de frio. E cada choro tinha um som especial. Assim, como mãe, ela aprendia a decifrar a linguagem do filho, antes mesmo que ele pudesse expressar palavras. E mesmo que ele ainda não identificasse suas palavras é como se compreendesse o sentido cada vez que conversava com ele:
"Filho, agora vou dar banho!"

E a palavra "banho"se desdobrava em minúcias:
"Vou tirar sua roupa, talvez você sinta um pouco de frio, mas logo vai sentir a água, quentinha e gostosa, tocar sua pele. O banho é gostoso, filho, e eu estou aqui com você. "
Era natural que as conversas se encerrassem ou se intercalassem com os dizeres:
"Te amo, filho!"
Se pudesse ele responderia que também a amava. Mas a linguagem era outra. Dizia com o olhar, com o silêncio, e até com seu choro, nem sempre ela entendia...

Depois vieram as despedidas. Ser mãe é conviver com a culpa. Ele sofre, ela sofria junto. Como deixar aquela formosura em casa distante de sua presença para buscar o sustento da casa? Nunca tinha tido a sensação de sair de casa e esquecer um braço ou uma perna. Era ainda pior... Um pedaço de si, até porque ele tinha sido mesmo um pedacinho que pulsava dentro dela por 9 meses.
Depois a escola. "E se ele não chorar?", pensava. Porque por dentro ela choraria, de orgulho, de emoção, mas também por aquela separação, pela autonomia dele. Ele estava começando a enfrentar o mundo, os relacionamentos, os aprendizados e ela não estaria ao lado para ver.
Depois a adolescência. Ele nem se orgulhava mais. Agora era a vez dos amigos, das festas, das primeiras aproximações femininas...

Depois a faculdade, a formatura, o casamento...
Um dia o filho estaria sentindo como ela. Só que do lado de fora. Ele seria pai. A experiência se renovaria. Ter um neto é ser mãe duas vezes, o ciclo da vida teria completado outra volta.

Olhou no espelho, o tempo tinha passado rápido, quase sem momentos para que enxergasse mais de perto as rugas, a pele perdendo elasticidade... Sentia-se segura, ainda bonita. As mães adquirem uma beleza que as mortais não podem alcançar. O amor incondicional que mora nelas as faz mais belas.

Enquanto houver vida novas vidas hão de existir também para contemplar o desejo humano de imortalidade. Mães sobrevivem eternamente nos traços dos filhos, nos trejeitos dos netos, e assim, até mesmo para as mães que já morreram, a vida continua sempre, de uma outra maneira. Na vivacidade dos filhos, na vida dos que ficam. Por isso ser mãe é degustar a eternidade.
Por Aline Ahmad

13 de mai. de 2009

Amigo

Amigo é aquele que diz o que você quer ouvir ou aquele que diz o que você deve ouvir?

Relatividade do tempo

Os dias estão corridos.
Mesmo assim tenho a impressão de que passam devagar.
As horas correm sob o aspecto de que nem para tudo há tempo. Entretanto são lentas sob a ótica de que ainda há muito a acontecer.
Para algumas coisas parece que o momento não chega. O que a gente deseja demora mais a chegar mesmo. O tempo é relativo.

11 de mai. de 2009

Luz

É preciso luz para enxergar bem.
Quero enxergar claro.
Quero ver além.

Dispenso o que é escuro
Que impede a visão além do muro.

Aceito o que clareia os olhos.

8 de mai. de 2009

Triste

Acho que estou triste hoje... Talvez não hoje, mas agora.

A felicidade compartilhada se expande. A tristeza compartilhada se comprime.

7 de mai. de 2009

Saber que existe

Em 2004 comecei a escrever em um fotolog. Atualizava todos os dias com fotos, pensamentos, poesias. Encontrei esse poeminha por lá:

"A gente pode não tocar,
E saber que algo existe
Porque viu ou ouviu falar.

A gente pode não conhecer,
E também se apaixonar
Porque viu e se deixou levar.

A gente pode viver em busca
Do dia em que o que sentimos vai voltar.

E a gente pode ficar triste
Por aquela ausência.
Ou sorrir;
Por saber que existe...

Aline***

*escrito em 14/06/2004 – 21:24"

6 de mai. de 2009

Pedaço

Sinto um aperto toda vez que você vai
Por que um pedaço de mim leva também:
O meu sorriso mais brilhante,
O olhar mais iluminado,
A minha paz mais incessante,
O beijo que ainda não foi dado...

E porque o sonho ainda respira
Esta dor entrante deixo de lado
Não porque me fere, porque me burila,
Mas porque se estira, se prolonga
Na medida em que a amasso
Então só quando volta
É que a mim devolve o pedaço.
(01:17 AM – 03/05/09)

Revista

Preciso finalizar um texto sobre o Dia das Mães para uma revista daqui de Guarulhos.
Como trocaram os emails da equipe não sei o prazo que terei... Talvez nem dê mais tempo. Vou fazer mesmo assim.

Uva do desejo

Pequena uva do desejo
Sua esfera copia a forma de um beijo
Sua cor reprime e guarda um ensejo
Para que a deguste, a morda, como a vejo.

Pequena uva que está contida no cacho
Seus olhos quase a procura de um macho
São juntos a maior prova que acho
De que se sente carente de amor.

Pequena uva feminina
Sua pele-uva de cor púrpura-cristalina
É um quase afronte à sociedade
A visão da sua polpa me alucina
Tão repleta de verdade, intensa e linda
Essa carne escondida que se mostra
Lembra aquilo que em mim já não mais finda
E com muitas de minhas partes, uva,
Você combina!

Aline***

Patch

Voltei inspirada da palestra de Patch Adams ontem. Ele é o máximo para mim!

Neruda

Comprei o livro "Cem Sonetos de Amor", de Pablo Neruda.
É tão especial que às vezes me deixa sem ar, rouba meu fôlego.

5 de mai. de 2009

Fazendo história

São tantas histórias que acontecem a minha volta, comigo e dentro de mim...
Todos, só por estarem vivos, estão de alguma forma fazendo história.
A sua vida é a forma com que você conduz a sua história.
Cada epsódio, cada dia, pode inspirar mais ou menos emoção.
Temos escolhas que acontecem no presente e que delineiam o nosso futuro.
Grande parte do hoje é resultado de escolhas do passado. É assim que eu vejo!

4 de mai. de 2009

3 de mai. de 2009

Desculpas

Desculpe-me não ter atualizado esses dias.
Meus fiéis leitores vem sempre me visitar, mesmo sem novidade.
Beijos de amor,
Aline***
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