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20 de mar. de 2009

21 gramas de poesia

O poeta da periferia, Sérgio Vaz, me comoveu mais uma vez com um poema. Ele também recomenda o filme 21 gramas em seu blog. Dizem que o corpo perde 21 gramas ao morrer, atribui-se ao peso da alma, do espírito. Vale assistir ao filme. Vale ler estas palavras:

42 gramas
.

A vida que pesa uma tonelada
perde um beija-flor na hora da morte.
Não importa a distãncia do vôo,
21 gramas a menos
o corpo se despede da alma.
Há quem diga
Que é muito pouco
E que o espírito pesa mais.
Que sei eu sobre isso? Nada.
Sou passarinho longe da gaiola
Que não sabe contar os dias.
Poeta pequenininho
Que junta letras com asas
Num caldeirão vazio de papel.
Fora isso,
Sei que o poema
Tem o peso da eternidade,
mas nunca envelhece.
E se morre,
No coração de quem Lê
Sua alma,
Tem 21 gramas a mais.
.

Sérgio Vaz

Um comentário:

Ana Paula Rossi disse...

Olá Aline!Adorei o jeito de escrever, a forma como a mensagem chega no nosso interior!
estou começando por aquie vou lhe acompanhar!
Beijos

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