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19 de set. de 2009

Impressões

Depois de passar 3 meses e 10 dias (mais ou menos) viajando, cheguei segunda-feira, dia 14 de setembro, no Brasil. Pousei no aeroporto da minha cidade, o mesmo em que embarquei no dia 2 de junho deste ano. O meu plano era ficar um mês e 10 dias. Fui para estudar, conhecer pessoas e passar um tempo com minha família(pais e irmãs) na Califórnia. Conforme os dias foram passando os planos foram mudando, eu me apeguei a uma nova vida que fui vivendo como se aquela fosse a que tivesse vivido desde sempre. As lembranças do Brasil já estavam ficando remotas e esfumaçadas, longinquas, distantes... Eu estava feliz, integrada a uma nova rotina. A idéia de voltar ao Brasil vinha acompanhadas de alegria, da excitação por voltar ao trabalho e poder rever as crianças que amo e que me sorriem todos os dias na escola. Em contrapartida eu já tinha aprendido a viver longe e compreendi que nós, humanos, somos sempre diferentes do que imaginamos. Temos a capacidade se surpreender nossas previsões de nós mesmos. Evidentemente eu não sabia quem eu era - continuo não sabendo - e tive atitudes muito diferentes da idéia que fazia de mim mesma. Descobri alguma independência e ousadia que somente dormiam no meu âmago. Conheci a possibilidade de cortar laços, de refazer outros e construir novos.

Quando voltei e passei a reencontrar as pessoas que amo percebi que, diferente do que imaginei, nada ou quase nada tinha mudado. Como se os três meses distantes fossem apenas o dia seguinte de quando me despedi. Eu trazia uma bagagem de experiência, vivências e parecia que o resto do mundo tinha vivido um único dia em muitos meses e eu, ao contrário, sentia ter vivido anos e anos, dentro daqueles meses. Depois repensei. Não se tratava do que tinha mudado ou continuado igual. Para todas aquelas pessoas muito tinha passado e acontecido, só qu eeu não estava presente, eu nao tinha participado de nada, por isso parecia o dia seginte. Nosso relacionamento tinha sido interrompido em um ponto e agora voltava àquele ponto para ser continuado. No vácuo entre um ponto e outro cada um preencheu como pôde, ou como quis.

Um comentário:

railer disse...

isso é verdade, mas todos estão mais maduros.

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