E as pessoas que falam sozinhas?
O que dizem a si mesmas?
O que dizem ao mundo?
Falo das que gritam, das que não tem o que perder, a quem respeitar.
Que andam pelas ruas aos berros como se fossem ouvidas.
Não é bebida, embriaguez, é vida que não se mantem por dentro delas e é preciso exarcebar, sair de si...
Não se trata de algo eventual, de conversar baixo sozinho, dentro do carro.
A mulher que vi ontem - e como ela outras pessoas já vi, outras vezes - parecia estar bêbada, mas ao mesmo tempo acho que não estava. A sua fala era carregada de expressões no rosto como se sentisse mais que os outros.
Agressividade, descompreensão, indiferença, não se sabe o que ela inspirava nas pessoas. O fato é que conversar sozinho por mais libertador que seja é triste também.
Faz falta não ter ninguém que ouça.
Eu adoro conversar sozinha, embora não tenha a coragem de gritar e me expor. Gosto de conversar sozinha porque é como escrever. Nem sempre tem gente disposta a ler.
Um comentário:
eu não converso sozinho, nem quando estou sozinho....hehehe mas gosto de escrever!
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