Para que eu faça alguma coisa sozinha é preciso uma vontade extra.
Na família somos em 3 irmãs. Nasci primeiro, 3 anos e alguns meses depois nasceu a terceira filha dos meus pais. Pela pouca diferença de idade e pela educação que tivemos sempre fomos muito grudadas. Fizemos de tudo juntas, de natação ao curso de inglês, passando pelas aulas de canto ou curso de manequim e modelo. Nunca gostei de fazer nada sozinha, embora curta a sensação de liberdade que isso me traz. De qualquer forma é sempre mais motivador ter uma companhia para sair, para viajar, para malhar, ou seja para fazer qualquer coisa que não é assim tão usual.
Hoje, por exemplo, eu queria ir para academia, ou correr, andar, trotar no bosque. Queria ir contra a maré de sedentarismo que estava se instalando em meu corpo desde o final da semana passada. Meu corpo pedia por movimento. É comum que eu vá para academia com minha irmã, ao bosque com uma amiga, mas hoje tinha que ser só. Nenhuma delas estava disponível. Eu poderia ter desistido, como às vezes acontece. Mas houve aquela vontade extra que me fez romper a estagnação. Fui sozinha e lá, por 40 minutos, pude conversar comigo mesma. Nada de muito sério ou profundo, apenas observações sobre o que eu enxergava:
1)"O parque é para todos, o futebol no parque é para muitos".
Nem todos jogam futebol, mas o parque aceita a entrada de todos.
2)"Em tempos de desigualdade social olhar nos olhos pode ser uma ofensa".
Não é para todo mundo que eu podia olhar, alguns me davam medo.
3)"Homens adoram "secar" as mulheres que eles julgam ser bonitas."
É um fato, constrangedor por sinal. E olha que eu nem estava nua...
4)"Nada mais desestimulante que ser ultrapassada por uma mulher mais velha que eu".
"É gostoso fazer um esforço extra, nem que seja para ultrapassar uma única pessoa, a que está bem na frente".
No final liberação de endorfina e satisfação garantida.
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