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27 de jun. de 2008

Encontros Mágicos 2

Já abordei o tema.

Meu encontro mágico aconteceu em 27 de setembro de 2003. Dez anos após o meu primeiro beijo. E foi justamente com ele, o co-protagonista da cena.

A magia antes do encontro mágico
Em 1993 eu tinha 14 anos e a insegurança de nunca ter beijado. Minhas amigas namoravam e colecionavam nomes em listas de "com quantos já fiquei". Ele tinha 15 anos, sensibilidade além da média e um belo rosto. Era muito alto 1.90m. Naquele tempo meus saltos eram menores e tinha que olhar bem para cima para vê-lo.

A forma com que nos conhecemos foi peculiar e a paixão que surgiu invadiu primeiro o meu peito, voou para o dele e lá permaneceu por alguns anos. Deixamos de nos ver. Morávamos longe. Usávamos os correios(muito mais ele que eu), e o telefone (muito mais eu que ele). Ele se declarava em linhas e linhas de poemas, declarações de amor, cartões. Para mim representava um amigo, admirador, mas já sem o encanto de quando o tinha beijado. Quando ele começou a namorar paramos de nos falar pelo ciúmes da namorada e me lamentei por alguns anos por ter sido infantil, por não ter valorizado aquele lindo sentimento que ele expressava por mim.


Quase 10 anos depois: o primeiro e-mail
Em março de 2003 encontrei o registro dele no ICQ e enviei este email:

A vida é cheia de surpresas, isso transforma cada instante em um momento mágico. É dessa forma que a sua
presença surgiu na minha vida, como lampejos simultâneos de sonho e realidade, trouxe vivacidade e esperança
para o meu coração e representa significado no meu presente e até no meu futuro, mesmo tendo acontecido em
um passado distante ( já se passaram quase 10 anos!!). É dessa forma também que espero encontrá-lo, como
uma doce surpresa!
Serei eternamente grata por todos os seus gestos, palavras, cartas e especialmente pela sua amizade.
Éramos dois adolescentes, hoje somos adultos, diante de todo esse tempo tudo que espero é ter notícias de
como você está, saber sobre a sua família, seus irmãos, sua irmã... O tempo foi incapaz de apagar meus
sentimentos por você e por eles.
Por favor não interprete essa mensagem como uma aproximação afetiva e inconveniente, é apenas uma forma
carinhosa de saber como estão pessoas tão queridas e especiais.

Feliz 2003!

Aline***

P.S.: Aguardo uma resposta, nem que seja somente para me confirmar que recebeu essa mensagem e que não
estou escrevendo para a pessoa errada. Seja como for entre em contato comigo.


Recebi um e-mail efusivo e alegre e passamos a trocar mensagens. Pessoalmente só marcamos de nos rever meses depois. Ele estava comprometido, namorando. Não contou nosso histórico todo a ela, mas disse que naquele dia aproveitaria para rever uma amiga de muitos anos.

Enfim o combinado
Em 2003 eu tinha amigos muito queridos, pelos quais era quase apaixonada. Meus finais de semana eram iluminados por risadas, companhia, música e afeto. Éramos solteiros, mantínhamos o limite da amizade e de meras brincadeiras e paqueras entre nós. Naquele noite minha preferência era estar com eles mas já tinha marcado o encontro e protelado por tanto tempo que não era mais possível voltar atrás.

D., o co-protagonista do meu primeiro beijo, estava sem carro. Tinham roubado o dele fazia pouco tempo. Pediu para que o buscasse em casa para que tomássemos um café ali perto. Minha empolgação era mínima até vê-lo sair. Estava lindo! Muito mais que antes! Tinha um sorriso constante que deixava o rosto todo brilhando como seu olhar.
Conversamos por mai sde 3 horas contando o que tinha acontecido durante os 10 anos. Nenhum de nós manifestava qualquer vontade de que aquele encontro acabasse. Eu sentia muita vontade de abraçá-lo, de beijá-lo até, e sabia do nosso impedimento. Ele namorava e parecia ter um caráter incomum aos homens. Isso o fazia ser ainda mais irresistível. Entre nós pairava uma forte energia, um imã, uma força magnética. Era evidente que ele também sentia. Não consigo me lembrar o que ele ainda quis me mostrar em sua casa. Nossa vontade era de prolongar cada instante, cada segundo. Quando fui embora para busca minhas irmãs na casa dos amigos ele quis me acompanhar para revê-las também. Ou seria para continuar me vendo um pouco mais?

Jamais esquecerei aquela noite em que nada aconteceu e tudo se sonhou. Tudo ficou sonho na lembrança. A única palavra capaz de aproximar-se de uma descrição deste encontro é "magia", um encontro absolutamente mágico!

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