(continuação de Azul, logo abaixo)
Quando chegava cansado do trabalho era comigo que se confidenciava. Eu gostava de pegar papel e caneta e fingir que fazia anotações como se fosse comentar e ajudá-lo a resolver cada detalhe. A sua atenção era tanta que na minha pequenes eu me sentia grande.
Cresci. Hoje meu pescoço não dói mais para enxergá-lo. Nem sempre vamos juntos ao supermercado... Mas meu coração dói quando penso na sua finitude. Não anseio a chegada do dia em que terei que olhar para cima, de novo, para vê-lo...
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