Tenho um balaio de segredos
Com palavras ilegíveis
Que se desvendam com beijos.
Tenho enigmas indecifráveis
Arrancados do fundo do peito
E pétalas de desejos
Que não se dissipam ao vento
Tenho perguntas com respostas trocadas
E um baralho de sentimentos
Que não se descartam
Porém se misturam.
Tenho consequências do futuro
Que renascem no presente
A semente enraizada do ontem.
Desvincilho-me das decisões
Das definições [im]precisas
E deixo-me levar pelos segredos que não conto
[Nem sequer a mim mesma]
Significados não são importantes.
As palavras soltas são símbolos
Que só revelam poesia.
No esconderijo da arte
Moram as reais intenções
Cuja as quais só os poetas conhecem.
Com o pretexto do artístico
Repousam as reais histórias.
Perderão-se no tempo,
Adormecidas na memória.
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