Nas estrelas em que seus olhos repousaram
Depois de caminhos distantes
Que meus pes nao ousaram caminhar
Estavam elucidados meus recados
De palavras que nao pude pronunciar
`Aquele tempo...
Se esta é a sua primeira vez neste blog leia na coluna da direita as instruções!
29 de out. de 2009
27 de out. de 2009
Outono em Seattle
Estou em Seattle preparando uma surpresa para o blog... So' conto depois!
Finalmente estou sentindo a cidade como ela costume ser durante a maior parte do ano. Muito frio, chuva, ainda assim beleza. O outuno deixa as inumeras arvores preenchidas por cores diversas que variam entre o verde mais claro, o amarelo-ouro, ate' o vermelho-cereja e os tons intermediarios.
Finalmente estou sentindo a cidade como ela costume ser durante a maior parte do ano. Muito frio, chuva, ainda assim beleza. O outuno deixa as inumeras arvores preenchidas por cores diversas que variam entre o verde mais claro, o amarelo-ouro, ate' o vermelho-cereja e os tons intermediarios.
25 de out. de 2009
Viver o amor
Vamos viver o amor!
Um amor que todo mundo tenha vontade de viver.
Vamos ser felizes no amor!
De um jeito que todo mundo ja sonhou...
Vamos beijar, abracar, fazer carinho,
Como cada, e todo, ser humano merece!
E se, por um acaso, algu'em sentir-se sozinho
E' por deixar de olhar par esse amor que nos pertence.
Um amor que todo mundo tenha vontade de viver.
Vamos ser felizes no amor!
De um jeito que todo mundo ja sonhou...
Vamos beijar, abracar, fazer carinho,
Como cada, e todo, ser humano merece!
E se, por um acaso, algu'em sentir-se sozinho
E' por deixar de olhar par esse amor que nos pertence.
Ate' daqui a pouco
Claudia, minha querida, do blog Cacarinas, quero agradecer aqui, publicamente a docura de seus comentarios!
Estou novamente em Seattle e com menos tempo para escrever. Vou compensar assim que possivel.
A todos que me visitam um caloroso abraco e beijos de luz,
Aline***
Estou novamente em Seattle e com menos tempo para escrever. Vou compensar assim que possivel.
A todos que me visitam um caloroso abraco e beijos de luz,
Aline***
21 de out. de 2009
Eu
Eu não tenho início
Nem começo
E no meio eu sempre me esqueço
De chegar ao fim
Eu não tenho história
Nem memória
Tudo que sou e faço
É o que dizem de mim
Eu não sou mentira,
Nem verdade,
Eu não faço alarde
Nem chamo atenção
Eu não tenho alma
Nem penso demais
Hoje o que me faz
É o meu coração.
Nem começo
E no meio eu sempre me esqueço
De chegar ao fim
Eu não tenho história
Nem memória
Tudo que sou e faço
É o que dizem de mim
Eu não sou mentira,
Nem verdade,
Eu não faço alarde
Nem chamo atenção
Eu não tenho alma
Nem penso demais
Hoje o que me faz
É o meu coração.
20 de out. de 2009
Versos de Brasa
De versos quentes como brasa
Intensamente tuas palavras vem
E voam mesmo não tendo asas
E trazem a ti também
Na música que jamais ouvi
Na poesia que não pude tocar
Nos beijos que a vida privou de ti
Mas todos, ainda quero te dar
És como o sopro da vida
Preenchendo a cura e a ferida
Com a alegria que sempre renasce
És o desmedir e a medida
O chegar e a despedida
E a esperança, de que nunca passe.
Intensamente tuas palavras vem
E voam mesmo não tendo asas
E trazem a ti também
Na música que jamais ouvi
Na poesia que não pude tocar
Nos beijos que a vida privou de ti
Mas todos, ainda quero te dar
És como o sopro da vida
Preenchendo a cura e a ferida
Com a alegria que sempre renasce
És o desmedir e a medida
O chegar e a despedida
E a esperança, de que nunca passe.
Sonetos de quem compõem versos
Escritos hoje, 20/10/2009, às 8:50
Faço versos como quem canta
E sinto que o universo destes carece
Faço versos porque me encanta
E porque é ainda mais mágico do que parece
Faço versos sobre as tardes
silenciosos e sem alarde
Faço versos sobre a noite, e sobre amanhã
E meus versos soam como avelã
Faço versos na chuva, sob trovoadas
Versos de uva, de limonada
Faço versos e nunca me canso
Ora são belos, ora são feios
Mas não me desencorajo de parti-los ao meio
E porque não recuo que sempre avanço
_________________________
Faço versos como quem canta
E sinto que o universo me escuta
Faço versos como quem brinca
Poesia não é labuta
Faço versos com sentimento
Versos para quem ouve e para quem fala
Ainda mais leves que o vento
Há verso que grita, há verso que cala
Faço rimas como quem joga
Medito rimas
Não pratico yoga
Faço rimas de fino trato
Para escrever bonito
É preciso tato
Faço versos como quem canta
E sinto que o universo destes carece
Faço versos porque me encanta
E porque é ainda mais mágico do que parece
Faço versos sobre as tardes
silenciosos e sem alarde
Faço versos sobre a noite, e sobre amanhã
E meus versos soam como avelã
Faço versos na chuva, sob trovoadas
Versos de uva, de limonada
Faço versos e nunca me canso
Ora são belos, ora são feios
Mas não me desencorajo de parti-los ao meio
E porque não recuo que sempre avanço
_________________________
Faço versos como quem canta
E sinto que o universo me escuta
Faço versos como quem brinca
Poesia não é labuta
Faço versos com sentimento
Versos para quem ouve e para quem fala
Ainda mais leves que o vento
Há verso que grita, há verso que cala
Faço rimas como quem joga
Medito rimas
Não pratico yoga
Faço rimas de fino trato
Para escrever bonito
É preciso tato
19 de out. de 2009
Cecília Meireles - Cânticos
Encontrei uma jóia escrita por Cecília Meireles neste blog.
Extraído de “Cânticos”, Cecícila Meireles, Editora Moderna, 3ª edição, 1983.
I
Não queiras ter Pátria.
Não dividas a Terra.
Não dividas o Céu.
Não arranques pedaços ao mar.
Não queiras ter.
Nasce bem alto,
Que as coisas todas serão tuas.
Que alcançarás todos os horizontes.
Que o teu olhar, estando em toda parte
Te ponha em tudo,
Como Deus.
II
Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens . . .
Não queiras ser o de amanhã.
Faze te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabe que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade...
É a eternidade.
És tu.
III
Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu.
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde é Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze te da vaidade triste de falar.
Pensa, completamente silencioso.
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.
IV
Adormece o teu corpo com a música da vida.
Encanta te.
Esquece te.
Tem por volúpia a dispersão.
Não queiras ser tu.
Quere ser a alma infinita de tudo.
Troca o teu curto sonho humano
Pelo sonho imortal.
O único.
Vence a miséria de ter medo.
Troca te pelo Desconhecido.
Não vês, então, que ele é maior?
Não vês que ele não tem fim?
Não vês que ele és tu mesmo?
Tu que andas esquecido de ti?
V
Esse teu corpo é um fardo.
É uma grande montanha abafando te.
Não te deixando sentir o vento livre
Do Infinito.
Quebra o teu corpo em cavernas
Para dentro de ti rugir
A força livre do ar.
Destrói mais essa prisão de pedra.
Faze te recepo.
Âmbito.
Espaço.
Amplia te.
Sê o grande sopro
Que circula...
VI
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
VII
Não ames como os homens amam.
Não ames com amor.
Ama sem amor.
Ama sem querer.
Ama sem sentir.
Ama como se fosses outro.
Como se fosses amar.
Sem esperar.
Por não esperar.
Tão separado do que ama, em ti,
Que não te inquiete
Se o amor leva à felicidade,
Se leva à morte,
Se leva a algum destino.
Se te leva.
E se vai, ele mesmo...
VIII
Não digas. "o mundo é belo”.
Quando foi que viste o mundo?
Não digas: "o amor é triste”.
Que é que tu conheces do amor?
Não digas: "a vida é rápida".
Como foi que mediste a vida?
Não digas: "eu sofro".
Que é que dentro de ti és tu?
Que foi que te ensinaram
Que era sofrer?
IX
Os teus ouvidos estão enganados.
E os teus olhos.
E as tuas mãos.
E a tua boca anda mentindo
Enganada pelos teus sentidos.
Faze silêncio no teu corpo.
E escuta te.
Há uma verdade silenciosa dentro de ti.
A verdade sem palavras.
Que procuras inutilmente,
Há tanto tempo,
Pelo teu corpo, que enlouqueceu.
X
Este é o caminho de todos que virão.
Para te louvarem.
Para não te verem.
Para te cobrirem de maldição.
Os teus braços são muito curtos.
E é larguíssimo este caminho.
Com eles não poderás impedir
Que passem, os que terão de passar,
Nem que fiques de pé,
Na mais alta montanha,
Com os teus braços em cruz.
XI
Vê formaram se sobre todas as águas
Todas as nuvens.
Os ventos virão de todos os nortes.
Os dilúvios cairão sobre os mundos.
Tu não morrerás.
Não há nuvens que te escureçam.
Não há ventos que te desfaçam.
Não há águas que te afoguem.
Tu és a própria nuvem.
O próprio vento.
A própria chuva sem fim...
XII
Não fales as palavras dos homens.
Palavras com vida humana.
Que nascem, que crescem, que morrem.
Faze a tua palavra perfeita.
Dize somente coisas eternas.
Vive em todos os tempos
Pela tua voz.
Sê o que o ouvido nunca esquece.
Repete te para sempre.
Em todos os corações.
Em todos os mundos.
XIII
Renova te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.
XIV
Eles te virão oferecer o ouro da Terra.
E tu dirás que não.
A beleza.
E tu dirás que não.
O amor.
E tu dirás que não, para sempre.
Eles te oferecerão o ouro d'além da Terra.
E tu dirás sempre o mesmo.
Porque tens o segredo de tudo.
E sabes que o único bem é o teu.
XV
Não queiras ser.
Não ambiciones.
Não marques limites ao teu caminho.
A Eternidade é muito longa.
E dentro dela tu te moves, eterno.
Sê o que vem e o que vai.
Sem forma.
Sem termo.
Como uma grande luz difusa.
Filha de nenhum sol.
XVI
Tu ouvirás esta linguagem,
Simples,
Serena,
Difícil.
Terás um encanto triste.
Como os que vão morrer,
Sabendo o dia...
Mas intimamente
Quererás esta morte,
Sentindo a maior que a vida.
XVII
Perguntarão pela tua alma.
A alma que é ternura,
Bondade,
Tristeza,
Amor.
Mas tu mostrarás a curva do teu vôo
Livre, por entre os mundos...
E eles compreenderão que a alma pesa.
Que é um segundo corpo,
E mais amargo,
Porque não se pode mostrar,
Porque ninguém pode ver...
XVIII
Quando os homens na terra sofrerem
Sofrimento do corpo,
Sofrimento da alma,
Tu não sofrerás.
Quando os olhos chorarem
E as mãos se quebrarem de angústia
E a voz se acabar no rogo e na ameaça,
Quando os homens viverem,
Quando os homens morrerem na vida,
Quando os homens nascerem na morte,
Na vida e na morte nunca mais
Nunca mais tu não morrerás.
XIX
Não tem mais lar o que mora em tudo.
Não há mais dádivas
Para o que não tem mãos.
Não há mundos nem caminhos
Para o que é maior que os caminhos
E os mundos.
Não há mais nada além de ti.
Porque te dispersaste...
Circulas em todas as vidas
Pairas sobre todas as coisas
E todos te sentem
Sentem te como a si mesmos
E não sabem falar de ti.
XX
Não digas que és dono.
Sempre que disseres
Roubas te a ti mesmo.
Tu, que és senhor de tudo...
Deixa os escravos rugirem,
Querendo.
Inutiliza o gesto possuidor das mãos.
Sê a árvore que floresce
Que frutifica
E se dispersa no chão.
Deixa os famintos despojarem te.
Nos teus ramos serenos
Há florações eternas
E todas as bocas se fartarão.
XXI
O teu começo vem de muito longe.
O teu fim termina no teu começo.
Contempla te em redor.
Compara.
Tudo é o mesmo.
Tudo é sem mudança.
Só as cores e as linhas mudaram.
Que importa as cores, para o Senhor da luz?
Dentro das cores a luz é a mesma.
- Que importa as linhas, para o Senhor do Ritmo?
- Dentro das linhas o ritmo é igual.
Os outros vêem com os olhos ensombrados.
Que o mundo perturbou,
Com as novas formas.
Com as novas tintas.
Tu verás com os seus olhos.
Em Sabedoria.
E verás muito além.
XXII
Não busques para lá.
O que é, és tu.
Está em ti.
Em tudo.
A gota esteve na nuvem.
Na seiva.
No sangue.
Na terra.
E no rio que se abriu no mar.
E no mar que se coalhou em mundo.
Tu tiveste um destino assim.
Faze te à imagem do mar.
Dá te à sede das praias
Dá te à boca azul do céu
Mas foge de novo à terra.
Mas não toques nas estrelas.
Volve de novo a ti.
Retoma te.
XXIII
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.
XXIV
Não digas. Este que me deu corpo é meu Pai.
Esta que me deu corpo é minha Mãe.
Muito mais teu Pai e tua Mãe são os que te fizeram
Em espírito.
E esses foram sem número.
Sem nome.
De todos os tempos.
Deixaram o rastro pelos caminhos de hoje.
Todos os que já viveram.
E andam fazendo te dia a dia
Os de hoje, os de amanhã.
E os homens, e as coisas todas silenciosas.
A tua extensão prolonga se em todos os sentidos.
O teu mundo não tem pólos.
E tu és o próprio mundo.
XXV
Sê o que renuncia
Altamente:
Sem tristeza da tua renúncia!
Sem orgulho da tua renúncia!
Abre a tua alma nas tuas mãos
E abre as tuas mãos sobre o infinito.
E não deixes ficar de ti
Nem esse último gesto!
XXVI
O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste breve,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos humanos,
Esquecidos...
Enganados...
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor...
Extraído de “Cânticos”, Cecícila Meireles, Editora Moderna, 3ª edição, 1983.
I
Não queiras ter Pátria.
Não dividas a Terra.
Não dividas o Céu.
Não arranques pedaços ao mar.
Não queiras ter.
Nasce bem alto,
Que as coisas todas serão tuas.
Que alcançarás todos os horizontes.
Que o teu olhar, estando em toda parte
Te ponha em tudo,
Como Deus.
II
Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens . . .
Não queiras ser o de amanhã.
Faze te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabe que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade...
É a eternidade.
És tu.
III
Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu.
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde é Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze te da vaidade triste de falar.
Pensa, completamente silencioso.
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.
IV
Adormece o teu corpo com a música da vida.
Encanta te.
Esquece te.
Tem por volúpia a dispersão.
Não queiras ser tu.
Quere ser a alma infinita de tudo.
Troca o teu curto sonho humano
Pelo sonho imortal.
O único.
Vence a miséria de ter medo.
Troca te pelo Desconhecido.
Não vês, então, que ele é maior?
Não vês que ele não tem fim?
Não vês que ele és tu mesmo?
Tu que andas esquecido de ti?
V
Esse teu corpo é um fardo.
É uma grande montanha abafando te.
Não te deixando sentir o vento livre
Do Infinito.
Quebra o teu corpo em cavernas
Para dentro de ti rugir
A força livre do ar.
Destrói mais essa prisão de pedra.
Faze te recepo.
Âmbito.
Espaço.
Amplia te.
Sê o grande sopro
Que circula...
VI
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
VII
Não ames como os homens amam.
Não ames com amor.
Ama sem amor.
Ama sem querer.
Ama sem sentir.
Ama como se fosses outro.
Como se fosses amar.
Sem esperar.
Por não esperar.
Tão separado do que ama, em ti,
Que não te inquiete
Se o amor leva à felicidade,
Se leva à morte,
Se leva a algum destino.
Se te leva.
E se vai, ele mesmo...
VIII
Não digas. "o mundo é belo”.
Quando foi que viste o mundo?
Não digas: "o amor é triste”.
Que é que tu conheces do amor?
Não digas: "a vida é rápida".
Como foi que mediste a vida?
Não digas: "eu sofro".
Que é que dentro de ti és tu?
Que foi que te ensinaram
Que era sofrer?
IX
Os teus ouvidos estão enganados.
E os teus olhos.
E as tuas mãos.
E a tua boca anda mentindo
Enganada pelos teus sentidos.
Faze silêncio no teu corpo.
E escuta te.
Há uma verdade silenciosa dentro de ti.
A verdade sem palavras.
Que procuras inutilmente,
Há tanto tempo,
Pelo teu corpo, que enlouqueceu.
X
Este é o caminho de todos que virão.
Para te louvarem.
Para não te verem.
Para te cobrirem de maldição.
Os teus braços são muito curtos.
E é larguíssimo este caminho.
Com eles não poderás impedir
Que passem, os que terão de passar,
Nem que fiques de pé,
Na mais alta montanha,
Com os teus braços em cruz.
XI
Vê formaram se sobre todas as águas
Todas as nuvens.
Os ventos virão de todos os nortes.
Os dilúvios cairão sobre os mundos.
Tu não morrerás.
Não há nuvens que te escureçam.
Não há ventos que te desfaçam.
Não há águas que te afoguem.
Tu és a própria nuvem.
O próprio vento.
A própria chuva sem fim...
XII
Não fales as palavras dos homens.
Palavras com vida humana.
Que nascem, que crescem, que morrem.
Faze a tua palavra perfeita.
Dize somente coisas eternas.
Vive em todos os tempos
Pela tua voz.
Sê o que o ouvido nunca esquece.
Repete te para sempre.
Em todos os corações.
Em todos os mundos.
XIII
Renova te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.
XIV
Eles te virão oferecer o ouro da Terra.
E tu dirás que não.
A beleza.
E tu dirás que não.
O amor.
E tu dirás que não, para sempre.
Eles te oferecerão o ouro d'além da Terra.
E tu dirás sempre o mesmo.
Porque tens o segredo de tudo.
E sabes que o único bem é o teu.
XV
Não queiras ser.
Não ambiciones.
Não marques limites ao teu caminho.
A Eternidade é muito longa.
E dentro dela tu te moves, eterno.
Sê o que vem e o que vai.
Sem forma.
Sem termo.
Como uma grande luz difusa.
Filha de nenhum sol.
XVI
Tu ouvirás esta linguagem,
Simples,
Serena,
Difícil.
Terás um encanto triste.
Como os que vão morrer,
Sabendo o dia...
Mas intimamente
Quererás esta morte,
Sentindo a maior que a vida.
XVII
Perguntarão pela tua alma.
A alma que é ternura,
Bondade,
Tristeza,
Amor.
Mas tu mostrarás a curva do teu vôo
Livre, por entre os mundos...
E eles compreenderão que a alma pesa.
Que é um segundo corpo,
E mais amargo,
Porque não se pode mostrar,
Porque ninguém pode ver...
XVIII
Quando os homens na terra sofrerem
Sofrimento do corpo,
Sofrimento da alma,
Tu não sofrerás.
Quando os olhos chorarem
E as mãos se quebrarem de angústia
E a voz se acabar no rogo e na ameaça,
Quando os homens viverem,
Quando os homens morrerem na vida,
Quando os homens nascerem na morte,
Na vida e na morte nunca mais
Nunca mais tu não morrerás.
XIX
Não tem mais lar o que mora em tudo.
Não há mais dádivas
Para o que não tem mãos.
Não há mundos nem caminhos
Para o que é maior que os caminhos
E os mundos.
Não há mais nada além de ti.
Porque te dispersaste...
Circulas em todas as vidas
Pairas sobre todas as coisas
E todos te sentem
Sentem te como a si mesmos
E não sabem falar de ti.
XX
Não digas que és dono.
Sempre que disseres
Roubas te a ti mesmo.
Tu, que és senhor de tudo...
Deixa os escravos rugirem,
Querendo.
Inutiliza o gesto possuidor das mãos.
Sê a árvore que floresce
Que frutifica
E se dispersa no chão.
Deixa os famintos despojarem te.
Nos teus ramos serenos
Há florações eternas
E todas as bocas se fartarão.
XXI
O teu começo vem de muito longe.
O teu fim termina no teu começo.
Contempla te em redor.
Compara.
Tudo é o mesmo.
Tudo é sem mudança.
Só as cores e as linhas mudaram.
Que importa as cores, para o Senhor da luz?
Dentro das cores a luz é a mesma.
- Que importa as linhas, para o Senhor do Ritmo?
- Dentro das linhas o ritmo é igual.
Os outros vêem com os olhos ensombrados.
Que o mundo perturbou,
Com as novas formas.
Com as novas tintas.
Tu verás com os seus olhos.
Em Sabedoria.
E verás muito além.
XXII
Não busques para lá.
O que é, és tu.
Está em ti.
Em tudo.
A gota esteve na nuvem.
Na seiva.
No sangue.
Na terra.
E no rio que se abriu no mar.
E no mar que se coalhou em mundo.
Tu tiveste um destino assim.
Faze te à imagem do mar.
Dá te à sede das praias
Dá te à boca azul do céu
Mas foge de novo à terra.
Mas não toques nas estrelas.
Volve de novo a ti.
Retoma te.
XXIII
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.
XXIV
Não digas. Este que me deu corpo é meu Pai.
Esta que me deu corpo é minha Mãe.
Muito mais teu Pai e tua Mãe são os que te fizeram
Em espírito.
E esses foram sem número.
Sem nome.
De todos os tempos.
Deixaram o rastro pelos caminhos de hoje.
Todos os que já viveram.
E andam fazendo te dia a dia
Os de hoje, os de amanhã.
E os homens, e as coisas todas silenciosas.
A tua extensão prolonga se em todos os sentidos.
O teu mundo não tem pólos.
E tu és o próprio mundo.
XXV
Sê o que renuncia
Altamente:
Sem tristeza da tua renúncia!
Sem orgulho da tua renúncia!
Abre a tua alma nas tuas mãos
E abre as tuas mãos sobre o infinito.
E não deixes ficar de ti
Nem esse último gesto!
XXVI
O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste breve,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos humanos,
Esquecidos...
Enganados...
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor...
18 de out. de 2009
Café Filosófico
Adoro o programa Café Filosófico, da TV Cultura. O de ontem foi especial, com a poetisa e filosófa Viviane Mosé e a bailarina Dani Lima. Destaquei aqui alguns trechos:
"A exclusão social não é mais a roupa é a ruga". (Viviane Mosé)
"Todos querem seguir, ninguém tem mais coragem de dizer qual o rumo e a direção". (Viviane Mosé, sobre liderança)
"O que sai da escola nao é uma pessoa, são restos colados (...)O curriculo escolar se chama grade[!], as matérias se chamam disciplinas[!]." (Viviane Mosé)
"Viver no mundo contemporâneo é ter atitude". (Viviane Mosé)
"Uma vida não basta apenas ser vivida, precisa ser sonhada". (Mario Quintana)
"A vida é uma invenção nossa junto com a invenção dos outros". (Viviane Mosé)
"Nós não habitamos o nosso corpo nós somos o nosso corpo". (Dani Lima)
"Valorização do corpo não é o exercício, valorizar o corpo é a porção da vida que eu trago em mim". (Viviane Mosé)
"Somos um pensamento obeso em um corpo raquítico".(Viviane Mosé)
"Tudo é corpo e nada mais, a alma é qualquer coisa do corpo". (Nietzsche)
"Espaço é o que a nossa experiência faz dele". (Dani Lima)
"Sou do tamanho do que vejo". (Fernando Pessoa)
"O corpo não é um suporte para outras coisas , é tudo". (Dani Lima)
"O cérebro é um mero processador, como o Pentium, que processa e encaminha as informações captadas".(Viviane Mosé)
Através dos comentários recebi a dica deste adorável blog sobre o Café Filosófico.
"A exclusão social não é mais a roupa é a ruga". (Viviane Mosé)
"Todos querem seguir, ninguém tem mais coragem de dizer qual o rumo e a direção". (Viviane Mosé, sobre liderança)
"O que sai da escola nao é uma pessoa, são restos colados (...)O curriculo escolar se chama grade[!], as matérias se chamam disciplinas[!]." (Viviane Mosé)
"Viver no mundo contemporâneo é ter atitude". (Viviane Mosé)
"Uma vida não basta apenas ser vivida, precisa ser sonhada". (Mario Quintana)
"A vida é uma invenção nossa junto com a invenção dos outros". (Viviane Mosé)
"Nós não habitamos o nosso corpo nós somos o nosso corpo". (Dani Lima)
"Valorização do corpo não é o exercício, valorizar o corpo é a porção da vida que eu trago em mim". (Viviane Mosé)
"Somos um pensamento obeso em um corpo raquítico".(Viviane Mosé)
"Tudo é corpo e nada mais, a alma é qualquer coisa do corpo". (Nietzsche)
"Espaço é o que a nossa experiência faz dele". (Dani Lima)
"Sou do tamanho do que vejo". (Fernando Pessoa)
"O corpo não é um suporte para outras coisas , é tudo". (Dani Lima)
"O cérebro é um mero processador, como o Pentium, que processa e encaminha as informações captadas".(Viviane Mosé)
Através dos comentários recebi a dica deste adorável blog sobre o Café Filosófico.
17 de out. de 2009
Sobre um tesouro
Pensei ter encontrado um tesouro
Achei que a vida tivesse me dado de presente
Enxerguei brilho, esmeralda, diamante e ouro
Por onde olhava, bem na minha frente
Por algum tempo fiquei enfeitiçada
E de tão feliz o tesouro era tudo que via
Mas o tempo passou, e quando acordada
Percebi que o tesouro não mais existia
Procurei-o dormindo, sonhando e sorrindo
Procurei-o como se soubesse que iria encontrá-lo
Mas de mim percebi o tesouro fugindo
Para um outro tempo em que pudesse ganhá-lo
E de longe ele brilhou
Mais que de perto
Só então me mostrou
Que não era assim tão certo...
Era um tesouro falso e sem valor
Assim é o amor
Se mostra primeiro como paixão
Cega o coração
Depois se vê como realmente é
Cabe a cada um escolher
O amor que se quer
Cabe a cada um escolher, perceber e notar
O que se quer para sempre, o que não se quer jamais
E, quem sabe, a uma conclusão chegar
Que mesmo pouco valioso o tesouro pode brilhar mais...
...Ainda mais
Achei que a vida tivesse me dado de presente
Enxerguei brilho, esmeralda, diamante e ouro
Por onde olhava, bem na minha frente
Por algum tempo fiquei enfeitiçada
E de tão feliz o tesouro era tudo que via
Mas o tempo passou, e quando acordada
Percebi que o tesouro não mais existia
Procurei-o dormindo, sonhando e sorrindo
Procurei-o como se soubesse que iria encontrá-lo
Mas de mim percebi o tesouro fugindo
Para um outro tempo em que pudesse ganhá-lo
E de longe ele brilhou
Mais que de perto
Só então me mostrou
Que não era assim tão certo...
Era um tesouro falso e sem valor
Assim é o amor
Se mostra primeiro como paixão
Cega o coração
Depois se vê como realmente é
Cabe a cada um escolher
O amor que se quer
Cabe a cada um escolher, perceber e notar
O que se quer para sempre, o que não se quer jamais
E, quem sabe, a uma conclusão chegar
Que mesmo pouco valioso o tesouro pode brilhar mais...
...Ainda mais
Decomposição
Preciso me decompor
Preciso me examinar por dentro
Preciso buscar a origem
Deste breve sentimento
Preciso porque incomoda
Preciso porque me molda
Preciso porque me machuca
Preciso para encontrar cura
O que brota por dentro não tem antídoto
Não tem remédio
O que brota e é ruim
Pode ser tristeza, pode ser tédio
Investigo o que sinto
Para curar-me do que me faço
A omissão que não minto
Impede o primeiro passo.
Ainda me incomoda,
Mesmo escrevendo...
Às vezes se resolve por si só,
Às vezes não.
Preciso me examinar por dentro
Preciso buscar a origem
Deste breve sentimento
Preciso porque incomoda
Preciso porque me molda
Preciso porque me machuca
Preciso para encontrar cura
O que brota por dentro não tem antídoto
Não tem remédio
O que brota e é ruim
Pode ser tristeza, pode ser tédio
Investigo o que sinto
Para curar-me do que me faço
A omissão que não minto
Impede o primeiro passo.
Ainda me incomoda,
Mesmo escrevendo...
Às vezes se resolve por si só,
Às vezes não.
Escrava do que não encontro
Sou escrava de rimas
Que procuro para enfeitar o que escrevo
Sou escrava de palavras que busco para colocar no que descrevo
Minhas idéias ficam fracas
Se tiverem que respeitar tamanho e linhas
Procuro o que não encontro
E fica pobre o que sinto...
Que procuro para enfeitar o que escrevo
Sou escrava de palavras que busco para colocar no que descrevo
Minhas idéias ficam fracas
Se tiverem que respeitar tamanho e linhas
Procuro o que não encontro
E fica pobre o que sinto...
Escrevo. II
Escrevo sem inspiração
Escrevo sem rumo
Sem história
Escrevo sem explicação
Sem explicar-me
Sem memória
Escrevo sem medida
Só dizer-me
Só contar-me
Sem exatidão
Sem regra
Escrevo porque meu corpo pede
Escrevo porque minh'alma obedece
Escrevo porque meus dedos coçam
Porque meus pensamentos roçam
Escrevo porque escrever quase me basta
Quando viver me afasta
Do que escrever me mostra
Escrevo como quem escreve o próprio nome
Escrevo como quem de escrever tem fome
Escrevo como quem não tem o que fazer
Escrevo como quem desiste de viver
Escrevo porque escrever me consome
Escrevo porque a dor de mim some
Escrevo.
Escrevo sem rumo
Sem história
Escrevo sem explicação
Sem explicar-me
Sem memória
Escrevo sem medida
Só dizer-me
Só contar-me
Sem exatidão
Sem regra
Escrevo porque meu corpo pede
Escrevo porque minh'alma obedece
Escrevo porque meus dedos coçam
Porque meus pensamentos roçam
Escrevo porque escrever quase me basta
Quando viver me afasta
Do que escrever me mostra
Escrevo como quem escreve o próprio nome
Escrevo como quem de escrever tem fome
Escrevo como quem não tem o que fazer
Escrevo como quem desiste de viver
Escrevo porque escrever me consome
Escrevo porque a dor de mim some
Escrevo.
Escrevo.
Se o dia está triste... Escrevo.
Se o dia está feliz... Vivo.
Se não tenho nada a dizer... Escrevo.
Se tenho algo a dizer... Esqueço.
Não posso ser diferente do que sou.
Mas e se penso que sou o que não sou?
Posso ser diferente do que penso que sou.
O que penso que sou... Escrevo.
Se o dia está feliz... Vivo.
Se não tenho nada a dizer... Escrevo.
Se tenho algo a dizer... Esqueço.
Não posso ser diferente do que sou.
Mas e se penso que sou o que não sou?
Posso ser diferente do que penso que sou.
O que penso que sou... Escrevo.
Sobre o aviso do amor
Um dia ouvi um aviso aqui dentro
Era tão claro, e ao mesmo tempo tão baixo
Que para ouvi-lo com atenção
O aviso falou-me direto ao coração
Veio, devagar quase sem destino
Se olhasse para o aviso diria que era um menino
Trazia um recado do futuro
Do qual tinha certeza
Mas mesmo assim estava inseguro
Embora suas palavras fossem de total beleza
Dizia o aviso que o amor estava presente
Interpretei que dissesse sobre aquele momento corrente
Agora com as lições do tempo
Percebo que fui precipitada
O amanhã ainda estava se formando
Corria o risco de tornar-se nada.
Eu devia guarda-lo como jóia rara
Sem ater-me a sua mensagem clara
De dúbias interpretações e duplos sentidos
Acabou por confundir-me o coração e os ouvidos
O canto do amor não é para nele pensar
O canto do amor é um aviso para amar
Traz promessas de encanto e candura
Traz profecias de pontual lisura
Mas é preciso que não se tenha medo
E eu não tive, porém ainda era cedo
Para o amor que só hoje vive.
Era tão claro, e ao mesmo tempo tão baixo
Que para ouvi-lo com atenção
O aviso falou-me direto ao coração
Veio, devagar quase sem destino
Se olhasse para o aviso diria que era um menino
Trazia um recado do futuro
Do qual tinha certeza
Mas mesmo assim estava inseguro
Embora suas palavras fossem de total beleza
Dizia o aviso que o amor estava presente
Interpretei que dissesse sobre aquele momento corrente
Agora com as lições do tempo
Percebo que fui precipitada
O amanhã ainda estava se formando
Corria o risco de tornar-se nada.
Eu devia guarda-lo como jóia rara
Sem ater-me a sua mensagem clara
De dúbias interpretações e duplos sentidos
Acabou por confundir-me o coração e os ouvidos
O canto do amor não é para nele pensar
O canto do amor é um aviso para amar
Traz promessas de encanto e candura
Traz profecias de pontual lisura
Mas é preciso que não se tenha medo
E eu não tive, porém ainda era cedo
Para o amor que só hoje vive.
Se pudesse um muro esconder o amor
Viu, amor, eu não te disse?
Fechou-te em muros para que ninguém visse
Era a ti mesmo que escondia
E mesmo assim meu olho te via
Se pudesse um muro esconder o amor
Não existiria tijolos, nem concreto
Se pudesse um muro esconder o amor
O amor era de tijolos e não de afeto.
Do amor ninguém foge, mesmo que queira
Do amor ninguém foge, mesmo que tente
Se o amor só nasce na lua cheia
É porque cresce como lua crescente
Fechou-te em muros para que ninguém visse
Era a ti mesmo que escondia
E mesmo assim meu olho te via
Se pudesse um muro esconder o amor
Não existiria tijolos, nem concreto
Se pudesse um muro esconder o amor
O amor era de tijolos e não de afeto.
Do amor ninguém foge, mesmo que queira
Do amor ninguém foge, mesmo que tente
Se o amor só nasce na lua cheia
É porque cresce como lua crescente
Quando estou só
Quando estou só
Na minha carne não sinto textura
Quando estou só
Sinto na pele minha própria clausura
Que me repele de num breve amanhã
Sobre o teu corpo estar nua...
Continuo só...
Na minha carne não sinto textura
Quando estou só
Sinto na pele minha própria clausura
Que me repele de num breve amanhã
Sobre o teu corpo estar nua...
Continuo só...
Diwali - Festa Religiosa Hindu
Feliz Diwali!
Hoje é um dia muito especial para os hindus. É o dia de uma festa sagrada chamada Diwali, conhecida também como festival das luzes. Eles estréiam roupas novas e comemoraram com fogos de artifício e rojões a vitória do bem sobre o mal.
Para saber mais clique aqui.
Diwali é comemorado no primeiro dia do mês lunar Kartika.
Mais detalhes aqui, em inglês.
Hoje é um dia muito especial para os hindus. É o dia de uma festa sagrada chamada Diwali, conhecida também como festival das luzes. Eles estréiam roupas novas e comemoraram com fogos de artifício e rojões a vitória do bem sobre o mal.
Para saber mais clique aqui.
Diwali é comemorado no primeiro dia do mês lunar Kartika.
Mais detalhes aqui, em inglês.
Para cumprir minha obra prometida
Veja só amor,
Já é seu dia!
Percebo que vou ter que recorrer
A antigas poesias
Para cumprir minha obra prometida
Porque temo perder-me em palavras vazias
Ainda que estejam preenchidas
Da inspiração que há pouco lhe dizia
Sempre são pequenas e singelas
Ainda que as escreva em demasia
E se olhar para mim e para elas
Verá que são água da mesma maresia...
(00:30 - 13/10/2009)
Já é seu dia!
Percebo que vou ter que recorrer
A antigas poesias
Para cumprir minha obra prometida
Porque temo perder-me em palavras vazias
Ainda que estejam preenchidas
Da inspiração que há pouco lhe dizia
Sempre são pequenas e singelas
Ainda que as escreva em demasia
E se olhar para mim e para elas
Verá que são água da mesma maresia...
(00:30 - 13/10/2009)
Lampejo de esperança
Sinto sua falta e ela é doce e gelada
E quente e súbita
Sinto uma pedra repousando em meu coração
E espero o tempo certo para que crie asas
E voe ao seu encontro.
Sinto um lampejo de esperança
Que revê o futuro sem as lágrimas do ontem
Você encanta meu riso
E faz cantar meu sentimento
E este canto soa como guizos
Que preenchem de alegria este momento
Ainda espero como esperei tanto
E tanto tempo
Ainda estou aqui contida em minha própria espera
Desprovida do espanto
E do contentamento...
Hei de buscar cada memória ensolarada
E construir com tijolos, cimento e amor
Uma nova morada para o que sinto
Porque o que sinto não cabe mais em mim.
9:23 AM - 3/5/2009
E quente e súbita
Sinto uma pedra repousando em meu coração
E espero o tempo certo para que crie asas
E voe ao seu encontro.
Sinto um lampejo de esperança
Que revê o futuro sem as lágrimas do ontem
Você encanta meu riso
E faz cantar meu sentimento
E este canto soa como guizos
Que preenchem de alegria este momento
Ainda espero como esperei tanto
E tanto tempo
Ainda estou aqui contida em minha própria espera
Desprovida do espanto
E do contentamento...
Hei de buscar cada memória ensolarada
E construir com tijolos, cimento e amor
Uma nova morada para o que sinto
Porque o que sinto não cabe mais em mim.
9:23 AM - 3/5/2009
Carinho que une amor distante
Quando te faço gestos de carinho
Meus olhos sucumbem em pequenas gotas de emoção
Só de ouvir tua voz agora senti os olhos úmidos
E um compasso diferente no coração...
Só de imaginar-te receber meu doce presente
Para retribuir a doçura que minh'alma sente
Tudo em mim se fez sorrir
E ao seu encontro, amor,
Num breve instante eu pude ir...
(13/10/2009 - 15:07)
Meus olhos sucumbem em pequenas gotas de emoção
Só de ouvir tua voz agora senti os olhos úmidos
E um compasso diferente no coração...
Só de imaginar-te receber meu doce presente
Para retribuir a doçura que minh'alma sente
Tudo em mim se fez sorrir
E ao seu encontro, amor,
Num breve instante eu pude ir...
(13/10/2009 - 15:07)
Com os beijos que enviei...
Nosso amor que é sempre lindo
Há de chegar a ti sorrindo
Com os doces beijos que enviei
E no beijos, amor, que ainda não dei
Guardo o que está me consumindo
E que por mim, a ti, sempre darei
Se o que estava fechado está abrindo...
Imagina o que está vindo!
O que jamais fui, ao seu lado serei!
(inspirado em Florbela Espanca, "Os versos que te fiz", 16:27 - 13/10/2009)
Há de chegar a ti sorrindo
Com os doces beijos que enviei
E no beijos, amor, que ainda não dei
Guardo o que está me consumindo
E que por mim, a ti, sempre darei
Se o que estava fechado está abrindo...
Imagina o que está vindo!
O que jamais fui, ao seu lado serei!
(inspirado em Florbela Espanca, "Os versos que te fiz", 16:27 - 13/10/2009)
Na primavera floresce o amor...
Quero florir agora o teu recanto
Com flores da primavera
Que o teu amor trouxera
"E de repente do pranto fez-se o riso"
És tudo, tudo que preciso
E ainda mais do que eu quisera!
Amo-te tanto que meu coração dispara
Que a fresta obscura fez-se clara
Quando 'inda não sabia quem era...
Eras tu mesmo atrás da porta?
Antes de abri-la minh'esperança morta
Nem visualizava os sonhos que tivera
Como num sonho, tua imagem me apareceu
Trazia na face o teu sorriso
Lá estava 'inda conciso
Tudo que desejava era que fosse meu
Surgis-te a mim como um aviso
E pela surpresa do imprevisto
Nem teu próprio olho o leu
Anos depois como improviso
Sucedeu-se o só previsto
Por esta única pessoa: eu
O atraso sei porque era
Naquele dia por mais que quisera
Ainda não era... Primavera!
(13/10/2009 - 18:18)
Na primavera o amor floresce!
Com flores da primavera
Que o teu amor trouxera
"E de repente do pranto fez-se o riso"
És tudo, tudo que preciso
E ainda mais do que eu quisera!
Amo-te tanto que meu coração dispara
Que a fresta obscura fez-se clara
Quando 'inda não sabia quem era...
Eras tu mesmo atrás da porta?
Antes de abri-la minh'esperança morta
Nem visualizava os sonhos que tivera
Como num sonho, tua imagem me apareceu
Trazia na face o teu sorriso
Lá estava 'inda conciso
Tudo que desejava era que fosse meu
Surgis-te a mim como um aviso
E pela surpresa do imprevisto
Nem teu próprio olho o leu
Anos depois como improviso
Sucedeu-se o só previsto
Por esta única pessoa: eu
O atraso sei porque era
Naquele dia por mais que quisera
Ainda não era... Primavera!
(13/10/2009 - 18:18)
Na primavera o amor floresce!
Sempre esteve aqui e eu não vi...
Na luz do ontem
Na promessa do amanhã
Na vida do presente
Sempre te encontro
Você sempre esteve aqui, amor, e eu não te vi?
Você sempre esteve aqui, amor, e eu não te vi...
Na promessa do amanhã
Na vida do presente
Sempre te encontro
Você sempre esteve aqui, amor, e eu não te vi?
Você sempre esteve aqui, amor, e eu não te vi...
Enquanto ele não vem...
Ele teria que sorrir baixinho
Chegar de mansinho
Sem que pudesse perceber
Teria luz no olhar,
Silêncio ao falar
Voz ao calar
E o que eu não podia ver...
Algo mágico escondido,
Um mistério velado.
Algo como um livro não lido
Ou um sonho inacabado.
Tocaria minha mão
Onde o tempo pára e permanece
De seu sentimento, uma canção
De seu amor, o que me aquece.
Guardado tudo que dissesse,
Como se gravado estivesse
Cada palavra, cada vírgula.
Desde o céu em que amanhece
Até a última estrela que anoitece
Seria sua.
Sem deixar que soubesse,
Que minh’ alma já era nua
Diante da presença que entorpece.
Meu dizer sem querer tocar você,
Tocou meu próprio coração
Seu dizer sem querer tocar o meu
Não lhe tocou então.
Doeu por dentro da minha tristeza
A sua recusa ao que nem havia pedido
Mas nela também mora a beleza
Grávida do mundo, e do que estivera escondido...
Será você, seremos nós? Quem habita meu ninho?
Ainda espero que chegue de mansinho... (8/06/2004)
Chegar de mansinho
Sem que pudesse perceber
Teria luz no olhar,
Silêncio ao falar
Voz ao calar
E o que eu não podia ver...
Algo mágico escondido,
Um mistério velado.
Algo como um livro não lido
Ou um sonho inacabado.
Tocaria minha mão
Onde o tempo pára e permanece
De seu sentimento, uma canção
De seu amor, o que me aquece.
Guardado tudo que dissesse,
Como se gravado estivesse
Cada palavra, cada vírgula.
Desde o céu em que amanhece
Até a última estrela que anoitece
Seria sua.
Sem deixar que soubesse,
Que minh’ alma já era nua
Diante da presença que entorpece.
Meu dizer sem querer tocar você,
Tocou meu próprio coração
Seu dizer sem querer tocar o meu
Não lhe tocou então.
Doeu por dentro da minha tristeza
A sua recusa ao que nem havia pedido
Mas nela também mora a beleza
Grávida do mundo, e do que estivera escondido...
Será você, seremos nós? Quem habita meu ninho?
Ainda espero que chegue de mansinho... (8/06/2004)
Versos para o amor que ainda não há
Um poema para você?
Dez mil versos pelo seu amor,
Dez mil mundos entre nós?
Dez mil viagens que faria...
E você, seja onde estivesse,
Onde estaria,
em meu coração não teria saído jamais.
Em meu pensamento moraria seu nome
E em minha alma seu lugar...
Na minha música
Seu canto
E no meu cantar nossa história,
(Mesmo que ainda não tenha sequer acontecido.)(7/6/2004)
Dez mil versos pelo seu amor,
Dez mil mundos entre nós?
Dez mil viagens que faria...
E você, seja onde estivesse,
Onde estaria,
em meu coração não teria saído jamais.
Em meu pensamento moraria seu nome
E em minha alma seu lugar...
Na minha música
Seu canto
E no meu cantar nossa história,
(Mesmo que ainda não tenha sequer acontecido.)(7/6/2004)
Para o amor vindouro
Mesmo quando vou dormir parece que você me acompanha,
e quando acordo também você está.
E na sua ausência eu encontro um pedaço do que sonho,
um projeto incerto de futuro, no qual obviamente você está.
Mesmo que não esteja comigo agora... (31/05/2004)
e quando acordo também você está.
E na sua ausência eu encontro um pedaço do que sonho,
um projeto incerto de futuro, no qual obviamente você está.
Mesmo que não esteja comigo agora... (31/05/2004)
16 de out. de 2009
Como as cores do crepúsculo
Penso em ti o dia todo
Com mágica doçura teu rosto aterrissa em meu pensamento
Com teu sorriso que brilha
E que motiva tudo que sinto
Amei-te antes do teu sorriso
Mas foi depois dele
Que você morou comigo
Sonhei-te sem saber-te
Como quem aguarda as cores da aurora
Sem notar o crepúsculo chegar
E tingir o céu com as mesmas cores
Busquei-te insaciavelmente
Como a noite busca a luz
Por horas, antes do amanhecer
E muitas noites preencheram o vazio da tua ausência
Quando as estrelas eram lágrimas que suplicavam nossso encontro.
Muitas luas encheram e minguaram no infinito do horizonte,
Vênus deu 4 voltas ao redor do Sol
E foi o suficiente para que meu sentimento ficasse esquecido
Era como se dormisse solitário e calmo...
Só que na velocidade de um sussurro
Que rompe o silêncio
Você me reapareceu
E a mesma força abrupta e rara
Com que teu sorriso havia golpeado
(e depois) abraçado a minha alma
Atropelou as minhas horas
Edificou uma nova história
Em que a sua e a minha se misturam
Entrelaçadas pela vontade
Renovadas pela saudade
Embora ainda respirem o ideal
Anseiam por expirar o real
Quando ideal e real forem uma coisa só,
Uma vida só, um corpo só... Eu e você! (5/5/2009)
Com mágica doçura teu rosto aterrissa em meu pensamento
Com teu sorriso que brilha
E que motiva tudo que sinto
Amei-te antes do teu sorriso
Mas foi depois dele
Que você morou comigo
Sonhei-te sem saber-te
Como quem aguarda as cores da aurora
Sem notar o crepúsculo chegar
E tingir o céu com as mesmas cores
Busquei-te insaciavelmente
Como a noite busca a luz
Por horas, antes do amanhecer
E muitas noites preencheram o vazio da tua ausência
Quando as estrelas eram lágrimas que suplicavam nossso encontro.
Muitas luas encheram e minguaram no infinito do horizonte,
Vênus deu 4 voltas ao redor do Sol
E foi o suficiente para que meu sentimento ficasse esquecido
Era como se dormisse solitário e calmo...
Só que na velocidade de um sussurro
Que rompe o silêncio
Você me reapareceu
E a mesma força abrupta e rara
Com que teu sorriso havia golpeado
(e depois) abraçado a minha alma
Atropelou as minhas horas
Edificou uma nova história
Em que a sua e a minha se misturam
Entrelaçadas pela vontade
Renovadas pela saudade
Embora ainda respirem o ideal
Anseiam por expirar o real
Quando ideal e real forem uma coisa só,
Uma vida só, um corpo só... Eu e você! (5/5/2009)
15 de out. de 2009
Feliz Dia dos Professores
Hoje é Dia dos Professores.
Meus pais foram professores, eu já fui professora, trabalho entre professores, então por menos que este dia específico signifique para mim a figura desta profissão me inspira muito. Não valorizo tanto estas datas a não ser pelo fato de provocarem uma ocasião para expressarmos o que não expressamos sempre... Aqueles que realmente amamos são amados todos os dias e não uma vez ao ano, mas se pudermos agregar ainda mais amor naquele dia, para mim, é válido.
Hoje, no colégio, comemoramos com um café da manhã especial para todos os professores, eles ganharam um presentinho e meu pai ofereceu algumas palavras: "Hoje não importa Piaget, Dewey ou qualquer outro pensador da educação, hoje quem faz a educação são VOCÊS, nas salas de aula, com os alunos... É a vocês que homenageio hoje!"
Meus pais foram professores, eu já fui professora, trabalho entre professores, então por menos que este dia específico signifique para mim a figura desta profissão me inspira muito. Não valorizo tanto estas datas a não ser pelo fato de provocarem uma ocasião para expressarmos o que não expressamos sempre... Aqueles que realmente amamos são amados todos os dias e não uma vez ao ano, mas se pudermos agregar ainda mais amor naquele dia, para mim, é válido.
Hoje, no colégio, comemoramos com um café da manhã especial para todos os professores, eles ganharam um presentinho e meu pai ofereceu algumas palavras: "Hoje não importa Piaget, Dewey ou qualquer outro pensador da educação, hoje quem faz a educação são VOCÊS, nas salas de aula, com os alunos... É a vocês que homenageio hoje!"
Jeito de amar
Cada um tem um jeito de amar.
O meu começa com o coração.
A alma, a mente e o corpo vem depois...
O meu começa com o coração.
A alma, a mente e o corpo vem depois...
14 de out. de 2009
A minha fama de leitora voraz
Não me julgue por um raso olhar.
Faz pouco tempo descobri que não gosto tanto assim de ler. O que me encanta é o saber. A leitura para mim é difícil. Demoro. Tenho dificuldade de me concentrar, de terminar, leio muito devagar e poucos livros conseguem prender a minha atenção. Foi só refletindo sobre isso que descobri.
Mas sempre amei os livros, livros sempre me inspiraram desejo. Tenho interesse, quero olhar, quero ler (nem sempre consigo!). Minha fantasia é, diante de uma prateleria de livraria - de poesia ou filosofia, de preferência - absorver tudo que está escrito com o toque dos dedos acariciando as brochuras. Seria maravilhoso! Por gostar tanto assim e de tantos assuntos já fui muito consumidora de livros. Não resistia, comprava vários e acumulava um em cima do outro, na fila para serem lidos. Até que me toquei que não dava conta. Desenvolvi outra técnica aproveitando os benefícios da tecnologia telefônica dos celulares com câmera. Agora fotografo os títulos que gosto e resisto firmemente o impulso da aquisição de mais uma obra. Antes eu achava que tinha que comprar, que depois jamais lembraria o autor, o título, e que ia perder uma jóia rara, informações valiosas para minha alma ou para o meu prazer. Continuo achando, mas ao invés de acumular os títulos em casa eu os deixo na livraria esperando um momento oportuno...
Mesmo assim tenho fama de leitora voraz. Confesso que contribuí com a fama, não foi maldade, é que meus amigos sempre me veem com livros em punho andando para cima e para baixo(às vezes mais de um, "quem sabe paro em uma sala de espera e, vai que precise diversificar"), se não os leio me fazem companhia, oras.
Adoro receber livros de presente, prefiro os de poesias, ou crônicas, infelizmente não aguento ler páginas e páginas sobre o mesmo assunto. É uma pena, eu sei. Tenho me esforçado. Quanta emoção deixarei de passar sem enfrentar as centenas de folhas de Garcia Marquez, Machado de Assis, Guimarães Rosa. Entretanto há algo que invejo mais do que a quem consegue ler tantas páginas: quem as escreveu. Ô, inveja! Gosto mesmo é de escrever.
Faz pouco tempo descobri que não gosto tanto assim de ler. O que me encanta é o saber. A leitura para mim é difícil. Demoro. Tenho dificuldade de me concentrar, de terminar, leio muito devagar e poucos livros conseguem prender a minha atenção. Foi só refletindo sobre isso que descobri.
Mas sempre amei os livros, livros sempre me inspiraram desejo. Tenho interesse, quero olhar, quero ler (nem sempre consigo!). Minha fantasia é, diante de uma prateleria de livraria - de poesia ou filosofia, de preferência - absorver tudo que está escrito com o toque dos dedos acariciando as brochuras. Seria maravilhoso! Por gostar tanto assim e de tantos assuntos já fui muito consumidora de livros. Não resistia, comprava vários e acumulava um em cima do outro, na fila para serem lidos. Até que me toquei que não dava conta. Desenvolvi outra técnica aproveitando os benefícios da tecnologia telefônica dos celulares com câmera. Agora fotografo os títulos que gosto e resisto firmemente o impulso da aquisição de mais uma obra. Antes eu achava que tinha que comprar, que depois jamais lembraria o autor, o título, e que ia perder uma jóia rara, informações valiosas para minha alma ou para o meu prazer. Continuo achando, mas ao invés de acumular os títulos em casa eu os deixo na livraria esperando um momento oportuno...
Mesmo assim tenho fama de leitora voraz. Confesso que contribuí com a fama, não foi maldade, é que meus amigos sempre me veem com livros em punho andando para cima e para baixo(às vezes mais de um, "quem sabe paro em uma sala de espera e, vai que precise diversificar"), se não os leio me fazem companhia, oras.
Adoro receber livros de presente, prefiro os de poesias, ou crônicas, infelizmente não aguento ler páginas e páginas sobre o mesmo assunto. É uma pena, eu sei. Tenho me esforçado. Quanta emoção deixarei de passar sem enfrentar as centenas de folhas de Garcia Marquez, Machado de Assis, Guimarães Rosa. Entretanto há algo que invejo mais do que a quem consegue ler tantas páginas: quem as escreveu. Ô, inveja! Gosto mesmo é de escrever.
Escrever me faz feliz
Ontem parece que escrevi tão pouco aqui no blog. Na verdade passei o dia todo escrevendo. Isso me fez tão bem. Passei a refletir que poderia ganhar a vida assim e seria muito feliz...
Hoje recebi um e-mail me notificando sobre um comentário no blog. Era de uma pessoa de Rondônia, responsável por uma escola que vai usar um texto meu na Formatura da Educação Infantil. Fiquei muito feliz e envaidecida. Minhas palavras vão viajar para uma terra em que ainda não estive. Um pedaço meu vai também!
Hoje recebi um e-mail me notificando sobre um comentário no blog. Era de uma pessoa de Rondônia, responsável por uma escola que vai usar um texto meu na Formatura da Educação Infantil. Fiquei muito feliz e envaidecida. Minhas palavras vão viajar para uma terra em que ainda não estive. Um pedaço meu vai também!
13 de out. de 2009
Feliz Aniversário, Paulo!
Hoje é aniversário dele!
Feliz aniversário, meu amor!
Mesmo longe estou com você e você está comigo!
Feliz aniversário, meu amor!
Mesmo longe estou com você e você está comigo!
Casamento aos 80
Minha família acabou de receber um convite de casamento de um senhor amigo nosso que já deve ter mais de 80 anos. Fofo!
A vida é sempre nova para quem tem alegria de viver (e amor) no coração.
A vida é sempre nova para quem tem alegria de viver (e amor) no coração.
12 de out. de 2009
De onde vem a inspiração
Como você pode duvidar da inspiração
Se ela vem fácil
Embora você tenha sido difícil?
Como você pode duvidar da inspiração
Se eu a encontro na sua voz
Que soa como canção?
Ela vem fácil
Porque depois você também veio.
É tão bom estar vivendo com você esse meio...
De um relacionamento que nem chegou perto da metade
Mas que de tanto sonho dentro dele
Faz pensar que chegou tarde.
Se ela vem fácil
Embora você tenha sido difícil?
Como você pode duvidar da inspiração
Se eu a encontro na sua voz
Que soa como canção?
Ela vem fácil
Porque depois você também veio.
É tão bom estar vivendo com você esse meio...
De um relacionamento que nem chegou perto da metade
Mas que de tanto sonho dentro dele
Faz pensar que chegou tarde.
Como devia ser o amor...
Uma única imagem atingiu meu olho
Era um sorriso
Era também um tiro
Era tão violento
Que pegou em cheio
Como seta bem no meio
Atingiu profundo o meu coração.
Naquele dia,
De um passado já distante
Roubou-me a alegria
E a esperança que eu guardava antes
Agora a alegria era só dele, só para ele,
E a esperança nem mais existia
O que ela esperava naquele "agora" acontecia
E mesmo tendo se preparado tanto
Nem mover-se conseguia
O controle dela fugia
Era a paixão chegando
Enquanto ele sorria...
Por dentro eu não entendia:
"Como é que podia?"
Sentimento assim devia acontecer
Só em duas vias
Pra não fazer sofrer.
Era assim que eu tinha sonhado
O sentimento como seta
Acertando os dois lados.
Nem imaginava tanto atraso...
O amor devia ser sempre assim
Crescendo em dois tempos
Conjuntos e compassados
Como música
Sem instrumentos desafinados.
O amor devia vir sem ferimento
Sem lamento
Sem dor
Devia vir só sorriso
Sem sofrimento,
Só amor...
Quem sabe no amanhã do amor
Que a gente nunca sabe qual é o dia
Pode ter sido ontem, daqui uma semana
Ou anos adiante...
Quem sabe no amanhecer deste futuro instante
Enfim se conceba a coincidência gestante
De que no olho atingido por um sorriso
Caiba a promessa que a boca não disse
Que era um convite ao acalento
Assim, que o outro olho também seja atingido
Os dois. Exatamente. No mesmo momento.
Era um sorriso
Era também um tiro
Era tão violento
Que pegou em cheio
Como seta bem no meio
Atingiu profundo o meu coração.
Naquele dia,
De um passado já distante
Roubou-me a alegria
E a esperança que eu guardava antes
Agora a alegria era só dele, só para ele,
E a esperança nem mais existia
O que ela esperava naquele "agora" acontecia
E mesmo tendo se preparado tanto
Nem mover-se conseguia
O controle dela fugia
Era a paixão chegando
Enquanto ele sorria...
Por dentro eu não entendia:
"Como é que podia?"
Sentimento assim devia acontecer
Só em duas vias
Pra não fazer sofrer.
Era assim que eu tinha sonhado
O sentimento como seta
Acertando os dois lados.
Nem imaginava tanto atraso...
O amor devia ser sempre assim
Crescendo em dois tempos
Conjuntos e compassados
Como música
Sem instrumentos desafinados.
O amor devia vir sem ferimento
Sem lamento
Sem dor
Devia vir só sorriso
Sem sofrimento,
Só amor...
Quem sabe no amanhã do amor
Que a gente nunca sabe qual é o dia
Pode ter sido ontem, daqui uma semana
Ou anos adiante...
Quem sabe no amanhecer deste futuro instante
Enfim se conceba a coincidência gestante
De que no olho atingido por um sorriso
Caiba a promessa que a boca não disse
Que era um convite ao acalento
Assim, que o outro olho também seja atingido
Os dois. Exatamente. No mesmo momento.
Comparação
Pablo Neruda escreveu uma centúria
Em versos de madeira
Compostos de 14 tábuas
Comparar-me ao mestre só me traz lamúria
Meu talento é de extrema penúria
Meu poemas são de água
Sobre minha palavras
Nenhuma idéia se sustenta
São mais leves que a terra que lavras
E que se levanta quando venta
Mas não importa a qualidade da poesia
Importa o sentimento que a inspira
Em grande quantidade neste dia
É o meu amor que aqui respira
Em versos de madeira
Compostos de 14 tábuas
Comparar-me ao mestre só me traz lamúria
Meu talento é de extrema penúria
Meu poemas são de água
Sobre minha palavras
Nenhuma idéia se sustenta
São mais leves que a terra que lavras
E que se levanta quando venta
Mas não importa a qualidade da poesia
Importa o sentimento que a inspira
Em grande quantidade neste dia
É o meu amor que aqui respira
Entre o coração e a razão
O coracao nao tem tempo
E se tem, nao e' o nosso
E' um outro...
O coracao nao tem razao
(Nao a razao da mente)
O coracao esta com a razao
Mas a razao nao esta com ele
O coracao nao pensa
O coracao so sente
Sentimento nao se julga
Quem julga e' a mente
Quem julga mente
O coracao e' a verdade
Ate' quando a razao desconhece
O coracao sabe
Sentindo sabe mais
Sentindo pensa menos
Escrito em Los Angeles, 'as 22:28, 08/08/2009
E se tem, nao e' o nosso
E' um outro...
O coracao nao tem razao
(Nao a razao da mente)
O coracao esta com a razao
Mas a razao nao esta com ele
O coracao nao pensa
O coracao so sente
Sentimento nao se julga
Quem julga e' a mente
Quem julga mente
O coracao e' a verdade
Ate' quando a razao desconhece
O coracao sabe
Sentindo sabe mais
Sentindo pensa menos
Escrito em Los Angeles, 'as 22:28, 08/08/2009
Quem é você? Não me deixe só!
Tenho muita vontade de saber quem é que me visita por aqui...
Se você gosta do blog e quiser deixar seu recado eu agradeço. Clique em "Sinais de Leitura" logo aqui abaixo e me fale seu nome, onde você mora e o que mais gosta no blog, você pode dar uma sugestão de tema para que eu escreva um texto ou poema sobre o assunto, se quiser.
Beijos de luz,
Aline***
Se você gosta do blog e quiser deixar seu recado eu agradeço. Clique em "Sinais de Leitura" logo aqui abaixo e me fale seu nome, onde você mora e o que mais gosta no blog, você pode dar uma sugestão de tema para que eu escreva um texto ou poema sobre o assunto, se quiser.
Beijos de luz,
Aline***
11 de out. de 2009
Notou?
Já notou que seguro você comigo?
Notou que invento conversas sem sentido?
Que não sei se vou ou se fico?
E que depois tudo que penso publico?
É a ansiedade de lhe ver um pouco mais.
De guardar o maior número de imagens
Que minha mente for capaz.
Não faço segredo do que sinto
E de você não percebo menos
Será enorme o afeto
Quando juntarmos tudo que temos
Notou que invento conversas sem sentido?
Que não sei se vou ou se fico?
E que depois tudo que penso publico?
É a ansiedade de lhe ver um pouco mais.
De guardar o maior número de imagens
Que minha mente for capaz.
Não faço segredo do que sinto
E de você não percebo menos
Será enorme o afeto
Quando juntarmos tudo que temos
Aniversário
Depois que o dia chegar,
Quando já não tiver números para contar
Depois de tantas horas acrescentadas
Depois de tantas histórias vividas e contadas
Ainda lhe faltará a maioria
O futuro está grávido de alegria!
É só isso que te espera
E uma borboleta como companhia...
Quando já não tiver números para contar
Depois de tantas horas acrescentadas
Depois de tantas histórias vividas e contadas
Ainda lhe faltará a maioria
O futuro está grávido de alegria!
É só isso que te espera
E uma borboleta como companhia...
Faltam 2 dias
Faltam 2 dias e eu aqui tão longe. Vai ser só um aniversário. Mais um.
Queria estar com você, cantar parabéns, te abraçar...
Queria estar com você, cantar parabéns, te abraçar...
O sol e o humor
Ontem tive um dia melancólico. Horas de instronspecção que combinavam com o frio que fazia lá fora.
Uma vez soube de uma pesquisa dizendo que o sol exerce influência no humor das pessoas. Gosto mais do dia que das noites e confesso que dias de sol me fazem mais alegre. Gosto do frio, mas quando o sol está presente. O céu nublado me desencoraja a sair de casa. Dias de sol me fazem imaginar pessoas sentadas em mesas na calçada, aproveitando o ar livre e a sombra das árvores. Essa imagem vem seguida por uma vontade de estar lá, compartilhando o prazer dessas pessoas.
Contudo, ontem foi um dia sem sol, também metaforicamente. Sem luz, até para mim mesma. Passei por situações um tanto quanto desconfortáveis, embora simples e corriqueiras como ficar sozinha e não sair de casa em pleno sábado. Os finais de semana me trazem essa obrigatoriedade implícita que eu mesma me imponho. A de aproveitar fazendo as coisas que mais gosto, das quais estar sozinha e não sair de casa nem de longe fazem parte. Entretanto a noite me traria uma novidade. Saí para jantar com meus pais e uns tios e primos que não via há anos. Uma família muito doce e delicada cuja companhia e o afeto fazem falta na distância, até quando não notamos. Voltei para casa alegre depois de ter me relacionado, ouvido, falado, conversado.
Assim como o sol as pessoas também exercem influência no humor de seus semelhantes.
Uma vez soube de uma pesquisa dizendo que o sol exerce influência no humor das pessoas. Gosto mais do dia que das noites e confesso que dias de sol me fazem mais alegre. Gosto do frio, mas quando o sol está presente. O céu nublado me desencoraja a sair de casa. Dias de sol me fazem imaginar pessoas sentadas em mesas na calçada, aproveitando o ar livre e a sombra das árvores. Essa imagem vem seguida por uma vontade de estar lá, compartilhando o prazer dessas pessoas.
Contudo, ontem foi um dia sem sol, também metaforicamente. Sem luz, até para mim mesma. Passei por situações um tanto quanto desconfortáveis, embora simples e corriqueiras como ficar sozinha e não sair de casa em pleno sábado. Os finais de semana me trazem essa obrigatoriedade implícita que eu mesma me imponho. A de aproveitar fazendo as coisas que mais gosto, das quais estar sozinha e não sair de casa nem de longe fazem parte. Entretanto a noite me traria uma novidade. Saí para jantar com meus pais e uns tios e primos que não via há anos. Uma família muito doce e delicada cuja companhia e o afeto fazem falta na distância, até quando não notamos. Voltei para casa alegre depois de ter me relacionado, ouvido, falado, conversado.
Assim como o sol as pessoas também exercem influência no humor de seus semelhantes.
10 de out. de 2009
Coragem de viver
Sou sensível.
Com as pessoas que amo eu simplesmente não sei controlar o choro.
Às vezes fico magoada com bobagens que não tem significado.
Mas o que posso fazer?
Também tenho dentro de mim uma vontade imensa de aprender.
A aprendizagem sempre me encanta na dor.
Busco sempre transformar dor em oportunidade de aprendizado.
Só que na maior parte das vezes eu me envergonho por me entristecer com bobagens.
Eu me envergonho por dores que não merecem lágrimas.
E, neste caso, tento aprender mesmo assim. Tento me perdoar por uma fragilidade que não julgo combinar comigo. Busco observar a força que guardo. Porque o que para uns é fraqueza, para outros é força.
O que para uns é medo, para outros é coragem.
A mesma atitude pode ter múltiplos significados. Pode ter variadas facetas.
Existe a coragem de enfrentar um desafio mortal. E a coragem de nào se arriscar para continuar vivendo. Ambos podem ser corajosos. Ambos podem ser medrosos.
Podemos considerar medo o que nos detem diante da eminência da morte. Ou medo da vida, daquele que não teme morrer. Pode ser que tema viver...
Sim, posso até ser frágil, ou fraca, mas também sou forte o bastante para assumir e expressar quem sou. Eu não gosto de expor minhas fraquezas mas já que acontece eu uso isso como força. Faço disso a minha coragem. Não chamo de arma porque não vivo armada, nem pela vida, nem por dentro de mim. Se tivesse algum objeto para segurar seria uma flor, uma rosa. É o máximo que trago na mão, quem sabe perfume o caminho ou a entregue a alguém. E que ela traga sorrisos aos que sentirem o exalar de sua beleza.
Com as pessoas que amo eu simplesmente não sei controlar o choro.
Às vezes fico magoada com bobagens que não tem significado.
Mas o que posso fazer?
Também tenho dentro de mim uma vontade imensa de aprender.
A aprendizagem sempre me encanta na dor.
Busco sempre transformar dor em oportunidade de aprendizado.
Só que na maior parte das vezes eu me envergonho por me entristecer com bobagens.
Eu me envergonho por dores que não merecem lágrimas.
E, neste caso, tento aprender mesmo assim. Tento me perdoar por uma fragilidade que não julgo combinar comigo. Busco observar a força que guardo. Porque o que para uns é fraqueza, para outros é força.
O que para uns é medo, para outros é coragem.
A mesma atitude pode ter múltiplos significados. Pode ter variadas facetas.
Existe a coragem de enfrentar um desafio mortal. E a coragem de nào se arriscar para continuar vivendo. Ambos podem ser corajosos. Ambos podem ser medrosos.
Podemos considerar medo o que nos detem diante da eminência da morte. Ou medo da vida, daquele que não teme morrer. Pode ser que tema viver...
Sim, posso até ser frágil, ou fraca, mas também sou forte o bastante para assumir e expressar quem sou. Eu não gosto de expor minhas fraquezas mas já que acontece eu uso isso como força. Faço disso a minha coragem. Não chamo de arma porque não vivo armada, nem pela vida, nem por dentro de mim. Se tivesse algum objeto para segurar seria uma flor, uma rosa. É o máximo que trago na mão, quem sabe perfume o caminho ou a entregue a alguém. E que ela traga sorrisos aos que sentirem o exalar de sua beleza.
Solidão
Eu não gosto muito de ficar sozinha.
Aliás não gosto nem um pouco.
Talvez escrever publicamente seja a minha forma de compartilhar o que não sei guardar para mim mesma.
Muitas vezes escrevo em momentos de solidão. Escrever é um ato solitário. E o simples fato de imaginar que alguém pode se debruçar em minhas palavras faz com que eu me sinta menos só. Adoro a companhia silenciosa dos olhares que me miram aqui.
Enquanto escrevo parte da solidão se desgruda do meu corpo.
Aliás não gosto nem um pouco.
Talvez escrever publicamente seja a minha forma de compartilhar o que não sei guardar para mim mesma.
Muitas vezes escrevo em momentos de solidão. Escrever é um ato solitário. E o simples fato de imaginar que alguém pode se debruçar em minhas palavras faz com que eu me sinta menos só. Adoro a companhia silenciosa dos olhares que me miram aqui.
Enquanto escrevo parte da solidão se desgruda do meu corpo.
9 de out. de 2009
Perigo
Qualquer hora eu conto e publico,
Algumas verdades que guardo comigo
De algumas pessoas é melhor ser só amigo
Dentro do amor muitas vezes mora o perigo.
Algumas verdades que guardo comigo
De algumas pessoas é melhor ser só amigo
Dentro do amor muitas vezes mora o perigo.
Mais importante que amar
De tanto amor que ofereço às vezes nem é merecedor
Há coisas mesmo mais importantes que o amor:
Ir ao trabalho
Estudar
Fazer os afazeres do lar
Tudo deve ser melhor que amar.
Só assim se justifica
Desatenção, ausência e indiferença
Que diferença faz?
Atenção, carinho, presença,
Acabam com qualquer carência.
Mas de longe é tudo mais difícil
De longe é tudo sacrifício
Resta somente esperar...
Há certeza de que tudo vai passar.
Há coisas mesmo mais importantes que o amor:
Ir ao trabalho
Estudar
Fazer os afazeres do lar
Tudo deve ser melhor que amar.
Só assim se justifica
Desatenção, ausência e indiferença
Que diferença faz?
Atenção, carinho, presença,
Acabam com qualquer carência.
Mas de longe é tudo mais difícil
De longe é tudo sacrifício
Resta somente esperar...
Há certeza de que tudo vai passar.
Um belo dia resolvi mudar...
As cores e o layout do blog refletem as mudanças que estão acontecendo aqui dentro.
Quando razão e emoção não conseguem conversar
Eu poderia ficar quieta, calada, e você nem ia saber. Mas o que faço com esse veículo em que escrevo, e me comunico, é também me comunicar com você. Entre desabafos e palavras que saem sem pensar ficam aquelas que meu coração não queria contar e mesmo assim diz: nem em todos os momentos eu sou feliz.
Minha razão entende coisas que meu sentimento não.
Não adianta saber se sinto diferente. O saber não controla o que sinto.
Seria tão mais fácil...
Minha razão entende coisas que meu sentimento não.
Não adianta saber se sinto diferente. O saber não controla o que sinto.
Seria tão mais fácil...
Sonhos
Há algum tempo tenho reparado em meus sonhos. Aqueles que tenho à noite, com os olhos fechados. Procuro anotar o que vejo, o que sinto, o que lembro. Tenho quem me ajuda a interpretá-los. Impressionante como algumas cenas são, de certa forma, recorrentes, só que sempre surgem com diferentes imagens. Minhas irmãs estão sempre presentes nas tramas que vivencio dormindo. Sei que elas representam apenas aspectos de mim mesma. Alguns sonhos já ficaram mais claros para mim, outros ainda estão com significados ocultos. Aqueles que se tornam pesadelos me deixam aterrorizada ao acordar... Preciso de coragem para voltar a eles. Mesmo sendo apenas sonhos são muito, muito reais. Preciso voltar para decifrar o enigma do que querem me dizer sobre mim mesma.
8 de out. de 2009
40 anos do Colégio Progresso Centro
No dia 15 de setembro, o Colégio Progresso Centro comemorou 40 anos de existência. Esta é uma história que se mistura com a história da minha vida e da minha família. Na festa a nossa Orquestra Sinfônica, com 100 violinos, em sua maioria crianças se apresentou. Nossa aluna Paula Eduarda, a Duda, cantou. Meu pai discursou. Nossa companhia acrobática fez evoluções, nossa banda marcial desfilou... No final fogos de artifício. Tudo em plena rua, aqui nesse vídeo:
7 de out. de 2009
Amor da natureza
Acabei de te escrever um poeminha
Ficou um tanto simples e de poucas linhas
Mas é um com doce alegria que te ofereço
E é talvez porque escrevo que te mereço
Porque se assim não fosse eu não te tinha
Se enxerga tanta beleza que nem é minha
É porque tens no olhar o mesmo encanto
Que transforma em riso o que era pranto
E nasce desse amor a própria aurora
Iluminando a fauna e também flora
Sem esquecer de ouvir o que há por dentro
Também nas florestas se ouve alguns lamentos
É porque ficam tristes e sem sentido
A natureza é morta sem pedido
Se no olhar para ela não houver
O encontro de um homem e uma mulher
Seremos desta história os personagens
Para fazer nascer a paisagem
Que a humanidade já não maias podia
Viver sem a beleza que lá havia
Nos verdes prados e árvores da floresta
Estavam as testemunhas de uma festa
Que sem dois personagens era triste
Porque guardavam neles toda luz que existe...
Às vezes a paixão é mesmo louca
Contudo é pior que seja pouca
Pois quando é criadora e há tanto sonho
É só para aproximar-se do que proponho
Um céu de outros princípios e outras estrelas
Para querermos olha-las e não ve-las
Porque ver não é melhor que rir
O melhor da natureza é o sentir!
Ficou um tanto simples e de poucas linhas
Mas é um com doce alegria que te ofereço
E é talvez porque escrevo que te mereço
Porque se assim não fosse eu não te tinha
Se enxerga tanta beleza que nem é minha
É porque tens no olhar o mesmo encanto
Que transforma em riso o que era pranto
E nasce desse amor a própria aurora
Iluminando a fauna e também flora
Sem esquecer de ouvir o que há por dentro
Também nas florestas se ouve alguns lamentos
É porque ficam tristes e sem sentido
A natureza é morta sem pedido
Se no olhar para ela não houver
O encontro de um homem e uma mulher
Seremos desta história os personagens
Para fazer nascer a paisagem
Que a humanidade já não maias podia
Viver sem a beleza que lá havia
Nos verdes prados e árvores da floresta
Estavam as testemunhas de uma festa
Que sem dois personagens era triste
Porque guardavam neles toda luz que existe...
Às vezes a paixão é mesmo louca
Contudo é pior que seja pouca
Pois quando é criadora e há tanto sonho
É só para aproximar-se do que proponho
Um céu de outros princípios e outras estrelas
Para querermos olha-las e não ve-las
Porque ver não é melhor que rir
O melhor da natureza é o sentir!
Quando você não está
Quando você não está eu sinto saudade
E uma forte vontade de ter você ao meu lado
Mas se você está a saudade não acaba
Em meu peito desaba a cor da verdade
De ter com você começado
o início do que não quer ter fim
Quero ter você para mim
Quero dormir e acordar
Quero seu sorriso a me iluminar
E sua voz em meu ouvido
Quero você como marido
E seu olhar na nossa vida
Sempre a dois para ser bonita
Sempre linda...
E uma forte vontade de ter você ao meu lado
Mas se você está a saudade não acaba
Em meu peito desaba a cor da verdade
De ter com você começado
o início do que não quer ter fim
Quero ter você para mim
Quero dormir e acordar
Quero seu sorriso a me iluminar
E sua voz em meu ouvido
Quero você como marido
E seu olhar na nossa vida
Sempre a dois para ser bonita
Sempre linda...
Florbela Espanca - Os versos que te fiz
Adoraria ter escrito esse poema da poetisa portuguesa Florbela Espanca. Quanta beleza e doçura!
Os versos que te fiz
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
Florbela Espanca
Os versos que te fiz
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
Florbela Espanca
Feliz
Estou feliz.
A felicidade é irracional, complexa, ao mesmo tempo simples.
Só que se a gente for explicar... Complica!
A felicidade é irracional, complexa, ao mesmo tempo simples.
Só que se a gente for explicar... Complica!
6 de out. de 2009
Leve como pluma
Uso um e-mail há mais de 7 anos. Era um e-mail profissional, mas eu o usava também de forma bastante pessoal. Tinha guardado nele históricos de conversas com algumas das pessoas mais especiais que passaram em minha vida. Tinha arquivos de escritos meus, de poesias, de textos longos, de fotos... Muita memória misturada a coisas menos importantes também. Muita beleza em meio ao lixo. Ah, mas meu coração ficou cortado hoje... Já há algum tempo todos do trabalho foram transferidos para uma outra conta de e-mail e cancelaram esse sem me avisar. Ainda tentei ligar a empresa responsável para tentar recuperar minhas mensagens mas foi inútil. Já estava tudo deletado. Um tesouro que guardava não existe mais. Um tesouro de palavras...
Entendo isso como algo que tinha que acontecer. Não existe mais memória. Agora só há uma folha em branco para que eu reescreva toda a história. Porque lá estava parte da história da minha vida, do meu passado. Por adorar escrever, o que se perdeu tinha um valor muito especial, carregado de significado para mim. Agora se foi.
Um brinde a esse recomeço, às novas palavras que virão, às novas inspirações. Agora sou uma pessoa sem bagagem. Foi contra a minha vontade, mas de repente fiquei leve, suave. Agora sou pluma! Sou toda presente, com o futuro a frente.
Entendo isso como algo que tinha que acontecer. Não existe mais memória. Agora só há uma folha em branco para que eu reescreva toda a história. Porque lá estava parte da história da minha vida, do meu passado. Por adorar escrever, o que se perdeu tinha um valor muito especial, carregado de significado para mim. Agora se foi.
Um brinde a esse recomeço, às novas palavras que virão, às novas inspirações. Agora sou uma pessoa sem bagagem. Foi contra a minha vontade, mas de repente fiquei leve, suave. Agora sou pluma! Sou toda presente, com o futuro a frente.
5 de out. de 2009
Viva a Marmita!
Hoje a Rosana Hermann publicou um post sobre a marmita. Achei interessantíssimo comentar aqui também porque notei que fora do país levar marmita para o trabalho não tem nada demais, é sinal de preocupação com a procedência do que será ingerido, e se for economia também ninguém acha feio. Aqui no Brasil parece que não é muito nobre comer marmita. Tem gente que sofre para pagar contas de restaurante para não sofrer o constrangimento de levar o marmitex para o trabalho. A proximidade do lugar onde trabalho me permite almoçar em casa mas confesso que estou muito atraída a levar minha marmitinha e, quem sabe assim, provocar uma reflexão nas pessoas. O certo é ser livre! Alimentação saudável e economia não fazem mal, fazem bem e libertam a gente de padrões irracionais.
4 de out. de 2009
Disciplina com alma
"A vida é feita com a disciplina de um atleta e a alma de um poeta".
(João Carlos Martins)
(João Carlos Martins)
3 de out. de 2009
Torre de Babel
Às vezes a gente tem que ficar quieta, se calar, se recolher,
Porque nem sempre o que a pessoa vai ouvir é o que a gente quer dizer.
Às vezes tenho um ímpeto de comunicar um amor, uma dor, um afeto, um ódio,
Mas o fato é que o que vão receber será transmutado por uma interpretação
poucas vezes fiel ao que eu queria dizer.
Não adianta a intenção ser boa
A ternura ser grande
Pode ser até que a confusão more aí.
Homens e mulheres tem jeitos diferentes de expressar sentimentos.
As pessoas em geral são diferentes.
Cada um lê a expressão do outro de acordo com a sua própria linguagem.
Seria o mesmo que ouvir o inglês e tentar entender o som sem traduzir para o português. Como a palavra "can" que é o verbo "poder" em inglês e que tem som de "quem". No campo das emoções tem gente que ouve "can" e entende "quem". Algumas vezes os significados podem ser opostos, no mínimo são sempre muito diferentes. É a linguagem de cada um. A gente sempre pensa que o outro fala a mesma língua. Mas cada um fala a sua, sobretudo na esfera dos sentimentos.
As palavras até podem ser objetivas, mas as interpretações são subjetivas. As atitudes, gestos, expressões faciais e entonações de voz não estão no dicionário. Cada um entende o que quer, com o próprio vocabulário acumulado na vida...
Porque nem sempre o que a pessoa vai ouvir é o que a gente quer dizer.
Às vezes tenho um ímpeto de comunicar um amor, uma dor, um afeto, um ódio,
Mas o fato é que o que vão receber será transmutado por uma interpretação
poucas vezes fiel ao que eu queria dizer.
Não adianta a intenção ser boa
A ternura ser grande
Pode ser até que a confusão more aí.
Homens e mulheres tem jeitos diferentes de expressar sentimentos.
As pessoas em geral são diferentes.
Cada um lê a expressão do outro de acordo com a sua própria linguagem.
Seria o mesmo que ouvir o inglês e tentar entender o som sem traduzir para o português. Como a palavra "can" que é o verbo "poder" em inglês e que tem som de "quem". No campo das emoções tem gente que ouve "can" e entende "quem". Algumas vezes os significados podem ser opostos, no mínimo são sempre muito diferentes. É a linguagem de cada um. A gente sempre pensa que o outro fala a mesma língua. Mas cada um fala a sua, sobretudo na esfera dos sentimentos.
As palavras até podem ser objetivas, mas as interpretações são subjetivas. As atitudes, gestos, expressões faciais e entonações de voz não estão no dicionário. Cada um entende o que quer, com o próprio vocabulário acumulado na vida...
2 de out. de 2009
Harold Bloom
Estava ssistindo o "Provocações" na TV Cultura e Antonio Abujamra terminou o programa com esse texto de Harold Bloom:
"Cheguei ao limite de minhas capacidades intelectuais. Percebo que poderei perdê-las a qualquer momento. Além disso, perdi muita gente querida, amigos e parentes. Eu, que tive uma atividade de reflexão, estudo e ensino, rodeado de pessoas que amava, me vejo cada vez mais solitário. Quando vivemos uma crise assim, a sabedoria vai embora e perdemos o rumo de nossas reflexões.
De que valeram os 31 livros que publiquei? O que sobra de tudo o que a gente aprendeu, num momento-limite? Saí à procura de um tipo de sabedoria que me ajudasse a suportar a velhice e compreendê-la com serenidade. Só encontro consolo quando recito baixinho, para mim mesmo, os poemas que sei de cor. A repetição é uma forma arcáica de conhecimento,mas eficaz, quando se vive num momento de domínio da tecnologia e do consumismo. É repetindo esses poemas que aprendo coisas importantes sobre mim próprio."
(Harold Bloom)
"Cheguei ao limite de minhas capacidades intelectuais. Percebo que poderei perdê-las a qualquer momento. Além disso, perdi muita gente querida, amigos e parentes. Eu, que tive uma atividade de reflexão, estudo e ensino, rodeado de pessoas que amava, me vejo cada vez mais solitário. Quando vivemos uma crise assim, a sabedoria vai embora e perdemos o rumo de nossas reflexões.
De que valeram os 31 livros que publiquei? O que sobra de tudo o que a gente aprendeu, num momento-limite? Saí à procura de um tipo de sabedoria que me ajudasse a suportar a velhice e compreendê-la com serenidade. Só encontro consolo quando recito baixinho, para mim mesmo, os poemas que sei de cor. A repetição é uma forma arcáica de conhecimento,mas eficaz, quando se vive num momento de domínio da tecnologia e do consumismo. É repetindo esses poemas que aprendo coisas importantes sobre mim próprio."
(Harold Bloom)
Rio 2016
Hoje fiquei muito feliz com a vitória do Brasil para sediar a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro. O vídeo da campanha, que já postei aqui no blog, é tão emocionante que sempre me emociono e fico arrepiada ao assistir. Fernando Meireles, nosso diretor premiado e reconehcido, foi quem dirigiu. Só fiqui sabendo hoje, demorou 4 meses para ser feito. Dizem que muitas pessoas choraram também ao assistir o vídeo na Dinamarca, enquanto aguardavam o anúncio. Eu não posso ver imagens de brasileiro feliz que eu choro... rsrsrs
1 de out. de 2009
Coisa Certa
E porque vemos logo novas descobertas
E parecem que nos levam a escolher as coisas certas
É que sinto ter neste instante encontrado
Tudo aquilo que havia procurado
São sempre a essas conclusões que chegam os enamorados
Sem discussões, sem textos, de olhos cerrados
Enquanto trocam beijos e dizem segredos desavisados
Em festejos de amor quando adormecem acordados.
Trago a ti este buque feito de palavras e de poesia
Com rosas colhidas em prados de letras e de harmonia
E nelas tento combinar rimas que seduzam os olhos que tanto desejo
Para olhar na direção que olham e enxergar o que sozinha não vejo
Escondi-me tanto que jamais soubeste meu sentimento
Busquei-te antes e de minha busca compus meu drama
Vi todas palavras serem jogadas ao vento
Então chorei-te, como quem chora p'ra encontrar quem ama
No presente tudo mudou
És um tesouro sem papel que vem dourado como chama.
No presente me ganhaste
E eu a ti tornei-me sagrada e profana,
É a tua voz que ouço
E é meu nome que chama.
É teu abraço que enlaça
E teu saber que me ensina
É tua música que me toca
E minha inspiração que te fascina
E sou feliz agora
Pelo amor que me destinas
E parecem que nos levam a escolher as coisas certas
É que sinto ter neste instante encontrado
Tudo aquilo que havia procurado
São sempre a essas conclusões que chegam os enamorados
Sem discussões, sem textos, de olhos cerrados
Enquanto trocam beijos e dizem segredos desavisados
Em festejos de amor quando adormecem acordados.
Trago a ti este buque feito de palavras e de poesia
Com rosas colhidas em prados de letras e de harmonia
E nelas tento combinar rimas que seduzam os olhos que tanto desejo
Para olhar na direção que olham e enxergar o que sozinha não vejo
Escondi-me tanto que jamais soubeste meu sentimento
Busquei-te antes e de minha busca compus meu drama
Vi todas palavras serem jogadas ao vento
Então chorei-te, como quem chora p'ra encontrar quem ama
No presente tudo mudou
És um tesouro sem papel que vem dourado como chama.
No presente me ganhaste
E eu a ti tornei-me sagrada e profana,
É a tua voz que ouço
E é meu nome que chama.
É teu abraço que enlaça
E teu saber que me ensina
É tua música que me toca
E minha inspiração que te fascina
E sou feliz agora
Pelo amor que me destinas
No trilhar do amor
Tu me ouves e tua atenção me ilumina
Te leio amores em versos de poucas rimas
Palavras-flores que cobririam uma campina
Te dedico nas cores do meu sentimento de menina.
De um tempo que assim tu me vias
(E por mim nada sentias)
Havia eu de sentir duplamente
A ternura que te presenteava
E que em ti não existia...
O anos foram como o vento desmanchando dunas
Fazendo-te escolher esta e não umas
Em versos desta removível areia
No deserto da distância
Esperamos noites de lua cheia.
Em encontros de esperança
Unimos sorrisos de criança
E planejamos futuros em centelhas
No amanhã da bonança
Depois da forte tempestade
Provamos os frutos da lembrança
E sentimos o gosto da verdade.
Agora olhar-te enquanto me olhas fundo
E no olhar tens por mim afeto maior que o mundo
É ter depois da dor a recompensa
Que meu corpo sente e minh'alma pensa:
Ama-me!
(9:51 AM - 1/10/2009)
Te leio amores em versos de poucas rimas
Palavras-flores que cobririam uma campina
Te dedico nas cores do meu sentimento de menina.
De um tempo que assim tu me vias
(E por mim nada sentias)
Havia eu de sentir duplamente
A ternura que te presenteava
E que em ti não existia...
O anos foram como o vento desmanchando dunas
Fazendo-te escolher esta e não umas
Em versos desta removível areia
No deserto da distância
Esperamos noites de lua cheia.
Em encontros de esperança
Unimos sorrisos de criança
E planejamos futuros em centelhas
No amanhã da bonança
Depois da forte tempestade
Provamos os frutos da lembrança
E sentimos o gosto da verdade.
Agora olhar-te enquanto me olhas fundo
E no olhar tens por mim afeto maior que o mundo
É ter depois da dor a recompensa
Que meu corpo sente e minh'alma pensa:
Ama-me!
(9:51 AM - 1/10/2009)
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