Se esta é a sua primeira vez neste blog leia na coluna da direita as instruções!

31 de mar. de 2008

Tesouros Preciosos

Gente, acabei de encontrar dois tesouros!
Talvez estejam meio abandonados, quase como uma peça empoeirada em uma feira de antiguidades (tratando-se de internet). Mesmo assim vale a pena visitar esse blog: http://gandra.wordpress.com/ do talentosíssimo jornalista José Ruy Gandra que, entre outras coisas notáveis, era colunista da revista VIP e pai do namorado da minha irmã. Eu disse era, não é mais. Ele continua pai, ela que não continua namorada e isso vocês poderão conferir em algumas colunas publicadas na revista.
Esta relata a sensação de um pai ao ver o filho planejar casar-se, na época o filho era meu ex-cunhado e a futura noiva seria minha irmã Adelita. Vejam:
http://vip.abril.com.br/nova_vip/colunas/261/patriopoder_261.shtml

Esta talvez ainda mais bela é uma despedida a ex-norinha, quando Adelita e o filho dele terminaram o namoro. Quando leio fico com lágrimas nos olhos:
http://vip.abril.com.br/nova_vip/colunas/264/patriopoder_264.shtml

Recomendo também esta coluna que conta a história real do nascimento de Paulo (o ex-namorado da minha irmã) e do que aconteceu em seguida. Emocionante: http://gandra.wordpress.com/patrio-poder/bebe-a-bordo/

Como falei sobre dois tesouros o outro é o (acredito) extinto blog que minha irmã (Adelita) "alimentava", com textos descolados e inteligentes: http://blog.gandaiafilmes.com.br/

Espero que gostem de acompanhar minha peregrinação por esses blogs tão deliciosos!

Beijos de luz,

Aline***

Sala para as visitas

Recebi muitas visitas internacionais este final de semana aqui no blog. Adorei!
Se você é um visitante que parou neste blog pela primeira vez saiba que gostaria demais que voltasse. Gostaria de servir um chá e alguns biscoitos de chocolate, com pão de queijo. Eu lhe ofereceria a melhor poltrona com uma almofada aconchegante para encostar a cabeça e conversaríamos por horas sobre nossas vidas. Como lembrança de nosso encontro eu lhe daria uma flor perfumada, para que lembrasse de mim e voltasse sempre, outras e outras vezes.
Ao final eu não esqueceria de te oferecer muitos, muitos... Beijos de luz,
Aline***

Domingo

O combinado era encontrar a turma no Supermercado Extra, assim já faríamos as compras e de lá iríamos para o sítio fazer um churrasco. Tudo certo com exceção do sol que se escondeu atrás das nuvens. Companhia boa: casal parceira, Gugas e Fernanda, mais um casal de amigos e dois caras que foram zoados a tarde toda por estarem sozinhos e ao lado dos outros casais nas fotos ficarem parecendo um casal gay (risos). Na verdade apenas dois amigos solteiros e desacompanhados na ocasião. Já fomos tarde e ficamos até anoitecer. O som do violão embalou nossos risos, graças e brincadeiras...

30 de mar. de 2008

Sábado

Sábado foi um dia cheio. Cheio de pessoas que gosto, cheio de coisas a fazer, cheio...
Logo cedo eu tinha uma consulta marcada na oftalmologista (retorno do probleminha ocular chamado conjuntivite, detalhado exaustivamente neste blog). Cancelei, ficou tarde, em seguida eu já tinha outro compromisso. Já contei que escreverei duas matérias na próxima edição de uma revista da cidade. Uma das matérias é sobre uma conterrânea que trabalha com moda e viaja muito para fora do país (7 vezes por ano!) a trabalho, para fazer compras de tudo que é sonho de consumo de fashion victim (das vítimas da moda, como eu, fazer o quê?). Ela importa Tom Ford, Marc Jacobs e outras. O Showroom em que trabalha é frequentado por compradores que revenderão os produtos na Daslu, Magrella (em Brasília) e outras similares espalhadas pelo Brasil. Estou falando de Adriana Gualandro Milani que já figurou neste blog anteriormente (http://beijosdeluz.blogspot.com/2008/03/dica-da-dri-bazares-imperdveis.html ).

Depois almoçamos nos Ritz do Itaim com mais um casal de amigos, André e Ariele, minhas irmãs, Andreza e Adelita, e Daniel.

Voltei pra casa da Dri peguei minhas coisas, dei uma rápida passada no Livraria da Vila, da Lorena, para reencontrar a Ariele, o André e a minha irmã Adelita que tomavam um café por lá. Voltei para Guarulhos, acompanhei meu lindo em uma churrascaria (só ele para ir a um rodízio à noite!) e como ele tinha que ir a uma formatura da qual eu não tinha convite tivemos que nos separar. Voltei para São Paulo e terminei a noite em um barzinho com um grupo de amigos. Ufa!

29 de mar. de 2008

Serviço de "desutilidade" pública


Esta é a bela namorada do Rafinha. De quem ele tanto falou durante o programa.
Estava curiosa para saber quem era a menina e encontrei o orkut dela: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=4675372144300980554

Serviço de Utilidade Pública

Em São Paulo há uma avenida chamada Nove de Julho. Conhecida e movimentada. Para facilitar o trânsito do transporte público uma das pistas é exclusiva para ônibus (aliás, não só na Nove de Julho, outras avenidas de São Paulo também seguem o mesmo esquema). O que pouca gente sabe é que esses corredores podem ser usados por carros, sem perigo de multa, aos domingos e feriados, toda noite entre 23h e 4h, e aos sábados após as 14h. Bom saber, não?

28 de mar. de 2008

Elisa Lucinda

Não consegui salvar uma foto dela para que sua beleza negra de olhos claros emergisse da página e substituísse muitas das palavras que vou dizer. Elisa é uma poetisa, atriz, cantora, artista. Quando sua peça "Parem de falar mal da rotina" esteve em São Paulo, em 2005, assisti 6 vezes! Isso é comum acontecer com as pessoas que assistem a essa peça. Uma lição de vida repleta de emoção, permeada por risos e bom-humor. Finalmente a peça voltou! Estréia na próxima semana no Teatro Imprensa. Nem preciso dizer o quanto indico este espetáculo.
Site da Elisa Lucinda: http://www.escolalucinda.com.br/
Informações sobre a peça:
ESTRÉIA DIA 04 DE ABRIL

TEATRO IMPRENSA - SÃO PAULO/SP
Rua: Jaceguai 400 - Bela Vista
Informações (11) 3241 4203

Se eu não for na estréia estarei lá em algum dia da temporada, ou em vários.

A força de Valéria

Valéria é uma funcionária do colégio, de 28 anos. Filha de Maurício e Nina. Namora Sérgio. Atende a todos com um sorriso. É delicada, doce e bem-humorada. Depois do trabalho, às vezes, Valéria vai para sua aula de dança, ou de canto. Ela é portadora da Síndrome de Down. Esses dias chegou em casa chorando (ela é extremamente sensível!)
Uma criança de 6 anos perguntou se ela era doente. Valéria disse que não. A menininha insistiu que a doença era Síndrome de Down. Valéria respondeu que não era doente.
No dicionário um dos sinônimos da palavra doente é fraco. Nada na personalidade dela remete a personalidade de uma pessoa fraca. Valéria é forte e admirável, na sua singeleza, simplicidade e doçura.

Um trabalho com doçura

Para quem está lendo meu blog pela primeira vez, trabalho em uma escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Quando tem aniversário dos menores as mães trazem bolo para fazermos a comemoração com os amiguinhos. Estou comendo um de nozes, delicioso!! Parabéns, Ana Carolina!

Sala de trabalho

A minha mesa é branca. Computador, telefone e um porta-retrato da família. Posso ver todos sorrindo em preto e branco.
Na parede lateral tenho duas pequenas estantes de vidro. Ambas eram repletas de fotos, na minha outra sala. Agora separei uma só para livros. Trouxe alguns que comprei recentemente em um sebo. (Livros usados parecem trazer outras histórias, além das que as palavras escritas contam).
Daqui posso ouvir o som de crianças falando, correndo ou brincando. Também ouço a voz das professoras.
Quando um criança vem me visitar o meu sorriso abre com facilidade. O meu cantinho fica mágico na presença da infância.

Para lembrar

Bom dia!
Acordei muito cedo hoje, ontem dormi mais cedo ainda.
Acabo de anotar a caneta um número de telefone na palma da minha mão. Costumava fazer isso com as coisas que não podia esquecer...
Mas a palma da mão não é suficiente para abraçar aquilo que mais amo e que gostaria de guardar para sempre.

27 de mar. de 2008

Texto ainda inédito

Tenho pensado sobre meu tema mais recorrente: o amor!
Hoje logo de manhã já escrevi um post sobre o assunto, eis que no trabalho minha irmã me chamou na sala dela, achei que fosse algo profissional. Na verdade ela queria me mostrar um e-mail que recebeu e que eu só não transcrevo aqui, por enquanto, porque acho que ele será publicado em breve em um blog da minha lista e não me sinto no direito de burlar a "virgindade" de algo que ainda não foi divulgado pelo autor. Só posso dizer que é incrível! Ele conseguiu exprimir exatamente o que penso e sinto. Vou ficar tão feliz se muitas outras pessoas se identificarem com o que foi redigido...

Manifesto ao amor

Sempre quis escrever um manifesto em nome do amor. Não no sentido amplo, embora também mereça, mas o amor mesmo, de um homem para uma mulher e de uma mulher para um homem. Um sentimento com via de ida e de volta, mútuo, recíproco. Como se não bastassem os homens não saberem amar, agora também as mulheres se protegem cada vez mais, como se o amor trouxesse só sofrimento e vulnerabilidade...
"Where is the love"? (Onde está o amor?)
Não entendo por que é tão difícil, algo que devia e poderia ser natural: amar!
O que estamos fazendo com nossas vidas?
O que pode ser mais prazeroso e digno do que amar alguém?
Em um mundo de individualismo e independência dos sexos ainda é possível um relacionamento de amor?

"Por que em tudo que escrevi há tão pouco sobre você se o meu amor por você é o que há de mais importante em minha vida?"
(André Gorz no final da vida, em "Carta a D.", se redime por não ter feito mais pela mulher que tanto amava)
Será que é preciso uma vida toda para que o homem descubra o quanto vale a pena amar verdadeiramente uma mulher?

26 de mar. de 2008

Frase do Dia

Eu e minha irmã Andreza somos muito admiradoras do Dr. Moacir Mesquita, como advogado, pensador, filósofo e ser humano. Aqui ao lado é possível acessar o blog dele nos links de blog de amigos.
Hoje não estive com o Dr. Moacir, mas minha irmã que esteve me repassou o comentário do dia: "Para que serve a lei? Para justificar as nossas injustiças".

Carta Capital

A revista Carta Capital não é tão lida ou conhecida como Veja, Época e Isto É, entretanto tem um conteúdo diferenciado, um posicionamento que pelos críticos é tachado como "tendencioso", mas que se opõe às concorrentes como uma forma de mostrar "o outro lado da moeda".
Faz alguns anos a Veja lançou um projeto em que suas reportagens são trabalhadas em sala de aula através de suplementos que sugerem atividades para o professor. O forte objetivo de formação de novos leitores pode ter sido o grande impulso para a realização da idéia.
Carta Capital tem um projeto similar que merece ser conhecido. Chama-se "Carta na Escola". Vide: http://www.cartanaescola.com.br/
Estas são iniciativas muito bem-vindas!
Deixe-me um sinal de leitura deste post.
Beijos de luz,
Aline***

Fast Food




Não é segredo que sou fã e acompanho o blog da Rosana Hermann ( http://www.queridoleitor.zip.net/ ) todos os dias. Sempre fico com vontade de copiar os posts que ela escreve. Hoje, por exemplo, adorei o que vi por lá!
Neste site você vê outras fotos: http://www.thewvsr.com/adsvsreality.htm além das que ilustram este post. Um americano chamado Jeff Kay teve a idéia de fotografar lanches e pratos de cadeias de fastfood e comparar com as fotos de divulgação. Vejam o resultado!
Gostei mais ainda do site: http://mundoestranho.abril.com.br/animado/turbulencia/turbulencia.html . É lúdico e educativo. Através de uma animação é possível compreender como um avião voa e o que acontece durante a turbulência.

Também gostaram? Deixe-me um sinal de leitura! (É só clicar e comentar!)

DVD de filme

Minha paixão vem de longa data.
Em meu primeiro blog eu estava iniciando minha coleção. Hoje chegaram minhas aquisições mais recentes: Em busca da terra do nunca, Amor em 5 tempos, Peixe Grande e Crianças Invisíveis. Este último quero assistir há bastante tempo, desde quando estreou no cinema. Logo comentarei aqui.

Cabala

Nunca estudei Cabala e tenho pouquíssimo conhecimento sobre o assunto.
O site Glamurama publica uma mini-coluna de Shmuel Lemle, intitulada "Sementes de Cabala". Recentemente me chamou a atenção este questionamento:

"Quando você está conversando com alguém, quem está falando, seu ego ou sua alma? Você está calculando como pode conseguir alguma coisa da pessoa, ou está pensando em ajudar e compartilhar?"

Se em todas as conversas e encontros tivéssemos isso em mente...

O céu é mais azul

Várias vezes me pego soletrando pensamentos que desejo expor aqui. Não sei se tenho vocação para celebridade mas tenho uma vontade imensa de falar sobre meus anseios mais íntimos... Só o faço com maior cautela do que gostaria porque sei que isso não iria expor somente a mim, mas as pessoas que se relacionam comigo. Eu poderia fazer um diário secreto, entretanto meu desejo como escritora é justamente o contrário: quero ser lida!! Mesmo que o preço seja o da exposição, o do julgamento e da crítica. Apesar de serem elementos que me desencorajem... "Coragem, Aline!", devo me dizer. O céu é mais azul do que as asas podem ver!

Reciclagem da Coordenação

Ontem à tarde realizei meu encontro de costume com as coordenadoras do colégio. Temos como objetivo uma reciclagem de nosso trabalho. Para ser sincera, na minha opinião faltou um pouco de ritmo e planejamento. Acho que deixei os assuntos muito jogados. Quero melhorar essas reuniões para que o maior potencial de nós mesmas possa ser despertado mais rapidamente, unindo teoria e prática.

História de Vida

Ontem pela manhã meu pai foi homenageado em um programa da TV Canteira (vide blog: http://www.tvcantareira.blogspot.com/ ), chamado "História de Vida"(vide blog: http://www.programahistoriadevida.blogspot.com/ ). Desde o ano passado este programa está sendo produzido às escuras para que ele não soubesse de nada. Com a minha ajuda a produção colheu depoimentos de pessoas significativas na história do meu pai.

Com tudo pronto ele foi chamado para uma entrevista sobre educação na TV. Eu e minha irmã, Andreza, o acompanhamos. Chegando lá fomos recebidos sem que meu pai pudesse desconfiar, até que durante o programa toda a sua história foi contada permeada por depoimentos emocionados da família e dos amigos. A entrevista que ele imagnava ser somente sobre educação era na verdade um pretexto para esta homenagem. Ficou tão emocionante! Adorei! Meu pai passou muitas lições de garra e otimismo exemplificadas com situações de sua própria vida.
Vai ao ar na próxima terça pelo Canal 12 da Big TV, no horário nobre, às 21h.

25 de mar. de 2008

Rafinha

O BBB mobiliza o país. Tenho muitas ressalvas sobre o programa. Por ora o que posso dizer é que Rafinha venceu. Era o meu preferido. Quem era o seu?

Carta a D.


Sou feita de tantas controvérsias, de tantas incertezas, de tantas dúvidas...

Parece que nada está pronto, concluso, eterno, além do amor que guardo no peito.

Hoje finalizei minha leitura de André Gorz (vide este post: http://beijosdeluz.blogspot.com/2008/03/conhece-andr-gorz.html ) com lágrimas nos olhos. "Carta a D. - História de um amor" foi um livro que por muitas vezes deixou-me sem ar. Gorz em sua incessante busca de si mesmo era um existencialista me descrevendo um processo quase "nietzschiniano" (acabei de inventar o termo que suponho não existir para me referir ao grande filósofo Nietzsche). Contar uma vida sob a perspectiva da morte, com tudo alicerçado em um amor louco, insano, verdadeiro e completo, por uma mulher ainda mais repleta de qualidades talvez tenha sido a grande missão deste homem. Sei que estou sendo simplista em um julgamento sobre algo que desconheço. A vida dele é célebre, a vida dela também. Que belo livro, do qual palavras me faltam!!
Na foto capturada na internet em algum lugar do qual não me recordo André Gorz está ao lado da amada Dorine, com quem conviveu até o fim de seus dias.

Escontrei-me muitas vezes durante as palavras do livro, revi meus amores e os sentimentos que diferem maturidade e sabedoria de jovialidade.

Comentários que iluminam o dia

Acabo de receber um comentário anônimo tão lindo! No post sobre chocolate.
Alguém que lê meu blog diariamente. Isso é um prestígio que não tem tamanho. Para não enciumar amigos que me acompanham sempre também, preciso agradecer ao Daniel que sempre comenta, a minha irmã Andreza e a você, que está lendo agora. Permita-me saber suas impressões. Deixe um comentário!
Com que frequência lê meu blog? Responda também a enquete ao lado.
Beijos de luz,
Aline***

24 de mar. de 2008

Chocolate

Os ovos de páscoa são compreensíveis. Representam a renovação, nascimento. Mas o chocolate... Quem inventou isso!?
Tudo que não comi de chocolate na páscoa ingeri hoje. Amanhã tenho que fechar a boca...
Você também exagerou no chocolate? Me conta!

Belo nome

Ontem foi o último dia de praia nesse feriado.
Como disse, ficar sozinha no raso pegando as ondas menores é legal, só que até um certo horário. Depois alguns banhistas entram na água e de um lado me deixam intimidada e menos à vontade com os tombos que levo, por outro me deixam insegura pelo risco de feri-los pelo meu precário manuseio da prancha.

Um menininho loiro não saia da minha frente. Eu sabia que assim que me posicionasse em uma onda poderia ir bem de encontro a ele e talvez machucá-lo. Só esta possibilidade já era suficiente para me deixar apreensiva. Até que, enquanto observava minha dificuldade, ele perguntou: "Quer que eu te empurre em uma onda?"
Fiquei sem graça na hora... Eu estava reclamando internamente o incômodo que ele me causava e em troca ele se oferecia para me ajudar...

Recusei. Minha dificuldade não estava nas ondas, mesmo no raso elas estavam bem fortes, tanto que poupavam a remada e me obrigavam a segurar firme na prancha para não ser lançada para fora dela. Só que rapidamente eu chegava na areia, sem tempo para minhas tentativas de ficar em pé.

O menininho continuou insistindo em me ajudar, disse que também surfava e passou a me dar instruções. Avisava antes quando uma onda era boa e me falava pra remar quando chegava perto. Trocamos a maior idéia. Um fofo! Alef o nome. Achei um lindo nome! Assim como a alma dele.

Feriado de Surf

Desculpem-me a ausência.
A praia estava ótima! Muito exercício, boa alimentação e muito treino.
Como aprendiz de surfista lutei insistentemente com as ondas e em muitos momentos me senti em comunhão com o mar (paradoxal, não?).
Meus amigos de praia surfam todos há muito tempo. Tem experiência de anos e treinam com mais frequência que eu . Costumo me referir ao surf como treino, porque o surf para mim é um eterno treino até para quem não é principiante É algo que nunca está pronto, sempre há no que evoluir. Minhas evoluções tem sido tímidas, pequenas, mas prazerosas. Fico orgulhosa em andar pela praia segurando a prancha e entrar sozinha na água desbravando o mar. Não importa se o raso e a espuma são os lugares que divido com os banhistas, avistando as ondas maiores ao fundo... Cada um tem o seu tempo de aprender, o seu ritmo. O meu pode estar sendo lento, até pelas circunstâncias, tenho ido pouco à praia. O importante é não desanimar. Persistir. Tenho feito isso com toda alegria e dedicação que me é possível.

21 de mar. de 2008

Surf

Sou uma surfista em iniciação. Vou para Ubatuba treinar um pouco, mais especificamente no canto esquerdo de Itamambuca onde espero que as ondas estejam me ajudando. Volto domingo.
Beijos de luz,
Aline***

Crash - No Limite


Assisti ontem. Como cinema é belíssimo, inteligente, forte e delicado ao mesmo tempo. Como mensagem traz um olhar diferenciado e uma reflexão pertinente sobre o preconceito.
Ontem durante o lanche na Maria Cereja vi crianças de rua passarem na calçada. Elas também me viram dentro da enorme janela de vidro. Fiz o que sempre faço ao ver qualquer criança, sorri e acenei. Não resisti, joguei beijos. Foi o suficiente para que elas voltassem e se posicionassem sorrindo diante do vidro. Eu, adulta, dentro da redoma. Elas, crianças, expostas fora do vidro. Senti que aquele carinho tão frio, que transmiti à distância, tinha sido para elas raro e único. Nada pude fazer, ou se pude não fiz. Esse limite que desagrega as pessoas parece intransponível, não é só uma vitrine de onde vemos e somos vistos, é uma cortina que estendemos tampando a visão da realidade. As crianças foram gentilmente tiradas de frente da janela pelos seguranças. Correram dando risada como se tudo fosse uma brincadeira. Para elas era, para mim não.

20 de mar. de 2008

Dia Relax

Hoje foi um dia sem trabalho. Só de ócio embelezador. Unha, pele, cabelo... Tudo mereceu cuidados extras. À tarde sanduiche na Maria Cereja de queijo branco, tomate e orégano no pão de forma integral, meu preferido(!), com a companhia preferida também. Fui a pé (sair a pé é tão gostoso!) até a Americanas e comprei o DVD "Crash - No Limite" por apenas R$ 12,00. Até agora ainda não assisti ao filme. Acho que vou relaxar um pouco lendo André Gorz.

Beijos de luz,

Aline***

Luz Maior - continuação

No dia 14 deste mês, é só clicar ao lado ou descer um pouco com a barra de rolamento que poderá saber como esta história começou. Eu estava esperando alguém me pedir o final e a Renatinha, coordenadora que trabalha comigo no colégio, foi quem me cobrou. Então dedico a ela, e a todas as pessoas apaixonadas pela educação e pelo ser humano, essa linda cena que tive a sorte de vivenciar.

Como já contei o menino chorava, meus argumentos já tinham se dissipado todos... Fechei os olhos, toquei as mãos dele e fiquei orando. Recorro a Deus quando sinto que esgotei todas as alternativas humanas de resolver um problema. Pedi para que Ele me iluminasse, que colocasse em minha boca as palavras certas, orei com todas minhas forças, com toda minha fé.

O menino ainda chorava e pedia para ligar para mãe e eu já estava bastante triste por ver que nada tinha dado certo. Tentei desfocar do pensamento, do raciocínio lógico para ser profundamente humana e sincera quando falei: "Olha, nós podemos ligar para sua mãe, entretanto quero que saiba que já senti o que sente e meu sonho sempre foi ter uma escola em que as crianças pudessem se sentir acolhidas, aconchegadas, bem-vindas e felizes. Este foi e é o meu sonho. Ver você chorar é prova de que não consegui... Se ligarmos para sua mãe será um atestado do meu fracasso. Eu queria muito que você estivesse feliz agora, foi para isso que toda essa escola existe. Preciso do seu sorriso para realizar meu sonho. Você me ajuda a realizar esse meu sonho?" E como que por mágica ele sorriu!

Luz Maior, o título deste post, é uma referência as iniciais do nome dele. LM não foi mais o mesmo, eu também não. Em uma visita ao colégio a mãe dele fez questão de dizer que o filho havia contado sobre a nossa conversa e que ele tinha mudado a partir daquele dia. Disse-me: "Ele chegou em casa contente, me contando que agora tinha uma amiga na escola!"

As palavras dela me deixaram tão gratificada que assim como LM eu também cheguei em casa contanto aos meus pais este epsódio. Não é só no medo e na sensibilidade que LM e eu tivemos infâncias semelhantes...

Todos os dias vejo LM sorrindo e brincando na escola.

Wanderléa


Acabo de chegar do Show da Ternurinha no Bar Brahma. Bem na histórica esquina da Av. Ipiranga com a Av. São João. Minha mãe foi uma forte influenciadora nesse meu gosto musical... Desde criança adoro cantar: "Por favor! Pare agora! Senhor juiz! Pare agora!" [risos]

"Esta é uma prova de fogo, você vai dizer se gosta de mim"


Estes são trechos de músicas da época da Jovem Guarda. Wandérlea foi uma pioneira na atitude feminista nos anos 60 (segundo entrevista e foto, vide: http://nadasercomoantes.blogspot.com/2007/05/festa-de-arromba.html), usou e ousou nas roupas, nas músicas, na performance de palco, na atitude, no jeito de dançar, se tornando um exemplo para toda uma geração. Fico pensando se algumas coisas não teriam demorado mais a acontecer na liberdade e independência da mulher sem o fenômeno Wanderléa... Não sei se estou exagerando, não vivi esse tempo. Sei que minha mãe é fascinada por ela até hoje.


Entrevistamos a cantora para a TV Guarulhos.


Minha mãe perguntou: "Para quem você cantava 'esta é uma prova de fogo'? Erasmo ou Roberto"?


Adorei!


Site do Bar Brahma: http://www.barbrahmasp.com.br/

19 de mar. de 2008

Boa Viagem!

Estava escrevendo um lindo post (lindo é opinião minha) quando minha internet caiu. Perdi parte dele e não tenho tempo de reescrever agora.
Tenho tanto a contar... Falta falar sobre Sorocaba, terminar uma história - justamente o post que estava escrevendo - e outras coisas que não me recordo agora.
Acho que viajo amanhã. Para quem vai hoje boa viagem! Lembrem-se: a maior viagem é para dentro de nós mesmos. Viagem interna não precisa de tempo, espaço ou gasolina.
Beijos de luz,
Aline***

18 de mar. de 2008

Sem namoro por opção

Eu sempre invejo os casais de adolescentes com uniforme escolar e o brilho da paixão nos olhos. Meu primeiro namorado foi só aos 21 anos, quando já estava acabando a faculdade...
Hoje, esperando parar o fluxo em um cruzamento, vejo um menino e uma menina de aproximadamente 16 anos passarem em frente ao meu carro. Ele, vários centímetros mais alto que ela, lançava em direção a garota um olhar tão repleto de ternura... Com as mãos massageava carinhosamente o cabelo dela, como se seus dedos estivessem sorrindo com o toque. Eu ficaria um bom tempo observando os dois. Fiquei tão entretida e feliz com a cena, em imaginar como eles estariam se sentindo vivenciando aquele momento. Foi mágico! Só os carros atrás de mim não acharam...[risos] Em meio ao trânsito ainda consigo presenciar cenas belas. A minha inveja diminuiu quando um amigo da época do colégio, em uma conversa por msn, me lembrou de algo que eu sempre dizia: "Só vou namorar depois dos 18". Assim, depois de saber que foi por opção minha tanta demora para namorar a minha auto-estima subiu alguns degraus.

Bial cita frase no Big Brother:




"A poesia está para prosa assim como o amor está para a amizade


E quem há de negar que essa lhe é superior"






Se é que o Big Broter tem algum momento cultural, com certeza são os textos inteligentes escritos por Pedro Bial. Dizem por aí que na época em que foi contratado Bial tinha enviado uma carta à Rede Globo tão bem escrita que valeu mais que um currículo.




O Big Brother é um programa popular. Assistir a algo popular é aceitar fazer parte do povo, é sentir-se parte dele e da cultura dele. Mas não é por isso que assisto ao programa, é porque sou fascinada pelo ser humano. Muito me inquieta e instiga saber como um grupo de pessoas se comporta vivenciando uma experiência de confinamento tão peculiar como esta. Considero interessantíssimo observar cada personagem da vida real vivendo algo completamente irreal: estar sendo filmado 24h por dia para a emissora e programa de maior audiência do país!




Entre os programas populares não curto muito novela, mas nem acho que deva me orgulhar por isso. Intelectualizar, fazer críticas severas ao gosto popular, é quase como recriminar a nossa própria cultura. E acho que deve respeito, muito respeito, às pessoas simples, por gostarem das coisas simples... Simples e populares!

Imagem do site oficial: http://bbb.globo.com/


Comercial

Esse vídeo é um filme publicitário que gravei para o Alphaville do Espírito Santo. Foi veiculado só lá e dirigido por Paulo Gandra.

Capa de Revista


No post de ontem comentei sobre um evento e a revista que recebemos na saída. Está aqui para vocês. Clique na foto para ampliar.
(Assim fico vaidosa demais! Fiquei muito lisonjeada em ser escolhida para a capa da edição de aniversário e ainda ao lado de pessoas que amo tanto).
Quem quiser visualizar a revista toda e ver as outras fotos do meu aniversário é só acessar: http://www.revistae.com.br/?pag=revistaeonline&data=0803

Comercial com Adelita

Ai, ficou demais! Acabei de assistir. Obrigada Paulinho! Assistam aqui: http://www.youtube.com/watch?v=5iwcdKppxj4

Adelita Ahmad em comercial



O filme publicitário da Subway (que está no ar e eu ainda não vi!) é estrelado pela minha irmã Adelita. Linda!

















Esportista Sensível

Depois de tudo fui até à casa dele só para levar uma surpresinha simples. Alguns beijinhos depois eu já estava de volta. Ele foi correr e já era quase meia-noite. Alguns minutos depois já estava perto da minha casa, veio me dar um beijo também. Tão bom quando as pessoas retribuem o carinho assim tão rápido. Ele, além de esportista, é sensível.
E muito doidinho...
Agora que voltou, vai me ligar depois do banho, quando for dormir, para me dar boa noite. E eu ofereço o meu boa noite à vocês.
Beijos de luz,
Aline***

Capa de revista

O Prêmio foi lindo! Organizado, de bom gosto... Não considerei muito justa as indicações para as categorias, porque o parâmetro não foi apresentado. Mas sou suspeita para falar, porque não concordo em não ser ao menos indicada pelo meu trabalho. Ainda assim achei bacana que a votação me pareceu transparente, pela internet. Pelos menos entre os indicados achei os vencedores merecedores deste reconhecimento. E o evento foi brilhante, como tudo que a Sonia Lago faz. Se você não sabe quem é Sonia Lago e de que prêmio estou falando: www.revistae.com.br . Este é o site do veículo que promoveu essa noite e a Sonia é a responsável.

Pelo texto é fácil perceber que eu estava decepcionada por não ter sido contemplada nem ao mesmo com uma indicação que me permitisse competir. Para minha surpresa na saída todos os convidados receberam um kit, com brindes, entre eles a Revista É desse mês. Adivinha quem saiu na capa?

17 de mar. de 2008

Passeio ou trabalho?

Passei o dia em Sorocaba à trabalho. Às vezes o dia de trabalho parece passeio. Hoje foi uma delícia! Agora vou prestigiar minha irmã que será uma das apresentadoras de uma Premiação, um evento da minha cidade, que não é Sorocaba, é Guarulhos.
Beijos de luz,
Aline***

16 de mar. de 2008

Cazuza



Hoje assisti Juno e 10000 A. C., adorei ambos! Nada que possa indicar a qualquer pessoa. Filmes são muito pessoais e dependem do que se espera ao ir ao cinema. Esses atenderam minhas expectativas. Talvez o melhor de tudo foi ouvir uma frase de Cazuza em um CD, na volta pra casa:







"O tempo não pára e a gente ainda passa correndo"...




(Pausa para que possa refletir a respeito...)

Foto do site oficial: http://www.cazuza.com.br/

Relevância ou Escassez?

Meus assuntos não são tão relevantes, ou o tempo tem sido escasso... Wherever.
Será que tem gente que me visita diariamente e sente falta de atualizações?
Desde que começou o blog ontem foi o primeiro dia que não acrescentei nada...
Beijos de luz,
Aline***

14 de mar. de 2008

Luz Maior

Para quem está chegando aqui pela primeira vez vou escrever uma crônica inspirada em fatos reais. Meu trabalho como educadora e minha função de diretora me permite presenciar cenas incríveis e mágicas...
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Ele tem cabelos e olhos claros, usa óculos e era a primeira vez que eu o via. Devia ter 9 anos de idade e segurava a mão do irmão mais novo, de 3 anos, mas só ele chorava. Um choro doído, como se tivessem arrancando algo de seu peito. Eu reconheci esse choro. Um choro que eu também já havia chorado, em uma idade parecida com a dele. Pedia para ir embora, queria que ligássemos para a mãe. Era a primeira semana de aula. Ligar para mãe de um aluno novo é dar um atestado de que somos incompetentes em continuar com ele. Se o deixou lá é porque nos escolheu.

É comum a insegurança das crianças, o medo que sentem de ficarem sozinhas, de serem deixadas pelos pais. Sei porque presencio isso e sobretudo porque vivenciei isso. Sofri esse temor por boa parte da minha infância. Não foi preciso nem olhar nos olhos dele para me identificar com a dor que sentia e que me remetia a minha própria dor, quase esquecida em um tempo remoto.

Estou acostumada a conversar com crianças que choram. Busco dentro de mim o meu sofrimento, para que possa compartilhar com transparência o sofrimento dela. Preocupo-me em me mostrar como elas, não acima delas. Preocupo-me em transmitir que não estão sozinhas no que sentem, possa faze-las companhia porque já senti o mesmo.

"O que foi meu querido?", falei para ele abaixada, para que pudesse estar na mesma altura de seus olhos, o respeitando o máximo que pude. Ele ainda chorava mas toda criança muda ao ser observada de perto e com consideração. Chamei-o para a minha sala para que tivéssemos um pouco de privacidade e concentração. Ele me contou que estava com medo de se separar do irmão mais novo assim que terminasse o intervalo - porque cada um iria para sua sala - queria ficar com o irmão. Pela dor de seu choro logo vi que o irmão era apenas uma referência e em pouco tempo de conversa, chorando o tempo todo, intensificou os pedidos de que chamássemos a mãe dele. Queria ir embora...

Tentei todas minhas estratégias psicológicas, falei que já senti o mesmo que ele (com toda a sinceridade e transparência do meu coração), que o compreendia e que era muito natural sentir-se assim, olhei no fundo de seus olhos e disse que tinha certeza que sua mãe viria buscá-lo porque ele era especial demais e eu viria, se fosse sua mãe. Nada funcionava e meus argumentos foram se dissipando...
Continuarei

13 de mar. de 2008

Primeira aula

Desde o início do ano tomei a decisão de voltar à sala de aula. Minhas duas turmas da tarde eram tão pequenas que todos os alunos passaram para manhã e eu que tinha hesitado tanto na decisão me vi um pouco aliviada pela responsabilidade que não mais pesava sobre meus ombros.
O professor que compartilhava comigo a mesma disciplina, só que em outras turmas me ofereceu duas aulas do período da tarde para alunos um pouco mais novos do que os que tinham estado comigo por apenas algumas semanas.

Justo hoje foi meu primeiro dia com eles. Com a vista embaçada eu tinha pedido ao antigo professor que me cobrisse na semana passada. Hoje ainda não recuperada completamente pedi o mesmo, mas ele tinha compromisso assumido. Para não deixar meus alunos sem aula busquei forças nas entranhas, sem almoçar, pouco preparada psicologicamente entrei na sala desejando estar bem longe dali. Mas são necessários poucos minutos diante das crianças para desejar a eternidade com elas. São tão inteligentes! Tão espertos, atenciosos... Adorei conversar com eles!
Contarei mais...

Voltar à sala de aula

Ser professor implica renúncias, desapego...
Preciso aprender sobre isso para ser diretora. Quero conhecer as dificuldades dos professores para poder direcioná-los, para que o que eu diga tenha efeito, esteja vivo, seja real.
Foi isso que me motivou a voltar à sala de aula. Mesmo sendo por apenas duas aulas semanais senti que seriam momentos necessários para minha função como líder.
Contarei mais

Revista

Hoje recebi um convite que me deixou entusiasmada.
Já tinha me oferecido, hoje foi só a confirmação: escreverei matérias para uma revista da cidade. Tive várias idéias, fiquei bem animada! Ainda não posso contar muito. Em breve especifico melhor.
Boa noite e beijos de luz!
Aline***

12 de mar. de 2008

Ele

Ele nem lê meu blog. Pouco se interessa pelo que escrevo. o mundo dele não é o das letras. Quase não acessa internet. O mundo dele é a vida.
Lembro-me da primeira vez que o vi. Pele bronzeada, dourada pelo Sol. Um jeito ainda tímido, desconfiado, pela situação desconhecida.
Não foram só meus olhos que o notaram... Eu o achei muito lindo e muitos, como eu, também o acharam. Para mim ele era uma pessoa nova, ainda não conhecia sua alma velha, nem podia imaginar que existia.
O destino foi nos aproximando, por caminhos tão raros... Chegamos a conclusão que jamais teria acontecido se não fosse pela única forma em que aconteceu.

Encontrado

Neste momento, meu amigo Anderson (ele tem um blog, é só olhar a lista ao lado) que estava me ajudando a encontrar o colírio que preciso em algum lugar acabou de me dizer que conseguiu. Virão entregar! Oba!

11 de mar. de 2008

Colírio

Vocês acreditam que a farmácia não tinha o meu colírio? Só por encomenda...

Antes que deixe de sentir

É preciso ler, enternecer-se, inspirar-se... O mundo é uma caixa de doçuras por qual os olhos podem passar sem enxergar nada.
Eu busco incessantemente a palavra não dita, o afeto não feito, a distância calada guardando a mágoa velada no peito fechado.
Busco os sonoros "sims" na imensidão profunda de "nãos" que a vida oferece.
Nos dias mais calmos e longos. Em tempestades de sentimento e não-ações. Atitudes quietas quase nascem, quase brotam, continuam nuas e caladas, quietas, estáticas, sem elas nada pode ser feito, nada realizado, nada...
A vista que observa sem mover-se, nem pensa, nem cria, quase deixa de sentir.
O tempo tão pequeno e frágil, passa sem entrega, sem apego.
O dia não volta, as horas não deixam de passar, os minutos testemunham a fuga dos segundos.

Visitas Ilustres

Hoje, por enquanto, recebi esses visitantes: 3 de São Paulo, 2 de Guarulhos, 1 de Americana, 1 de São José do Rio Preto, 1 de Campo Grande e 1 de Mogi das Cruzes. Se você suspeita ser 1 desses visitantes, fique tranquilo que não tenho a mínima idéia de como fazer para saber quem você é - a não ser que você se apresente - e para mim é uma honra que saiba quem eu sou. Continue visitando e fazendo uma criança feliz: eu!
Beijos de luz,
Aline***

Conjuntivite - últimos capítulos II

Eis que hoje de manhã, depois de tanto tempo com essa conjuntivite e a pálpebra ainda inchada, apesar do olho estar aparentemente normal, minha visão (do olho esquerdo) estava (e está!) completamente embaçada. Lembrei-me de um amigo, o Jeison. Além de ser um competente especialista em sua área, aclamado, com trabalhos científicos premiados e tudo mais, ele ainda trabalha em uma das melhores clínicas de Oftalmologia de São Paulo. Logo cedo liguei: "Jeison, estou com conjuntivite, achei que já estava sarando, mas minha pálpebra ainda está inchada e minha visão está sensível à luz. O que você me indica?
"- Aline, como você está enxergando? Está embaçado?"
"Está! Não enxergo nada de longe e nem consigo abrir os olhos direito"
"-Então é melhor que venha até aqui para que eu possa te examinar. Isso me preocupa um pouco mais... O inchaço vai sair normalmente, mas a sua visão pode ficar assim até por meses se não for tratada."
"O inchaço vai sair então, Jeison?"
"-Como é esse inchaço? Muito ou pouco?"
"Acho que pouco! Não dá pra perceber muito." Disse isso comparando com o quanto melhorou, pelo inchaço que estava antes tinha melhorado bastante.
Quando cheguei na clínica, assim que o Jeison me pediu para tirar meus óculos escuros já começou a rir:
"Aline, isso é pouco inchado? Você está parecendo uma monstrinha!"[risos]
Agora vou ter que seguir todas as recomendações médicas. O inchaço não é preocupante, a nãe ser pelo fato de me deixar com o aspecto de monstro, segundo meu próprio amigo Jeison, mas a alteração na visão será cuidada.
Com o trânsito infernal almocei em São Paulo e só cheguei em casa praticamente agora.
Beijos de luz,
Aline***

10 de mar. de 2008

Conheci Daiane

No sábado almocei no restaurante Josephine (site: http://www.josephine.com.br/ ). Comi uma deliciosa salada chamada Madaleine. É uma salada de folhas verdes com mussarela de búfala e frutas da época salpicada de lascas de amêndoa e com molho de mel e mostarda... Hmm...

Depois de muito andar por São Paulo, bater perna, olhar lojinhas, fui encontrar com amigos no café Il Barista ( site: http://www.ilbarista.com.br/ ) da Livraria da Vila (site: http://www.livrariadavila.com.br/ ), na Al. Lorena. Já estava escurecendo me deu fome de novo, comi outra mini salada deliciosa: Kani, mussarela de búfala, tomate seco, rúcula e crouton com molho de iogurte com passas.
Na saída Daiane estava passando na rua e veio pedir um trocado. Estou falando assim com intimidade porque ela também me tratou da mesma forma mesmo tendo acabado de me conhecer, naquele instante. Aparentava ter 18 anos e segurava um imundo cachorro nos braços. Parecia estar rodando a dias sem tomar banho. Como eu não tinha trocado algum (e se tivesse não sei se daria) não dispensei a oportunidade de puxar um assunto. Ela logo olhou para o meu olho inchado e falou:
"- Tá com terçol, né?"
Para não ter que explicar que era conjuntivite respondi afirmativamente sorrindo pela espontaneidade dela, que continuou:
"-É... Colocou até uma franjinha em cima para disfarçar, né?"
E eu: "É". Ela emendou na lata:
"- Mas não adiantou não, viu... Dá pra perceber!"
Foi só risada. Daiane é muito engraçada, pena que nem todos darão ouvidos ao que ela diz para poderemn notar isso.
Antes de nos despedirmos ainda me deu a dica. "Terçol dá em gente que regula coisa pra mulher grávida". Contou que pegou uma vez, quando a irmã estava grávida e ela deixou de atender aos pedidos...

Tédio

Preciso trabalhar, fazer algo de útil...

Conjuntivite - Últimos capítulos

Meus olhos ainda ficam embaçados. Dificuldade de ver à distância. O incômodo passou, a dor também, vermelhidão idem. A pálpebra do olho esquerdo continua inchada. Fico com um olho mais fechado que outro. Sinto sono porque os olhos não abrem direito, sensíveis à claridade...
Estou bem perto de voltar ao que era antes, sinto isso... Apesar do que descrevi melhorei demais!

Antes de Partir


O domingo todo sem postar...
Assisti "Antes de Partir". Adorei o filme! Salvo as péssimas críticas alusivas à sua previsibilidade gosto de filmes com mensagens positivas que acrescentem, no mínimo, uma sensação gostosa ao sair do cinema.
Trata-se da amizade de dois pacientes de câncer que se conhecem em um hospital e resolvem fazer uma lista do que desejam fazer antes de morrer. Não é nenhum primor cinematográfico, mas posso avaliá-lo pela ótica do meu pai, que já teve câncer e adorou a história, chegou em casa todo motivado. Que mais um diretor pode desejar além de sua obra trazer a alguém que já viveu a história uma alegria especial?


Site oficial em português: http://wwws.br.warnerbros.com/bucketlist/

8 de mar. de 2008

Jovens Mães



  • Acabo de ver Leticia Spiler na novela fazendo papel de mãe de uma adolescente.



  • Faz por volta de uma semana que soube do papel de Ana Paula Arósio na próxima novela, segundo a própria:

"Na Globo, na primeira novela você é filha da mocinha, na outra é a mocinha, na outra você já é mãe da mocinha". Na próxima ela terá filhas adolescentes.

Contou ainda que pediram para que colocasse botox e ela se recusou porque demorou muito tempo para adquirir cada uma de suas rugas.

Tudo a ver com o texto abaixo. Que mulher mãe de adolescente tem a aparência de Letícia ou de Ana Paula?

foto: http://ego.globo.com/ENT/Noticia/0,,MUL315634-5877,00.html

Consumismo Cego

Tem tanta coisa boa sendo escrita, pensada. Muitas não chegam. Fico feliz que esse texto tenha chegado a mim. Foi enviado por e-mail, por meu amigo Jone, e publicado ontem no jornal Folha de São Paulo.
É uma reflexão sobre até que ponto o consumismo invadiu nossa sociedade e nos consumiu em uma busca irracional de consumir a perfeição.
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Corpos de consumo

ROSE MARIE MURARO E MARIA TEREZA

DESDE QUE começamos a trabalhar com mulheres, a pergunta básica que nunca deixou de ser a mesma é sobre o tratamento da mídia a respeito do corpo feminino. Agora, contudo, devido ao avanço da tecnologia, a coisa está se tornando mais grave. O consumo não é mais sobre a forma física da mulher, que é sempre jovem, magra e bela, mas sobre seus laços mais profundos.
Sites americanos e brasileiros apresentam o "pacote de cirurgia pós-parto": lipoaspiração para retirada das gordurinhas extras, correção da vulva e dos seios, tudo para consertar o "estrago" que a gravidez faz no corpo da mulher. Médicos mais sensatos recomendam alguns meses de espera para que a própria fisiologia se encarregue de fazer boa parte do trabalho, mas outros vendem a idéia de "aproveitar a oportunidade do parto" e cuidar de recuperar rapidamente a auto-estima supostamente perdida com a "deformação" provocada pelo feto.

O vínculo amoroso imprescindível com o bebê, a intimidade da amamentação, a importância dos primeiros dias e semanas após o parto para incluir o bebê na família deixaram de ser a prioridade?
Sim. Para a sociedade de consumo, nem o corpo da mulher nem o da criança nem o do homem são prioridades. A prioridade única e exclusiva é o lucro. O lucro vale mais do que a vida humana.
No depoimento de algumas mulheres motivadas a comprar o "pacote", os argumentos giravam em torno de garantir a permanência do desejo do marido, preservar a boa imagem no ambiente de trabalho, destacar a importância do corpo perfeito. E agora perguntamos: vale a pena ficar com um companheiro que só nos quer se estivermos "com tudo em cima"? O consumo também engole os valores mais profundos do amor.
Em conversa com uma moça na faixa dos 20 anos, vimos a insegurança de ir para a cama com o namorado sem estar perfeitamente depilada. Este, por sua vez, também depila os pêlos do peito: não é à toa que cresce o nicho das clínicas de depilação. Será que o desejo ficou tão vulnerável à estética, tão volátil, que desaparece sem os devidos cremes, as horas nas academias e os tratamentos de beleza para corrigir as imperfeições? É isso que se faz com a juventude.

Ao invés de aumentar a auto-estima, o "modelo perfeito" de homens e mulheres só faz com que esta diminua e seja substituída por um mal-estar subjacente que, desde a adolescência, persegue homens e mulheres a respeito de sua imagem até o fim da vida. Porque é impossível para o ser humano médio competir com os padrões de beleza que vê nas revistas, nos filmes e nas novelas de televisão. O fato se agrava cada vez mais à medida que a mulher vai amadurecendo.
Na maioria dos países desenvolvidos, os anos de vida útil aumentam cada vez mais, e cada vez mais se faz uma publicidade para a beleza amadurecida. No Brasil, as companhias de cosméticos não conseguem furar a barreira do preconceito da eterna juventude, a fim de criar uma "juventude" interna que não se desgasta com o correr dos anos.
Em meio a intensas dores e desconforto de uma plástica de abdome para tirar a barriguinha que ficou mal na foto, uma mulher de meia-idade pensa na calça jeans e nos vestidos de malha que conseguirá usar depois de atravessar a via-crúcis do pós-cirúrgico e das várias limitações à sua mobilidade nas primeiras semanas. Qual o verdadeiro sentido desse sofrimento auto-imposto?

O amor, o desejo, a ternura e a cumplicidade podem existir entre pessoas com corpos imperfeitos. Ao contrário do que a mídia apregoa, quanto mais maduros homens e mulheres, mais profundas se tornam suas relações, mais independentes de estereótipos e mais prazerosas, de um prazer inabalável, se não fosse o bombardeio midiático de que a velhice é uma doença, e não uma plenitude. Para onde nos leva o capital/dinheiro? São inaceitáveis as marcas (e os marcos) do tempo no corpo? É imoral envelhecer?
O pior é que não é só o corpo que o capital/dinheiro destrói. Ele destrói também a capacidade de homens e mulheres de aprofundarem a sua relação com a realidade. Destruir o corpo real e substituí-lo por um corpo de consumo é também substituir a "realidade real" por uma "realidade de consumo", que tende a destruir a própria espécie humana (a partir do desequilíbrio climático pelo excesso de consumo).

ROSE MARIE MURARO, 75, escritora e editora, é patrona do feminismo brasileiro (Lei 11.261/2005).
MARIA TEREZA MALDONADO, 59, psicóloga, é integrante da American Family Therapy Academy, com mais de 20 livros publicados.

7 de mar. de 2008

Feliz Dia da Mulher!


Amanhã é o dia internacional da mulher!

Não que todos os dias também não sejam... risos

Parabéns!

Os homens que estiverem lendo saibam que um simples botão de rosa, um bilhete, um abraço caloroso, qualquer coisa vale, sendo de coração, para homenagear as grandes mulheres que vocês conhecem e que vocês amam. A data pode não ser tão importante, mas o gesto é sempre importante!

Diário de uma ex-irritada

Quando a gente fica assim, meio deprê começa a só olhar para o próprio umbigo. Praticamente só falei de mim hoje. (Salvo as tentativas de sair da deprê).
Vou tomar um banho gelado, banhar os olhos com soro fisiológico e sair olhar o mundo. Procurar tudo que eu possa enxergar.

Abra los ojos

É, hoje já falei que estou muito irritada com a conjuntivite. Estava conversando por msn com a Paulah Gauss (vide o blog dela aqui ao lado, nos links de Blog de Amigos). Ela é muito espiritualizada e sensível e espantou-se por eu ainda estar de molho com a conjuntivite atacada. Disse-me algo que ainda não fez sentido mas é o tipo de coisa que eu acredito. Ela me falou:

"Tente perceber se não é algo que você não esteja querendo enxergar".

Minha prima lê meu blog


Às vezes fico no msn caçando contatos e divulgando meu blog. Não tem sentido eu escrever o dia todo e ninguém visitar...

Ontem à noite falei com minha priminha que não vejo há mais de 10 anos, pelas minhas contas. Aliás ela só era priminha na época. Agora já está com 19 anos. Chama-se Juliana. Para minha alegria disse que já conhecia meu blog e que adora o que escrevo. Fofa! Além de fofa, linda, como vocês podem ver na foto. Eu pedi a foto e nem avisei que ia publicar. Espero que tenha gostado, Ju.

A vida é preciosa

O mundo tem tantas cores...
Muitas vezes nossos olhos não conseguem reconhecer. Não me refiro às cores da aquarela, mas às cores do encantamento. Não me refiro aos olhos do rosto, mas aos olhos da alma.
A vida é preciosa!
Sentindo dor, sofrendo, chorando, morrendo, ainda assim a vida é preciosa!
Meu pai diz que tem coisas que recebemos de graça (graga divina!) e não valorizamos, não percebemos o quanto privilegiados somos.
A própria natureza sempre nos presenteia com mais um dia. Incrível como um único dia pode ser único para cada pessoa! Hoje, por exemplo, 7 de março. É o mesmo dia para mim, para minha família, para meus amigos, todos estamos vivendo o dia 7 de março. Se ninguém estiver viajando estamos vivendo até o mesmo fuso horário. E assim é em todo planeta. Todos estão vivendo esse mesmo dia, o dia é igual. Ao mesmo tempo o dia é diferente para cada um que o vivencia.
O que você está fazendo com o seu dia?

Diário de uma irritada

Hoje estou um pouco irritada. Espero que não dure muito. Não posso ficar assim. Se nem Alessandro Zanardi se sente no direito de reclamar imagine eu por causa de uma simples conjuntivite!?

Nas palavras dele:
"Nunca achei que tinha direito de pedir ajuda, mas sempre agradeci pela vida que tenho, que é preciosa".

Talvez você esteja entrando nesse blog hoje, pela primeira vez e, se for o caso, preciso fazer alguma considerações. Não sou sempre assim e gostaria demais que através do arquivo à direita, logo abaixo do link "Blog de Amigos" você procurasse o que foi escrito sobre Alessandro Zanardi.
Não que eu tenha escrito algo especial, mas ele é especial por si só e tudo que possa ser escrito sobre ele se torna mágico, embora ele não se considere dotado de magia...

Tem momentos, como o que estou passando agora em que precisamos dessa recarga de garra. Vou me recuperar do desânimo, prometo. É que estou com raiva dessa conjuntivite idiota.

Sala nova

Hoje bem cedo eu já estava fazendo caminhada com meu pai. Com conjuntivite, quem não tem colírio usa óculos escuros, claro. Eu que tenho uso mesmo assim.

Ontem à noite minha amiga, parceira de trabalho e coordenadora do colégio, Alzira, me ligou. Acho que precisou de mais de meia hora para me atualizar de tudo.

Quando voltar a trabalhar eu e Alzira teremos uma sala nova, porém menor. Tivemos que desocupar a nossa para se tornar mais uma sala de aula. Muita procura, muitos alunos, muito reconhecimento, graças a Deus!

Mais uma da série "Conjuntivite"

Mais um capítulo da série "Conjuntivite"
Acordei repetindo meu mantra: melhorei, melhorei, melhorei! Eis que olho no espelho e constato uma sensível melhora, mas para meu espanto o outro olho que nem tinha o que melhorar piorou (também sensivelmente). Agora me resta a dúvida... Será que vai começar tudo de novo? Nãooooo. Por favor nãooooo...
[Aline se despespera com esta possibilidade]
Aguardem cenas do próximo capítulo!

6 de mar. de 2008

Dica da Dri: bazares imperdíveis!

Esta é Adriana Gualandro Milani, minha amiga glamurete, estilosa, que trabalha com moda e tem uma dica muito especial que agradará especialmente às mulheres que gostam de estar bem vestidas, bem calçadas e bem acessoradas (por brincos, bolsas, colares e etc).
Dri sempre fica sabendo de bazares incríveis com sonhos de consumo e objetos de desejo de toda garota fina, só que com preços mais acessíveis.
Antenada ela sempre está por dentro de tudo que rola no circuito fashion e, generosa, compartilha todos esses segredos com as amigas. Com o know-how de quem viaja o ano todo para fora do país e descola as melhores peças e tendências é bom confiar no que ela indica.
Primeiro o Bazar da Daslu. A Dri me contou que foi divulgado só para fornecedores . Começa este domingo(9 de março) e vai até o próximo domingo, dia 16. O endereço? R. Cardoso de Melo, 291, na Vila Olímpia.
O outro chama-se Bazar Marcella Sant´anna. Começou hoje e vai até segunda (6, 7, 8 e 10 de março), não abre domingo. Vai ter manobrista na porta, das 10h às 20h, na R. Oscar Freire, 136, no piso superior.
Meninas, força no cheque e no cartão de crédito. Juízo e cuidado sempre é bom! Aproveitem com responsabilidade!
Beijos de luz,
Aline***
P.S.: Esta foto peguei do site Glamurama, é a última foto deste álbum: http://glamurama.uol.com.br/galerias/?cod_publicacao=1&cod_galeria=25
P.S.: Dri, enquanto não tem seu blog está convidada para ser consultora de moda e estilo deste blog.

Sou humana

Com cada pessoa, com cada amigo, em cada relacionamento um traço da nossa personalidade se sobressai. Percebo isso através do blog. Cada amigo meu que já fez uma visita tem um tipo de preferência sobre os assuntos que escrevo e nem todos os assuntos que gosto foram abordados aqui. Meus interesses vão desde filosofia, poesia, cinema, literatura, psicologia, psicanálise, educação, passam por cultura de massa, cultura de luxo, moda e até mesmo celebridades e Big Brother. Fazer o quê!? Sou ser humano, me permito a multiplicidade de gostos. A vergonha que sinto dos meus apegos é proporcional ao orgulho que tenho deles, por ser real, imperfeita, humana.

Beijos de luz,

Aline***

Hã??? Celular Implantado sob a pele



Gente isso é tão absurdo que parece mentira!

Como assim um celular implatado sob a pele do braço? Que loucura!!

Para ver a matéria toda e e o lugar de onde peguei essa foto clique aqui: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI2654520-EI4796,00.html

Só fiquei sabendo do "Digital Tatoo Interface" através do blog Querido Leitor, da Rosana Hermann. Está aqui ao lado o link.

E viva a tecnologia! Mas fiquei aqui pensando... Só funciona por viva-voz, né? Imagine a moça da foto colocando este celular próximo ao ouvido? Aí seria Cirque du Soleil. [risos]

Beijos de luz,

Aline***

Carente

É muito triste escrever sozinha. Faço esse blog pra mim, mas muito também pelas pessoas. Não é como um livro que demora um tempo para ser escrito e depois é possível controlar as vendagens. Aqui não sei como saber se as pessoas estão lendo, se estão gostando. Se sentem-se acariciadas, felizes... Se compartilham o que penso, se vão voltar...

Não tenho o rastro de ninguém. Para onde vão?

É, fiquei carente! Pronto, falei.

Conhece André Gorz?







Eu não conhecia.






Ganhei da Paulah Gauss (vide Blog de Amigos, aqui ao lado) um livro dele.






André Gorz foi um revolucionário. Filósofo, anticapitalista, discípulo se Sartre, tornou-se um dos principais teóricos da Ecologia Política. Na época da repressão ter um livro de Gorz era considerado "delito especial" e merecia "pena especial". Um homem assim contradiz o estereótipo do romântico, sensível. Até porque são palavras para as quais muitos olham de forma depreciativa.




No final da vida ele escreveu seu último livro, um tratado apaixonado, uma história de amor, especificamente de seu amor pela esposa de 82 anos, Dorine.






foi tão arrebatador que me deixou em êxtase. Aqui transcrevo o primeiro páragrafo:




"Você está para fazer 82 anos. Encolheu 6 centímetros, não pesa mais do que 45 kg e continua bela, graciosa e desejável. Já faz 58 anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu paito um vazio devorador que somente o calos do seu corpo contra o meu é capaz de preencher".




[Digitei o texto e fui ficando extremamente emocionada. Meus olhos se encheram de lágrmas. Costumo dizer que tem determinadas coisas que uma pessoa que não sente jamais conseguirá pensar, sentir ou escrever. Não há como fingir um sentimento assim. Não é apenas literatura].




Em 24 de setembro de 2007 os familiares de Gorz informaram que o casal havia cometido um duplo suicídio. Os corpos foram encontrados como se estivessem dormindo lado a lado. Vejam matéria: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u330975.shtml


Dorine sofria de uma grave doença degenerativa. Desde que soube Gorz dedicou-se fielmente aos cuidados com a esposa. Até aprendeu a cozinhar. A forma com que cessaram sua vidas fica justificada pelas próprias palavras do filósofo. Não seria possível para ele viver um segundo sequer nesse mundo sem a presença e a companhia de sua amada.


Que cineasta poderia transformar esta história em filme?


Beijos de luz,
Aline***











Conjuntivite III

Pensamento positivo é o que há! Antes de abrir os olhos já pensei: melhorei, melhorei, melhorei!
Fui olhar no espelho, continuo do mesmo jeito. Olho inchado por fora e vermelho por dentro. Já dei o prazo de uma semana pra essa conjuntivite passar, amanhã é o sétimo dia, não quero nem saber. Acordo zerada no sábado!

Será?

Dizem que não é bom duvidar... risos

5 de mar. de 2008

Evento de hoje

Comentei que hoje teria um evento logo cedo. Fui ao Forum Empresarial. Eu nem sabia de quem seria a palestra. Cheguei com meu pai e minha irmã com mais de meia hora de atraso. Todos já estavam sentados, o que nos gerou um certo constrangimento, eu mais, por não poder tirar meus óculos escuros, o que evidenciaria minha conjuntivite.

A platéia era de empresários da região, políticos, profissionais de destaque. Eu, minha irmã e duas outras mulheres éramos as únicas representantes femininas. Incrível como em 2008 nós ainda estamos na escalada para conquistar o nosso espaço.

Também não me lembro de ter visto nenhum negro... Pude imaginar como um negro se sentiria e se sente em algumas ocasiões. De um lado fiquei imensamente feliz, por estar quebrando barreiras, atravessando obstáculos e ocupando territórios que não me pertenciam (como mulher). Por outro é triste que na história da humanidade isto esteja acontecendo só agora e ainda muito timidamente.

Mesmo em minoria fomos muito bem recebidas e elogiadas. João Dória, o palestrante (foto: http://entrevistaceo.blogspot.com/2006/11/joo-dria-jr-ceo-do-grupo-dria_28.html ), assim que pegou o microfone fez menção a presença feminina. Falou citando uma frase do pai: "Embora tenhamos poucas mulheres presentes, não há problema. Meu pai dizia que uma mulher vale por dez homens".

Em outro momento, ao responder uma das perguntas, assumiu ter uma alma feminina com muito orgulho. Disse que, como as mulheres, ele também se importa com cada detalhe.

João Dória contou que trabalha 17 horas por dia. Tinha ficado no escritório até 1h40 da madrugada, acordou 5h45, tomou café com os filhos, levou-os para escola e chegou pontualmente no horário combinado para palestra. (Será que essa parte foi uma indireta ao meu atraso? risos)

Fiquei pensando como ele tinha conseguido levar os filhos para escola em São Paulo e chegar pontualmente ao evento às 8h em Guarulhos? Minha dúvida durou pouco. Ao final da palestra um helicóptero o levou para o próximo compromisso.

No tempo em que fica com os filhos Dória escolhe um tema por dia para tratar durante as conversas. Fala de ética, honestidade, solidariedade... Gostei!

O evento de hoje foi organizado pelo jovem Rodrigo Barros: http://www.segredodosucesso.com.br/

Admiro o que ele tem feito!

Minha amiga Renata da Rocha


Para resumir a história... Se minhas contas não estiverem erradas foi em agosto de 2002.
A Re dava aula de Direito no Progresso e um dia perguntou se eu gostaria de acompanha-la, como ouvinte, nas aulas de Filosofia do Direito no mestrado da PUC. Achou que eu ia me interessar porque o professor era Gabriel Chalita, na época Secretário de Estado da Educação. Com o tempo nos tornamos confidentes. O caminho de Guarulhos até Perdizes, em São Paulo, e depois a volta, eram o cenário para nossas longas conversas e para o início de nossa amizade, que dura, firme e forte, ainda que o contato não seja tão assíduo.
Nesse tempo a Re também era ouvinte, mas foi aprovada tranquilamente na entrevista para começar o mestrado no semestre seguinte. Ainda a acompanhei por mais um semestre na disciplina Teoria Geral do Direito ministrada pelo mesmo professor. Um tempo depois ela decidiu abandonar as aulas que dava no colégio para se dedicar totalmente à dissertação de mestrado. Um trabalho que originou esse belíssimo livro lançado com noite de autógrafos na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, dia 27 de fevereiro, semana passada. Nunca esqueço de epsódios que passamos juntas. Como uma vez em que a presenteei com um convite para uma palestra da Viviane Senna em um grande hotel no Morumbi. O lugar era suntuoso e Viviane foi felicíssima em seu pronunciamento, inclusive ao lembrar que só por estarmos ali era porque fazíamos parte de uma parcela muito pequena da população do Brasil. Ao final Renata me fitou com os olhos marejados e me disse, em suas palavras, algo que na minha memória ficou gravado assim: "Aline, este não é o meu mundo, eu não pertenço a esta parcela da população. Só pude estar aqui porque você me trouxe. Muito obrigada!"
Renata jamais se envergonhou da origem humilde, de ser filha de pai taxista e de uma mãe que sempre valorizou a melhor educação que pôde dar à filha. Não somente a de bons colégios, mas aquela dos olhos nos olhos e coração com coração que só o sentimento pode oferecer.
Hoje a moça de infância humilde que não acreditava fazer parte de uma parcela privilegiada de brasileiros prestigia a ciência com seu estudo, ministra aulas em faculdades, é entrevistada pela TV(Record News), internet (Globo.com) e continua o ser humano generoso e doce que me orgulha por ser alguém a quem continuo podendo chamar de amiga.
O livro da Re está disponível nas boas livrarias e sites, você pode comprar por aqui:
Esta foto peguei neste site: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL336755-5603,00.html , lá também há explicações sobre o tema do livro.
Beijos de luz,
Aline***

Carlos Drummond de Andrade


Desde ontem preciso compartilhar aqui um dos meus poemas preferidos. Chama-se "Consolo na Praia". O mais especial de tudo é ouvi-lo na voz do próprio poeta. Imperdível! Acesse aqui: http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema028.htm



Beijos de luz,


Aline***

Conjuntivite II

Bom dia!


Ontem à noite encontrei o Toninho, meu amigo e diretor do Progresso Centro (onde trabalhamos juntos). Eis que fico sabendo que o contágio da conjuntivite não acontece pelo ar, apenas por contato. Informação que pode ser confirmada por aqui:

http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4426&ReturnCatID=1776

Ou seja, posso ficar bem mais livre agora, até para ir trabalhar.


Hoje às 8h já tenho um evento marcado. Mesmo com colírio vou de óculos escuros. (O aspecto está horrível, inchado por fora e vermelho por dentro).

Beijos de luz,

Aline***

4 de mar. de 2008

Sono...

Ai, que sono!
Cheguei quase agora em casa...
Já tinha programado postar algumas coisas, vão ter que ficar para amanhã.
Beijos de luz,

Aline***

Dilema X Problema


Leo Fraiman é psicoterapeuta, escritor e palestrante. Estive uma vez neste consultório da foto que, embora fique incrustado na Av. Faria Lima, tem uma linda vista de árvores que pode ser apreciada pela enorme janela. Na ocasião conheci um de seus projetos sobre Valores, Projeto de vida e Empreendedorismo para adolescentes. Uma proposta adotada por muitas escolas.
O Blog do Leo está logo aqui ao lado, no link de blog de amigos.
Minha irmã Andreza, que é mais amiga dele, estava comentando com Leo o quanto nossa família faz questão de estar unida. Especialmente nos almoços de final de semana.
Este domingo todos tivemos uma discussão, porque sendo 5 pessoas (contando meus pais e irmãs) é natural que ocorra divergências sobre horário e local para almoçar. Minha irmã estava contando o que aconteceu e ressaltou que apesar de termos discutido foi por um excelente motivo, todos queriam estar juntos. Leo disse:
- Andreza, isso não é um problema, isso é um dilema. As pessoas confundem e acabam fazendo de um dilema, um problema.
Obrigada pela dica preciosa, Leo! Não pude deixar de dividir com os leitores (parece até que são muitos... risos).
E você, que estiver passando por aqui, não me decepcione e comente: costuma confundir dilemas com problemas?
Beijos de luz,
Aline***

Dente Sujo

Acabei de voltar do almoço com meu amigo Daniel. Nós amamos comida japonesa.

Às terças um restaurante japonês tradicional aqui na cidade promove um Festival de Sushi. Eu, o Dani e minha irmã vamos sempre que possível nos deliciar... Hmmm...

Hoje minha irmã não foi.

Adorei colocar o papo em dia, contar e ouvir novidades.

Ao terminar a refeição eu e Daniel quase que simultaneamente perguntamos um ao outro se os dentes estavam sujos... [risos] É preciso ser muito íntimo para fazer uma pergunta dessas a alguém e em seguida abrir um sorriso amarelo mostrando a arcada dentária. Tem que ser amigo de verdade, né? [mais risos] Nós somos amigos neste "nível" de amizade. E você, para quantos amigos poderia perguntar se o dente está sujo?

Beijos de luz,

Aline***

Coração - Espírito

Meu coração pulsa, grita, sangra, emana. Não é possível controlar.

Meu sentimento me domina. Solto, alerta, quieto, insano...

Não sou mais que poucas declarações de mim mesma em um mundo que não me compreende.

Quisera ser um pássaro livre para com ele levar o que sinto.

Quem sabe seja preciso asas para voar.

Não sou sequer um anjo humano trazendo luz divina.

Sou eu mesma quem mais precisa ser iluminada.

Não sei escrever nada que não seja minha alma.

Moro nas palavras que escrevo como o espírito que habita meu próprio corpo.

Se bem que as palavras são para mim também espírito.

Elas me mantêm viva!
Aline***


"Escreve com teu sangue e verás que sangue é espírito". (NIETZSCHE)

3 de mar. de 2008

Insegurança e Criança


Ainda estou um pouco insegura para falar sobre minha vida pessoal. Ou até mesmo de escrever algo meu. Tenho colocado por aqui somente o que considero muito especial, muito doce, muito belo. Ainda não estou à vontade para me incluir... Mas tem uma história em específico que aconteceu comigo semana passada ou retrasada e que me marcou. Ainda não parei para transcrever. Com certeza merece ser bem escrita aqui, pois foi lindamente gravada em meu cerne.


Trabalho em uma escola. Sou diretora. O que por si só me causa uma enorme responsabilidade para carregar. Fico preocupada com o que escrevo, em como me visto ou me exponho na internet. Gostaria de ser um pouco mais livre quanto a isso. Se bem que é algo que eu mesma me cobro, não é exigência de ninguém, a não ser de mim mesma. Mas isso é apenas um detalhe. Um mísero detalhe diante da extraordinária imensidão de alegria e contentamento com que sou recompensada.


Sempre fui apaixonada por criança. Até mesmo quando eu era uma já gostava das que eram menores que eu. Só que era difícil criar vínculo aom alguma. Meus primos não moravam perto. Não convivíamos muito. Além disso eram mais velhos e ainda estavam longe de ter algum filho. Eu sonhava em ser chamada de tia, sem me dar conta que para isso teria que esperar uma de minhas irmãs dar à luz. Só que elas eram menores de 10 anos. Até hoje, 19 anos depois, isso não aconteceu. Nenhuma delas está grávida, nem sequer casada. Realizei meu sonho de outra forma. Hoje em dia é natural chegar ao trabalho e ser recebida por incontáveis gritos de "Tia Aline", além de muitos beijos, abraços e afetos deliciosos das crianças. Um verdadeiro sonho-real! Principalmente pelo meu histórico. É, porque tem gente que não gosta. Quantos não me falam: "Você deve ser uma santa paa aguentar tantas crianças juntas"? Sempre respondo que, ao contrário, sou uma privilegiada. Os pais tem apenas os filhos pequenos para iluminar a casa. Enquanto isso sou iluminada diariamente por dezenas de seres luminosos. Para mim é isso que as crianças representam: um pedaço do céu na terra. Tão puras, tão mágicas!
A foto acima está nesse link: http://www.fotolog.com/byaline/23221191
O texto original da foto é esse, diz bastante sobre mim: "Criança. Não há como saber de mim sem saber delas, que me fascinam, encantam e inspiram. Algumas, como aconteceu com o Frederico(foto) só vi uma vez, mas todas que captam meu olhar permanecem em meu coração para sempre".
A história que eu ia contar fica para amanhã.
Beijos de luz,
Aline***

Rubem Alves


Se eu fosse falar tudo que poderia ou gostaria de Rubem Alves...
Prefiro que ele mesmo fale. Faço das palavras dele as minhas:
"O que preparei para você foi um ritual antropofágico.
Antropofagia é comer carne humana - coisa selvagem. Mas os chamados selvagens não pensam assim. Uma tribo de índios brasileira que pratica a antropofagia assim se justifica: "Vocês, que se dizem civilizados, não amam os seus mortos. Fazem buracos profundos e os enterram, para serem comidos pelos vermes. Nós, ao contrário, amamos os nossos mortos. Não queremos que eles estejam mortos. Mas eles estão mortos! Só existe uma forma de mantê-los vivos: se nós os comermos. Se nós os comermos, sua carne e o seu sangue continuarão vivos nos nossos próprios corpos." A antropofagia não se faz por razões alimentares. Não se trata de um churrasco. É um cerimonial mágico. Acredita-se que, ao comer o morto, as suas virtudes são incorporadas naqueles que o comem. A psicanálise concorda. Ela acredita que nossa personalidade é formada por sucessivas refeições antropofágicas, nas quais devoramos um pedaço de um, um pedaço de outro. Claro, ela não usa a palavra "antropofagia". Usa a palavra "introjeção", que significa "colocar dentro". Mas "colocar dentro" é, precisamente, comer. A eucaristia é um ritual poético antropofágico: "Esse pão é o meu corpo: comei. Esse vinho é o meu sangue:bebei." O escritor mineiro Murilo Mendes, no seu livro A hora do serrote, diz algo mais ouo menos assim: "No tempo em que eu não era antropófago - no tempo em que eu não devorava livros - pois os livros não são feitos com a carne e o sangue dos que escrevem?" Há livros que são lidos e o seu conteúdo não passa da cabeça. Informações. Ciência. Há outros livros, entretanto, que são comidos, vão direto para as entranhas, coração. Saber "de cor" = saber com o coração. Nietzsche dizia amar somente os livros escritos com sangue. E Guimarães Rosa, que se dizia mágico e feiticeiro da palavra, esclarecia que na sua literatura se encontrava a "alquimia do sangue do coração humano". Pois é isso que eu desejo: ser comido. As coisas que você vai encontrar na minha casa são pedaços de mim. Não importa que seja livros, jardins, poemas, restaurante, fotos, músicas: todos são pedaços arrancados de mim. Como disse, o objetivo da antropofagia não é gastronômico, é mágico: fazer com que o o corpo do que come fique parecido com o corpo do que é comido. É isso que eu quero. De forma especial, desejo que você veja da forma como eu vejo. Gostaria de dar-lhe os meus olhos. Se você vir como eu vejo, então não percisarei mais falar e escrever... Nos sonhos frequentemente a casa simboliza o corpo. Minha casa não é para ser visitada. É para ser comida. Bom apetite! Volte sempre. Rubem Alves "
Essa era a mensagem preliminar que Rubem deixava aos visitantes de seu site pessoal: http://www.rubemalves.com.br/
Lembro-me que uma vez ele escreveu em uma crônica que uma mãe que está há muito tempo sem ver o filho tem vontade de engoli-lo quando o encontra. A saudade é tanta que é como se o abraço fosse pouco. Esta é a vontade de todo escritor. A de ser devorado pelo leitor.
Beijos de luz,
Aline***

Todo Poderoso


Por conta da minha conjuntivite estou de molho em casa.
Hoje a Sessão da Tarde exibiu o filme "O Todo Poderoso", com Jim Carrey. É um filme simpático, agradável. Mas o melhor de tudo é que sempre consigo assistir à minha cena preferida, que vale o filme todo, na minha opinião.
O personagem de Jim encontra Deus, interpretado por Morgan Freeman. Já no final, após o mundo ter quase acabado enquanto Carrey tomou conta do planeta nas férias do "Todo Poderoso". Como no início do filme, assim que se torna Deus, Carrey consegue fazer vários "milagres" como separar o líquido de uma sopa deixando um vão no meio (em uma referência a Moisés, na Bíblia), Deus lhe diz:
- Você pensa que o que fez com a sopa foi um milagre? Aquilo foi um truque de mágica! Uma mãe solteira que trabalha em dois empregos e ainda acha tempo para levar o filho para treinar futebol... Isso é um milagre! Um adolescente que diz não as drogas e sim a educação... Isso é um milagre! As pessoas querem que eu faça tudo por elas, mas não se dão conta que... Elas são o poder! Você quer um milagre? Seja o milagre!
Notável! Milagres acontecem sempre. Agora lembrei do vídeo do Tony Melendez, um cantor que nsaceu sem os braços. Embora a deficiência física seja um tema recorrente no blog hoje é imperdível! Veja aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Suxu1Yfx4xI&feature=related ou aqui com legendas: http://www.youtube.com/watch?v=ZhTrwcKlD3M
O que me fez lembrar foi um trecho do vídeo, que considero um dos trechos mais comoventes, em que Tony diz (em outras palvras) que se perguntarem a ele onde estão os milagres é só levantarem as mãos (os olhos ficam marejados enquanto fala), para ele isto é um milagre!
Assista e me escreva!
Beijos de luz,
Aline***

Horas e horas digitando

Estou redigindo um post muito longo, cansada de tanto escrever. Na verdade transcrever. Mas acho que vai valer a pena. Falta menos da metade!
É sobre o Alessandro Zanardi. Quem não sabe de quem se trata volte mais tarde e veja!

Pronto. Acabei, ele está logo aqui embaixo.

Alessandro Zanardi


Como já comentei em post anterior eu nunca tinha ouvido falar do piloto Alessandro Zanardi. Isto se deve ao fato de que não acompanho muito F-1, mas também, provavelmente, porque o trágico acidente que o fez perder as pernas foi em 15 de setembro de 2001, apenas 4 dias depois do atentado às Torres Gêmeas nos EUA. Deve ter sido uma notícia abafada pelas inúmeras informações vindas de Nova York que, naquela época, invadiram a imprensa à exaustão. Ontem, por acaso, olhei o caderno de esportes do jornal Folha de São Paulo e lá estava Zanardi, nesta mesma foto.
Em uma rápida pesquisa no google, encontrei uma outra entrevista dele para as Páginas Amarelas da Revista Veja, leia na íntegra, vale muito a pena!
A publicação é de 30 de janeiro de 2002. Interessante notar o que mudou em sua perspectiva de vida. O otimismo, o bom-humor, a garra, continuam os mesmos. Mas se em 2002 Zanardi se sentia grato pela possibilidade de voltar a andar. Chegou a dizer "Nunca mais vou correr. Isso é fato", se referindo aos 10 km que corria todos os dias, na entrevista mais recente ele comenta o quarto lugar na maratona de Nova York. Sendo que teve apenas quatro semanas de treino. Impressionante como ele desafiou não só as previsões médicas como até mesmo a sua própria previsão.
Atletas são seres mágicos mesmo. A superação parece estar gravada no DNA.
A entrevista da Folha não está disponível a não assinantes então vou transcrever aqui, editada por mim.
"Sou um cara comum, não fiz nada de mágico" Entrevista Alessandro Zanardi
Bicampeão da Indy, que perdeu as pernas em acidente na Alemanha, conta como consegue se manter no esporte e sorrir
(Tatiana Cunha - enviada especial a Curitiba)
Difícil para quem estava no helicóptero naquele 15 de setembro de 2001 e viu o coração de Alessandro Zanardi parar três vezes imaginar que ele sobreviveria. Muito menos qu evoltaria a correr após perder as duas pernas. Mas basta conversar com o piloto para descobrir seu segredo: a paixão pela vida. Bem-humorado e com um inglês macarrônico, Zanardi, 41 anos, falou à Folha sobre o início da temporada no Mundial de turismo, hoje, e do desejo de chegar à Paraolimpíada de Pequim.
Folha - Qual a sua expectativa antes de outra temporada no WTCC?
Alessandro Zanardi - Não quero achar desculpas, mas é claro que agora é muito mais difícil para mim guiar competitivamente do que era antes. E nosso campeonato está cada vez mais competitivo, a diferença é muito pequena. Muitas vezes temos 20 pilotos no mesmo segundo, e para mim é difícil emergir nesse universo. Mas já consegui ter algum sucesso [venceu duas corridas], o que significa que posso repeti-lo. E isso é o que quero fazer.
F - Você já correu n F-1, na Indy e agora no WTCC. Em qual se divertiu mais?
AZ - O que me divertia na F- 1 era a variedade dos circuitos, a força do carro. Não gostavo do fato de os carros serem muito complicados e, do ponto de vista do piloto, não havia muito a ser feito para desenvolver seu próprio carro. (...) Gostava da Indy por isso também, pela força, pela aderência dos carros... Por isso tive o maior sucesso lá. O que faço hoje é muito divertido, mas vai contra minha natureza. Sou um piloto de monopostos. Até hoje, quando entro em uma curva, espero que o carro reaja melhor. Mas gosto muito da categoria.
F - Você esteve na F-1 entre 1991 e 1994 e depois em 1999. Como compara essas duas passagens?
AZ - Como chá e café [risos]. A única coisa em comum é a xícara e a colher. Quando saí, no começo dos 90, a F-1 ainda era um "monstro". Os carros tinham muita força, muita aderência, usávamos pneus de classificação... Era um trabalho duro para pilotos. quando já não tinham tanta força, os pneus tinham ranhuras, e os carros eram muito mais nervosos, como são até hoje. Antigamente dava para errar e segurar no braço.
F - E por que saiu apenas somente uma temporada em 1999?
AZ - Não estava feliz com o jeito que estava dirigindo, não estava me divertindo. Não quero apontar culpados, dizer que era culpa do time [Williams]. temos que dividir as responsabilidades porque foi uma derrota dos dois lados.
F - Depois disso você tirou um ano sabático, mas voltou para a Indy no ano seguinte. Por quê?
AZ - Pela mesma razão que consegui ter sucesso na carreira: amo o que faço. Não que eu seja viciado, mas se tenho a opção de correr, por que não? Mas não foi uma decisão inteligente... As coisas podiam até ter sido diferentes se não tivesse tido o acidente. Estava liderando a corrida quando bati, e na prova anterior estava muito perto de vencer. As coisas estavam melhorando, mas não tive tempo de usufruir disso...
F - Lembra do acidente?
AZ - Tenho algumas memórias mas são vagas(...). Lembro de quando fiz o pit stop e comecei a pensar: a corrida é minha. Na minha cabeça a única possibilidade de perder era no pit... Mas como tinha ido tudo bem, pensei: ganhei! Não foi o caso. Lembro de perder o controle do carro e lutar com a direção, mas é tudo muito vago.
F - E quando soube que havia perdido as pernas?
Quando acordei depois de uma semana em coma, minha mulher me contou. foi uma estratégia que os médicos sugeriram. eles queriam que ela me contasse antes que eu percebesse sozinho. Eu tinha que estar acordado o suficiente para entender, mas não muito para ver que estava sem pernas. foi um momento crucial.
F - Qual foi a parte mais difícil da recuperação?
AZ - Se estou aqui hoje significa que nada era impossível de superar. Claro que alguns momentos foram piores porque eu não seria humano se não ficasse com raiva pelo que tinha acontecido. Mas incrivelmente alguma coisa acontecia. uma vez estava tentando colocar minha perna mecânica e não conseguia, a pele estava em carne viva e sangrava muito. Estava a ponto de quebrar alguma coisa porque estava com raiva. Meu filho, que estava no quarto ao lado vendo desenho animado, saiu e deixou o volume alto. quando cheguei no quarto, o desenho tinha terminado e estava passando uma entrevista com o Wayne Rayne, piloto de moto que é paralisado da cntura pra baixo. Vi esse cara sentado num kart, de óculos escuros, sob o sol da Califórnia , falando da escolinha que tinha aberto para deficientes e me senti tão mal... Pensei: não tenho o direito de reclamar quando um cara desses está sorrindo e lutando. Foi irônico que aquilo tenha coantecido num momento em que estava quase desistindo. Foi um sinal de Deus.
F - Acredita em Deus, então?
AZ - Sim, mas acho que para estar perto de Deus você não precisa estar num determinado lugar, acho que as pessoas usam isso como desculpa para não ficar em casa dormindo. Somos muito incríveis como máquinas para sermos apenas parte de uma química. Deve haver algo mais do que podemos ver e sentir. Mas acho que temos Deus dentro de nós, porque quando temos a força de olhar para nossas respostas em nossa alma, sem ler um livro nem seguir ninguém, aí achamos a parte Dele que está na gente. Acredito que isso me ajudou muito na reabilitação, mas não porque achei que tinha de fazer isso porque ia ganhar o paraíso ou porque Ele estava me dando força. Acho que Deus tem coisas muito mais importantes para fazer do que arrumar os parafusos das minahs pernas mecânicas. Se você quer mesmo saber, não creio que Deus tenha nada a ver com minha reabilitação, nunca achei que tinha direito de pedir ajuda, mas sempre agradeci pela vida que tenho, que é preciosa.
F - Você encara as coisas de uma maneira muito otimista. Serve de modelo para as pessoas?
AZ - Acredito que meu otimismofoi minha maior força não só no acidente, mas durante a vida. Acho que posso servir de exemplo, como Wayne foi para mim. Algumas pessoas podem ter me visto na TV e pensado: se esse cara faz o que faz, eu posso também. Mas não tenho que me sentir um exemplo. Sou um cara comum, que não fez nada de extraordinário. fiz o que era possível e não há mágica, só trabalho diário. E o que fiz não foi pelo esporte, pela minha mulher ou meu filho. Fiz por mim , porque amo minha vida e quero o melhor dela. Sempre soube que podia conseguir, não foi surpresa. Às vezes fico desapontado porque nem tudo que tenho pode ser atingido, mas 99% das coisas podem.
F - Em que momento teve vontade de voltar a correr?
AZ - Nunca perdi a vontade. Sabia que era o mesmo piloto de antes. Quando dizia que não sabia se voltaria era porque estava dependente, não podia nem ir ao banheiro sozinho, precisava ter ajuda para tudo, não podia ficar mais de meia hor aem pé. Não dava pra pensar em correr, não era minha prioridade. Mas um ano depois estava vivendo a mesma vida de antes, mais lenta, mas igual. Ontem [quarta-feira da semana passada] por exemplo, guiei até Veneza, peguei um vôo até Frankfurt, troquei de avião, fui para São Paulo e, de lá, para Curitiba. Agora estou aqui falando com você e vou para a pista. Se posso fazer isso, posso dirigir um carro. O problema era achar uma maneira de fazer isso. Quando arrumei minha vida, fiquei curioso para saber se tecnicamente poderia correr de novo. Não acho que cheguei no nível que estava antes, mas é um problema mecânico. Quando freio, a sensibilidade não é a mesma que tinha com a perna que a mãe natureza me deu [risos].
F - Você é mais feliz agora?
AZ - Acho que o mesmo. Se pudesse voltar no tempo, voltaria, mas só porque seria sete anos mais novo [risos]. A qualidade de vida é a mesma. Tenho uma vida maravilhosa.
F - Como foi vencer pela primeira vez após o acidente?
AZ - Foi muito especial... Naquele dia depois de comemorar muito, comecei a perceber o que tinha feito apesar da minha deficiência, algo que não pensei enquanto dirigia ou quando cruzei a linha de chegada. Só estava feliz por ganhar de excelentes pilotos, estava orgulhoso. Só algumas horas e drinques depois foi que me dei conta. Fiquei muito orgulhoso.
F - Seu filho, Niccolo, vai fazer fez anos. Ele corre? Você o apoiaria?
AZ - Não, ele não fala sobre isso. Adoraria que ele corresse se amasse o automobilismo como eu amo. A atividade esportiva te transforma em uma pessoa melhor. Não digo que as melhores pessoas sejam atletas, mas o esporte tirou o melhor de mim e me fez ser a melhor pessoa que eu podia. Na vida você pode se esconder no sistema, mas no esporte não. Ou você trabalha duro ou não chega a lugar nenhum. Mas, se meu filho se apaixonar por algum esporte, vou apoiá-lo.
F - E correr a maratona de Nova York? Como foi?
AZ - Foi demais... Começou como uma brincadeira. um dos meus patrocinadores queria que eu fizesse um discurso e falei: sem problemas, mas, já que estarei lá, vou correr. Meu agente disse que aquilo era impossível, e resolvi provar que ele estava errado. Tive três semana de treino e fui o quarto colocado [em sua categoria].
F - Você pretende disputar a Paraolimpáda de Pequim?
AZ - Isso é impossível de planejar. Posso treinar e torcer para ir. Sou muito forte na parte de cima do corpo e, se treinar, acho qu eposso atingir um bom nível. Acho que meu nome pode me abrir as portas com as autoridades, mas a decisão depende apenas de minha performance. Vou fazer algumas corridas e, se até julho estiver bem, é uma possibilidade. Ainda não estou nesse nível, mas tenho esse sonho de ir a Pequim.
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