Voltamos exaustos para a pousada. Tínhamos andado bastante pelo centro histórico.
Ficamos enrolando tanto tempo (e cochilando também) que quando vimos a hora já estava tarde. Saímos para procurar um lugar para jantar. Quis usar uma bota cowboy para ficar mais bonitnha, estava frio. Foi uma má escolha, não conseguia me equilibrar direito nas pedras que ladrilham as ruas do centro. Tivemos que dar muitas voltas para encontrar algum restaurante aberto, a maioria já estava fechando porque passava das 23h. Até que um homem na porta de um deles nos abordou e nos convidou para entrar. Comentou sobre a culinária de pratos todos flambados na cachaça tradicional de Paraty. Consideramos original e resolvemos experimentar. Chama-se Casa do Fogo e foi realmente encantador. Um casal de músicos foi nossa trilha sonora exclusiva, luz de velas, tudo remetia ao tema. Até mesmo a conta veio em um papel todo queimado em volta. O ambiente tinha um clima acolhedor. Tudo rústico, tudo quieto, propício para o romance. A música tocava baixinho e sonoro intercalando nossos suaves aplausos.
Durante a espera ensaiamos alguns passos de dança, sozinhos ao lado da mesa, mas a comida chegou em seguida. Fomos embora sorrindo e apaixonados, enquanto eu me equilibrava novamente sobre os ladrilhos.
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